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Publicada em 06 de Novembro de 2024 às 14:04

Fapergs apresenta projetos de rede inovadora de tecnologia e de Clusters

Seminário, que integrou celebração dos 60 anos da Fapergs, mostrou acompanhamento de Rites e Clusters

Seminário, que integrou celebração dos 60 anos da Fapergs, mostrou acompanhamento de Rites e Clusters

TÂNIA MEINERZ/JC
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Cláudio Isaías
Cláudio Isaías Repórter
Considerados como programas estruturantes para a pesquisa científica e inovação tecnológica do Rio Grande do Sul, as Redes Inovadoras de Tecnologias Estratégicas (Rites) e os Clusters Tecnológicos foram lançados em março de 2022 pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul (Fapergs). Os programas foram construídos em conjunto com a Secretária de Inovação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (SICT/RS). O programa Rites exige que cada projeto, selecionado por especialistas mediante chamada pública, apresente as seguintes características: excelência científica e tecnológica, incluindo produção científica, formação de pesquisadores de alto nível e inserção internacional. Já no Clusters Tecnológicos, a proposta é que desafios tecnológicos das empresas gaúchas sejam abordados com apoio da pesquisa feita nas universidades. Os projetos nascem portanto da parceria entre as universidades e as empresas com foco em pesquisa aplicada.
Considerados como programas estruturantes para a pesquisa científica e inovação tecnológica do Rio Grande do Sul, as Redes Inovadoras de Tecnologias Estratégicas (Rites) e os Clusters Tecnológicos foram lançados em março de 2022 pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul (Fapergs). Os programas foram construídos em conjunto com a Secretária de Inovação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (SICT/RS). O programa Rites exige que cada projeto, selecionado por especialistas mediante chamada pública, apresente as seguintes características: excelência científica e tecnológica, incluindo produção científica, formação de pesquisadores de alto nível e inserção internacional. Já no Clusters Tecnológicos, a proposta é que desafios tecnológicos das empresas gaúchas sejam abordados com apoio da pesquisa feita nas universidades. Os projetos nascem portanto da parceria entre as universidades e as empresas com foco em pesquisa aplicada.
Cada projeto de Rites ou Clusters Tecnológicos deve apresentar resultados científicos e tecnológicos nas formas de produção científica, propriedade intelectual, novos produtos e processos, transferência de tecnologia, criação de empresas startups, e melhoria de políticas públicas e da gestão pública, além de resultados sociais e econômicos. Em termos de financiamento, a oportunidade de acesso a recursos extraordinários oferecidos pelo governo estadual no âmbito do Programa Avançar destinou R$ 30 milhões ao programa Rites e R$ 24 milhões ao programa Clusters Tecnológicos. Segundo a secretária Simone Stülp, são os maiores programas já criados pela Fapergs em termos de volumes de recursos financeiros - com cada projeto recebendo até R$ 3 milhões.
Como parte das comemorações dos 60 anos, a Fapergs realizou seminário de acompanhamento de Rites e Clusters Tecnológicos onde foram apresentados 23 trabalhos de pesquisa que estão sendo desenvolvidos na área de inovação. A solenidade realizada no auditório da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (Ufcspa) contou com as presenças da secretária de Inovação, Ciência e Tecnologia, Simone Stülp, do diretor-presidente da Fapergs, Odir Antônio Dellagostin, e de pesquisadores das universidades Federal (Ufrgs), Federal de Santa Maria (UFSM) e Federal de Pelotas (UfPel), Ufcspa, Unipampa e da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs). 
Segundo Simone Stülp, o Estado tem tido um olhar especial porque a proposta é mostrar os resultados das aplicações de recursos financeiros que são feitos no âmbito da inovação, ciência e tecnologia. "Queremos ser ousados no desenho de políticas públicas de futuro para o Rio Grande do Sul", explica. A secretária de Inovação, Ciência e Tecnologia disse que o Estado está em um momento muito bom na área de inovação porque existem universidades e institutos federais de excelência, ambientes de inovação e um setor público que compreende e financia projetos de futuro para o Estado.
De acordo com o diretor-presidente da Fapergs, é importante avaliar o impacto da ciência na sociedade. "Rites e Clusters reúne uma boa parte da elite da pesquisa no Rio Grande do Sul", comenta. Em março de 2022, a Fapergs, que é vinculada à Secretaria Estadual de Inovação, Ciência e Tecnologia, apresentou a lista dos 14 projetos vencedores no edital Redes Inovadoras de Tecnologias Estratégicas do Rio Grande do Sul (Rites), que segundo Dellagostin, é o maior programa em volume de financiamento da história da Fundação, com investimento de R$ 30 milhões do Avançar RS do governo estadual. "O programa financia cada Rede em até R$ 3 milhões, por um período inicial de quatro anos em projetos capazes de solucionar desafios regionais estratégicos", destaca.
Com relação aos Clusters, são nove projetos e o investimento é de R$ 24 milhões para fomentar os ecossistemas de inovação do Rio Grande do Sul. Dellagostin destaca os benefícios que resultarão deste edital para a sociedade gaúcha. "O aporte de recursos para nove clusters tecnológicos preenche uma lacuna existente no apoio à inovação com base no conhecimento", comenta. O diretor-presidente disse que haverá uma aceleração no desenvolvimento dos clusters, com a participação ativa de pesquisadores da área acadêmica, juntamente com empresas e com a sociedade", acrescenta. Segundo Dellagostin, os benefícios para a sociedade serão traduzidos na forma de produtos e processos inovadores que proporcionarão desenvolvimento econômico e social para o Rio Grande do Sul. 
O edital dos Clusters, conforme Dellagostin, teve a proposta de induzir a criação de novos produtos e serviços em áreas prioritárias. Além disso, a ideia, de acordo com o presidente da Fapergs, é que ocorra a transferência de tecnologia e o crescimento do setor produtivo de forma sustentável. O público-alvo são clusters sediados em Instituições Científicas e Tecnológicas, com participação de empresas e entidades do setor público nos oito ecossistemas regionais de inovação do Inova RS.
Projetos do programa Rites e dos Clusters Tecnológicos
Durante o evento de apresentação dos trabalhos realizado no auditório da Ufcspa, os pesquisadores falaram sobre o desenvolvimento das pesquisas do programa de Redes Inovadoras de Tecnologias Estratégicas do Rio Grande do Sul (Rites). Guilherme Baldo, professor de Fisiologia na Ufrgs, e que integra a equipe do pesquisador Roberto Giugliani, destaca que o projeto "Rede Gaúcha de Genômica Aplicada à Saúde" tem o objetivo de criar no Estado diferentes centros que saibam analisar e produzir dados em genômica. Segundo Baldo, a Rede conta com mais de 60 pesquisadores que são coordenados pelo professor Giugliani. "A nossa ideia foi juntar diferentes grupos que trabalhavam na área para criar no Estado um ambiente de biotecnologia genômica", destaca. A pesquisa, que começou há dois anos, terá duração de quatro anos.
Já o pesquisador Marco Antônio Záchia Ayub, do Instituto de Ciência e Tecnologia de Alimento da Ufrgs, destaca que o projeto "Desenvolvimento de Bioprocessos e Biotecnologia voltados à indústria de alimentos do Rio Grande do Sul" é composto por uma rede de universidades, de institutos federais e conta também com a participação de algumas empresas para a formação de uma rede em tecnologia de Bioprocessos. "O Rio Grande do Sul possui uma base de tecnologia de bioprocessos muita baseada em processos tradicionais: cervejaria, vinícolas, indústria de laticínios com fermentação de leite e iogurte. Porém, segundo Ayub, não existe uma indústria de bioprocessos avançada que seriam indústrias responsáveis pela produção de enzimas, vitaminas, biocombustíveis e biomoléculas obtidas por esses processos que são de utilidade e aplicação industrial com valor comercial. O trabalho conta com a participação de 10 universidades, um instituto federal e em torno de 30 pesquisadores.
No Inova Clusters Tecnológicos, a professora Andrea Moura Bernardes, da Escola de Engenharia da Ufrgs, é responsável pelo "Cluster Mempoa - Membranas e Processos Oxidativos Avançados para Degradação de Contaminantes Emergentes Reuso de Água e Recuperação de Insumos". A docente explica que o projeto é composto por grupo de diferente universidades e empresas do Rio Grande do Sul. "A nossa ideia é juntar universidades e empresas para estudar processos de separação de membrana e de processos oxidativos avançados", destaca. O professor Rogério Margis, do Centro de Biotecnologia da Ufrgs, do Cluster Tecnológico Gaúcho de Edição Gênica, afirma que o projeto será desenvolvido com leveduras, plantas e fungos ao longo de quatro anos. O trabalho  conta com a participação de 60 pessoas entre pesquisadores, alunos de pós-graduação e pós-doutorando.          

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