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Publicada em 07 de Novembro de 2024 às 15:49

XP Investimentos quer aumentar presença no interior do RS

Renato Sarreta, Líder Regional Sul da XP, avaliou que há espaço para expansão em cidades com mais de 150 mil habitantes

Renato Sarreta, Líder Regional Sul da XP, avaliou que há espaço para expansão em cidades com mais de 150 mil habitantes

XP Investimentos/Divulgação/JC
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Bárbara Lima
Bárbara Lima Repórter
A XP, plataforma de investimentos, está planejando uma expansão para municípios do interior do Rio Grande do Sul em 2025. Neste primeiro momento, as cidades de Santa Cruz, Santa Maria, Passo Fundo e Erechim devem receber atendimento especializado da matriz da XP. Nos próximos anos, a empresa pretende estar presente em cidades com mais de 150 mil habitantes.
A XP, plataforma de investimentos, está planejando uma expansão para municípios do interior do Rio Grande do Sul em 2025. Neste primeiro momento, as cidades de Santa Cruz, Santa Maria, Passo Fundo e Erechim devem receber atendimento especializado da matriz da XP. Nos próximos anos, a empresa pretende estar presente em cidades com mais de 150 mil habitantes.

“Entendemos que cidades desse porte são dominadas pelos grandes bancos e que podem ter outras opções de investimento. Os produtos disponíveis hoje são caros, ou os recursos são mal alocados, como na poupança”, explicou o economista Renato Sarreta, Líder Regional Sul da XP, ao comparar o total de investimentos realizados em corretoras e instituições financeiras tradicionais no Brasil e nos Estados Unidos. “Nos Estados Unidos, 80% dos recursos estão em corretoras independentes e 20% em bancos. Aqui, é o contrário. Isso mostra a janela de oportunidades que temos”, acrescentou.

O objetivo é dobrar o número de profissionais da equipe comercial na região até o final de 2025. “Com isso, teremos capacidade para levar a XP para as principais cidades do interior do Estado. O sonho grande é ser referência no segmento em todas as cidades com mais de 150 mil habitantes nos próximos cinco anos”, afirmou o executivo.

Na primeira etapa de expansão, as regiões escolhidas têm economias marcadas pela presença do agronegócio, e o perfil dos investidores tende a ser mais conservador. Apesar disso, Sarreta acredita que, com a linguagem e os produtos certos, é possível conquistar esses clientes. Ele pondera que a previsibilidade e a estabilidade dos negócios influenciam as escolhas dos investidores. “O brasileiro quer as melhores alternativas e transparência. Quando tem isso e dá os primeiros passos, percebe que a relação é mais eficaz e com maior rentabilidade”, destacou.

Questionado sobre o impacto das enchentes de maio nos investimentos do estado, Sarreta comentou que houve impacto, mas que a economia do Rio Grande do Sul demonstrou resiliência e diversidade. “O Estado tem o agro, a indústria e o comércio. Claro que há micro-regiões com particularidades, mas aqui temos uma das maiores operações da XP, que reflete a força da economia gaúcha, inclusive na retomada das atividades”, observou. A XP tem mais de 100 escritórios entre matrizes e filiais no Estado.

O volume de investimentos no Sul do Brasil chega a R$ 410 bilhões, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Hoje, desse total, R$180 bilhões estão em renda variável e R$102,8 bilhões em renda fixa. Só no Rio Grande do Sul, mais de 330 mil investidores possuem mais de R$32 bilhões em investimentos listados na bolsa, de acordo com dados da B3 até outubro. “Se considerarmos que, além disso, ainda temos R$87 bilhões aplicados na poupança, não resta dúvida de que há muito potencial a ser explorado”, completou Sarreta.


Após eleições nos EUA, Brasil precisa fazer o dever de casa, avalia economista


Sarreta também avaliou que o cenário de investimentos após a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos exigirá que o Brasil faça seu “dever de casa.” “O dólar deve permanecer forte e há a possibilidade de juros altos. Portanto, temos a responsabilidade de garantir previsibilidade nas questões fiscais”, disse.

Ele acredita que há espaço para o crescimento de setores como tecnologia e o próprio mercado financeiro nos Estados Unidos. “Ainda é uma análise preliminar, mas a tendência é que o presidente aumente os gastos e investimentos, o que pode elevar a inflação e a taxa de juros, provocando uma evasão de dólares do Brasil. Um dólar mais alto gera inflação e pode reduzir o espaço para novos cortes de juros aqui”, concluiu.

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