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Publicada em 12 de Setembro de 2024 às 01:25

Seca e forte calor reduzem a safra de laranja

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Jornal do Comércio
A forte estiagem e as elevadas temperaturas que atingem as regiões de produção de cítricos de São Paulo e Minas Gerais fizeram com que a estimativa da safra de laranja 2024/25 fosse reduzida em 16,6 milhões de caixas da fruta. A queda equivale à safra passada da Flórida (EUA), outrora grande concorrente do suco brasileiro no mercado internacional.
A forte estiagem e as elevadas temperaturas que atingem as regiões de produção de cítricos de São Paulo e Minas Gerais fizeram com que a estimativa da safra de laranja 2024/25 fosse reduzida em 16,6 milhões de caixas da fruta. A queda equivale à safra passada da Flórida (EUA), outrora grande concorrente do suco brasileiro no mercado internacional.
A reestimativa, divulgada pelo Fundecitrus (Fundo de Defesa da Citricultura), significa que uma safra que já seria pequena -a pior em mais de três décadas- deverá ser ainda pior.
Das 232,38 milhões de caixas de 40,8 quilos da fruta previstas em maio, agora a estimativa é que o cinturão citrícola formado pelo interior paulista e Triângulo/Sudoeste mineiro produza somente 215,78 milhões.
A forte seca e as recentes queimadas registradas no país -especialmente em São Paulo, principal polo citrícola do mundo-- pressionam a inflação dos alimentos e a laranja é uma das mercadorias que podem ter alta de preços num primeiro momento, ao lado do açúcar e do café.
Além de inflacionar o mercado interno, uma safra de laranja menor também afeta seriamente o mercado global da fruta, já que o Brasil responde por cerca de 75% do comércio internacional de suco de laranja no mundo.
A queda projetada na reestimativa é de 7,1% em relação à previsão feita em maio, mas o número atual, em comparação à previsão da safra 2023/24 (309,34 milhões de caixas), representa redução de 30,25%.
Se a safra agora reestimada se confirmar -caso o greening (principal praga da citricultura) e os efeitos do clima não prejudiquem mais-, ela será ligeiramente superior às 214 milhões de caixas apontadas pela CitrusBR (Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos) na safra 1988/89, até aqui a menor da série histórica.
No comunicado em que anunciou a previsão de queda na safra, o Fundecitrus afirma que a redução na estimativa se deve ao menor tamanho dos frutos, devido ao clima quente e seco. No cinturão citrícola, choveu 31% menos do que o esperado desde maio, e a evapotranspiração por causa das altas temperaturas agravou o tamanho dos frutos.

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