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Publicada em 14 de Novembro de 2024 às 19:25

População urbana no RS aumentou 4,6%, mas cenário não é absoluto

Parcela da população que vive em cidades aumentou de 9,1 milhões para 9,5 milhões em 14 anos

Parcela da população que vive em cidades aumentou de 9,1 milhões para 9,5 milhões em 14 anos

ISABELLE RIEGER/ARQUIVO/JC
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Thiago Müller
Thiago Müller Repórter
A população gaúcha, majoritariamente urbana, tem apenas 12,5% de pessoas residindo em ambiente rural. Há 14 anos, em 2010, eram 14,8%, de acordo com informações do Censo Demográfico 2022: Malha de Setores Censitários definitivos. A pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi divulgada nesta quinta-feira (14), e demonstra uma tendência de crescimento urbano em todo o País.
A população gaúcha, majoritariamente urbana, tem apenas 12,5% de pessoas residindo em ambiente rural. Há 14 anos, em 2010, eram 14,8%, de acordo com informações do Censo Demográfico 2022: Malha de Setores Censitários definitivos. A pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi divulgada nesta quinta-feira (14), e demonstra uma tendência de crescimento urbano em todo o País.
No Rio Grande do Sul, embora a parcela da população que vive em cidades tenha tido um aumento, de 9,1 milhões para 9,5 milhões, há um crescimento também da população rural em certos municípios.
O maior aumento da população em cidades foi em Candiota, no sul do RS, que cresceu de 8,7 mil para 10,7 mil habitantes nesse período. O número de candiotenses, mesmo aumentando em 20%, diminuiu sua população rural e, no território urbano, mais do que triplicou. A cidade que era 70% rural, hoje é 20%. Em 12 anos, a população em território urbanizado saltou de 2,6 mil para 8,6 mil.
O cenário é similar em relação a Terra de Areia e Cambará do Sul. No primeiro caso, a população urbana aumentou de 5,1 mil, para 8,6 mil e a rural diminuiu de 4,6 mil para 1,6 mil. Já Cambará do Sul teve aumento de população nas cidades de 3 mil para 4,6 mil. Fora delas, porém, diminuiu, de 3,5 mil para 1,7 mil.
Mas a tendência não se mantém em todas cidades gaúchas. Santa Maria do Herval, Picada Café e Morro Reuter foram as cidades que mais tiveram um crescimento das populações em zona rural, assim como diminuição de residentes urbanos.
O município de Santa Maria do Herval, com 6,3 mil pessoas, segundo dados do IBGE, quase que dobrou a população rural. De 1,6 mil, o número de hervalenses fora de cidades quase dobrou, para 3,3 mil. A população urbana foi de 4,3 mil para 2,9 mil, decréscimo de 31,3%.
Em Picada Café, a diminuição foi de 18,4%. A cidade de 5,3 mil habitantes, na encosta da Serra Gaúcha, registrou 4,5 mil residentes urbanos em 2012, e atualmente registra 3,7 mil. Já Morro Reuter, de 6 mil habitantes, diminuiu em 9% seus residentes urbanos, de 4,8 mil para 4,3 mil. A cidade de Pinto Bandeira não tinha os dados de 2010 disponíveis.

Tendência Nacional

A maior tendência observada no Brasil, porém, está relacionada muito mais ao crescimento de pessoas em áreas urbanas e diminuição em áreas rurais. Segundo nota publicada pelo IBGE, do total de 203,1 milhões de pessoas que vivem no Brasil, de acordo com o censo de 2022, 177,5 milhões, ou 87,4%,  residiam em áreas urbanas, enquanto 25,6 milhões, representando 12,6%, estavam em áreas rurais. No Censo de 2022 também, pela primeira vez, a população rural apresentou decréscimo em todas as regiões do Brasil. 
Em relação a 2010, quando o grau de urbanização foi de 84,4%, houve aumento de 16,6 milhões de pessoas morando em áreas urbanas e queda de 4,3 milhões vivendo em áreas rurais.
Os maiores percentuais de população urbana foram observados nas regiões Sudeste (94,44%) e Centro-Oeste (91,35%), seguidas das regiões Sul (88,24%), Norte (78,47%) e Nordeste (77,64%). A Região Norte apresentou a maior variação na taxa de urbanização entre 2010 e 2022 (4,96 p.p.), passando de 73,53% para 78,47%.

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