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Publicada em 28 de Novembro de 2024 às 17:41

Fiergs vê com cautela o anúncio do pacote de gastos do governo federal

Presidente da Fiergs, Claudio Bier cita necessidade de equilíbrio nas contas públicas

Presidente da Fiergs, Claudio Bier cita necessidade de equilíbrio nas contas públicas

TÂNIA MEINERZ/JC
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A Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) vê com cautela o pacote de redução de gastos anunciado pelo governo federal. Os cortes previstos são de R$ 70 bilhões em dois anos – mas ainda incertos, pois alguns deles dependem de aprovação do Congresso Nacional. “A questão é: essas medidas serão mesmo colocadas em prática?", indaga o presidente da Fiergs, Claudio Bier. Segundo a entidade, providências são necessárias, pois as contas públicas estão no vermelho e o Brasil possui um rombo de R$ 1 trilhão, considerando os juros da dívida, e mais de R$ 245 bilhões de déficit sem contar os juros. "Isso mostra que o governo gasta muito mais do que arrecada", enfatiza Bier. Algumas medidas são consideradas positivas pela Fiergs, mas ainda insuficientes, como o limite do reajuste do salário mínimo pouco acima da inflação, cujo impacto nos gastos públicos ainda preocupa. O fim dos supersalários e o controle das emendas parlamentares também são necessários, mas sofrerão resistências, acredita a Fiergs.
A Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) vê com cautela o pacote de redução de gastos anunciado pelo governo federal. Os cortes previstos são de R$ 70 bilhões em dois anos – mas ainda incertos, pois alguns deles dependem de aprovação do Congresso Nacional.

“A questão é: essas medidas serão mesmo colocadas em prática?", indaga o presidente da Fiergs, Claudio Bier. Segundo a entidade, providências são necessárias, pois as contas públicas estão no vermelho e o Brasil possui um rombo de R$ 1 trilhão, considerando os juros da dívida, e mais de R$ 245 bilhões de déficit sem contar os juros.

"Isso mostra que o governo gasta muito mais do que arrecada", enfatiza Bier. Algumas medidas são consideradas positivas pela Fiergs, mas ainda insuficientes, como o limite do reajuste do salário mínimo pouco acima da inflação, cujo impacto nos gastos públicos ainda preocupa. O fim dos supersalários e o controle das emendas parlamentares também são necessários, mas sofrerão resistências, acredita a Fiergs.
"O Brasil precisa de equilíbrio nas contas, pois sem controle dos gastos, a inflação aumenta, os juros ficam altos e o dólar sobe. Isso atrapalha os investimentos e o consumo, e prejudica, principalmente, os mais pobres. O governo precisa é gastar melhor, não apenas cortar", destaca o presidente da Fiergs.

A entidade considera, ainda, que o governo misturou os assuntos e ao anunciar cortes de gastos e mudanças no Imposto de Renda ao mesmo tempo, confundiu e tirou o foco da discussão – temas importantes, mas que deveriam ser tratados separadamente.

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