O Sindicato dos Metalúrgicos do Rio Grande e São José do Norte (Stimmmerg), segundo comunicado da entidade, vem fazendo, em média, 15 homologações por dia referentes aos trabalhadores do estaleiro EBR, de São José do Norte, que estão sendo demitidos da empresa. À medida que a construção de módulos para a plataforma de petróleo P-79 vai chegando ao seu final, mais trabalhadores estão sendo desligados de suas atividades, ressalta o sindicato.
O tesoureiro do Stimmmerg, Sadi Machado, observa que “todo dia tem demissão” e informou que só quarta-feira (11) ele fez 16 homologações. Na semana passada foi um total de 40 homologações e na semana anterior mais 20. Sem contar as homologações por assinatura eletrônica ou de trabalhadores com menos de seis meses de serviço que o sindicato não tem acesso.
Machado diz que ainda falta o EBR entregar três módulos, que deverão acontecer até o final de outubro. Depois disso, não há perspectiva de novas encomendas. “A princípio não tem mais nada”, lamenta. O EBR chegou a ter 3,2 mil trabalhadores no pico dos trabalhos. Hoje, o líder sindical estima que estejam em atividade cerca de 1,5 mil, mas até o término dos trabalhos acredita que ficará apenas um pequeno grupo com cerca de 200 funcionários para os serviços de manutenção. O representante do Stimmmerg acusa ainda que o governo do Estado está sendo omisso na questão da empregabilidade.
Em nota, o estaleiro EBR frisa que a sua dinâmica operacional "envolve períodos de mobilização e desmobilização de pessoal, em função da natureza dos projetos, que possuem prazos específicos de entrega e validade contratual. Há projetos na etapa final de execução". O comunicado acrescenta que "a empresa vem buscando novas oportunidades de contratos com previsão de geração de empregos e acompanhando os movimentos do mercado". A empresa ressalta ainda que o Estaleiros do Brasil é o maior empregador da região, tendo já gerado mais de 10 mil postos de trabalho desde o licenciamento de sua operação em 2015.