O segmento de energia ainda é composto, fundamentalmente, por profissionais homens. No entanto, cada vez mais ações estão surgindo para equalizar esse cenário e a mais recente delas foi a assinatura do Pacto Nacional pela Equidade de Gênero na energia 2024, celebrado durante o Rio Oil & Gas Energy (ROG.e), que está sendo realizado no Rio de Janeiro até a quinta-feira (26).
Entre as organizadoras do pacto está a professora do curso de Engenharia de Gestão de Energia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e coordenadora da Rede Brasileira de Mulheres na Energia Solar (MESol), Aline Pan. Ela destaca que a iniciativa consiste na reunião de 18 associações (a expectativa é aumentar esse número, futuramente) que existem dentro do setor de energia para promover as mulheres nessa área. A representante da MESol frisa que o contingente feminino é a minoria nesse campo de atuação.
Segundo ela, no segmento de energia solar, por exemplo, as mulheres representam apenas cerca de 20% da mão de obra e se for levada em conta somente a área técnica dessa atividade, essa quantidade cai ainda mais. Quanto à questão de salários, a coordenadora da MESol comenta que o levantamento apontou que, quando analisados profissionais com a mesma capacitação e que ocupam cargos semelhantes, as mulheres ganham em média 33% a menos do que os homens.
“E isso (as disparidades) se repetem em outras realidades, como no biogás, eficiência energética e petróleo”, diz Aline. A professora detalha que o próximo passo do pacto será a criação de um grupo de trabalho para elaborar ações conjuntas, unindo projetos que são feitos pelas diversas associações que compõem a iniciativa.
Entre essas medidas, a coordenadora da MESol cita dar mais visibilidade a mulheres que ocupam cargos de liderança, realização de mentorias para inspirar meninas que buscam oportunidades profissionais e defender uma política pública que realmente sustente a equidade salarial e oportunidades iguais entre os gêneros. “Com as nossas forças unidas poderemos ampliar esse diálogo”, afirma Aline. Outra meta é buscar ter uma representação no G20 (fórum de cooperação econômica internacional) e na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, que será realizada no Brasil.
Entidades que assinaram o pacto:
Entidades que assinaram o pacto:
Sim, elas existem
Advogadas Energéticas Congresso das Mulheres da Energia
Associação Brasileira de Mulheres nas Geociências (ABMGeo)
Comitê de Diversidade e Inclusão e Mentoria Feminina SPE Seção Bahia/Sergipe
Congresso Brasileiro das Mulheres da Energia
Damas da Energia
Elas no ACL
IWB Energia (InfraWomenBrazil)
Mulheres do Biogás
Mulheres pela Eficiência e Energia (WEE)
Mulheres de Energia
Mulheres do Petróleo e Energia
Rede Brasileira de Mulheres na Energia Solar (MESol)
Women in Business (WiB) - Consulado da Noruega
Women in Energy (CIGRE Brasil)
Women in Green Hydrogen
WIN SPE Seção Brasil (Women in Energy)
WISTA Brazil
Advogadas Energéticas Congresso das Mulheres da Energia
Associação Brasileira de Mulheres nas Geociências (ABMGeo)
Comitê de Diversidade e Inclusão e Mentoria Feminina SPE Seção Bahia/Sergipe
Congresso Brasileiro das Mulheres da Energia
Damas da Energia
Elas no ACL
IWB Energia (InfraWomenBrazil)
Mulheres do Biogás
Mulheres pela Eficiência e Energia (WEE)
Mulheres de Energia
Mulheres do Petróleo e Energia
Rede Brasileira de Mulheres na Energia Solar (MESol)
Women in Business (WiB) - Consulado da Noruega
Women in Energy (CIGRE Brasil)
Women in Green Hydrogen
WIN SPE Seção Brasil (Women in Energy)
WISTA Brazil