Porto Alegre,

Anuncie no JC
Assine agora

Publicada em 24 de Setembro de 2024 às 16:12

Pacto nacional busca equidade de gênero no setor de energia

Professora da Ufrgs e coordenadora da MESol, Aline Pan, é uma das signatárias do acordo

Professora da Ufrgs e coordenadora da MESol, Aline Pan, é uma das signatárias do acordo

Aline Pan/Arquivo Pessoal/JC
Compartilhe:
Jefferson Klein
Jefferson Klein Repórter
O segmento de energia ainda é composto, fundamentalmente, por profissionais homens. No entanto, cada vez mais ações estão surgindo para equalizar esse cenário e a mais recente delas foi a assinatura do Pacto Nacional pela Equidade de Gênero na energia 2024, celebrado durante o Rio Oil & Gas Energy (ROG.e), que está sendo realizado no Rio de Janeiro até a quinta-feira (26).
O segmento de energia ainda é composto, fundamentalmente, por profissionais homens. No entanto, cada vez mais ações estão surgindo para equalizar esse cenário e a mais recente delas foi a assinatura do Pacto Nacional pela Equidade de Gênero na energia 2024, celebrado durante o Rio Oil & Gas Energy (ROG.e), que está sendo realizado no Rio de Janeiro até a quinta-feira (26).
Entre as organizadoras do pacto está a professora do curso de Engenharia de Gestão de Energia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e coordenadora da Rede Brasileira de Mulheres na Energia Solar (MESol), Aline Pan. Ela destaca que a iniciativa consiste na reunião de 18 associações (a expectativa é aumentar esse número, futuramente) que existem dentro do setor de energia para promover as mulheres nessa área. A representante da MESol frisa que o contingente feminino é a minoria nesse campo de atuação.
Segundo ela, no segmento de energia solar, por exemplo, as mulheres representam apenas cerca de 20% da mão de obra e se for levada em conta somente a área técnica dessa atividade, essa quantidade cai ainda mais. Quanto à questão de salários, a coordenadora da MESol comenta que o levantamento apontou que, quando analisados profissionais com a mesma capacitação e que ocupam cargos semelhantes, as mulheres ganham em média 33% a menos do que os homens.
“E isso (as disparidades) se repetem em outras realidades, como no biogás, eficiência energética e petróleo”, diz Aline. A professora detalha que o próximo passo do pacto será a criação de um grupo de trabalho para elaborar ações conjuntas, unindo projetos que são feitos pelas diversas associações que compõem a iniciativa.
Entre essas medidas, a coordenadora da MESol cita dar mais visibilidade a mulheres que ocupam cargos de liderança, realização de mentorias para inspirar meninas que buscam oportunidades profissionais e defender uma política pública que realmente sustente a equidade salarial e oportunidades iguais entre os gêneros. “Com as nossas forças unidas poderemos ampliar esse diálogo”, afirma Aline. Outra meta é buscar ter uma representação no G20 (fórum de cooperação econômica internacional) e na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, que será realizada no Brasil.

Entidades que assinaram o pacto:
Sim, elas existem
Advogadas Energéticas Congresso das Mulheres da Energia
Associação Brasileira de Mulheres nas Geociências (ABMGeo)
Comitê de Diversidade e Inclusão e Mentoria Feminina SPE Seção Bahia/Sergipe
Congresso Brasileiro das Mulheres da Energia
Damas da Energia
Elas no ACL
IWB Energia (InfraWomenBrazil)
Mulheres do Biogás
Mulheres pela Eficiência e Energia (WEE)
Mulheres de Energia
Mulheres do Petróleo e Energia
Rede Brasileira de Mulheres na Energia Solar (MESol)
Women in Business (WiB) - Consulado da Noruega
Women in Energy (CIGRE Brasil)
Women in Green Hydrogen
WIN SPE Seção Brasil (Women in Energy)
⁠WISTA Brazil

Notícias relacionadas