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Publicada em 09 de Julho de 2024 às 16:30

Sicredi aguarda BNDES Emergencial para R$ 2 bi em contratos

Empresas aptas às linhas de crédito são de municípios atingidos pelas cheias

Empresas aptas às linhas de crédito são de municípios atingidos pelas cheias

THAYNÁ WEISSBACH/JC
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Caren Mello
Caren Mello
Instituições financeiras e cooperativas parceiras do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aguardam para esta quarta-feira a liberação das linhas de crédito do Programa BNDES Emergencial para o Rio Grande do Sul, como anunciado pela instituição. Serão liberados um total de R$ 15 bilhões para empresas atingidas pelos eventos climáticos do final do mês de abril e maio deste ano no Estado.
Instituições financeiras e cooperativas parceiras do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aguardam para esta quarta-feira a liberação das linhas de crédito do Programa BNDES Emergencial para o Rio Grande do Sul, como anunciado pela instituição. Serão liberados um total de R$ 15 bilhões para empresas atingidas pelos eventos climáticos do final do mês de abril e maio deste ano no Estado.
Com o objetivo de manutenção da capacidade produtiva e de empregos e renda, o Programa BNDES Emergencial para o RS abrirá três linhas de financiamento: máquinas e equipamentos, investimento e reconstrução e capital de giro. Em função da capilaridade em todo o Estado, a previsão é que a maior procura se dê pela Central Sicredi Sul/Sudeste, que possui 41 cooperativas associadas e 36 aptas para operarem essa linha. Entre estas, 25 já apresentaram ao menos um pedido para o programa. O sistema é a única instituição presente em 45 municípios atingidos pelas enchentes.
O Sicredi já possui R$ 2 bilhões em contratos prontos para serem encaminhados assim que o BNDES sinalizar com o início das operações. São cerca de 2,2 mil contratos aguardando a liberação, sendo que 95% para capital de giro. Os pedidos têm um ticket médio de R$ 1 milhão, conforme detalhou o consultor de negócios João Pillar.
“Desde a primeira sinalização do governo sobre essas linhas e as características do crédito, já vínhamos criando um estoque de operações para que cheguem mais rápido aos associados”, explicou Pillar, observando que a linha virá em uma modalidade diferente dos financiamentos anteriores. Pelo Pronampe, foram divididas cotas com subvenção de 40% para Banco do Brasil, Caixa, Sicredi, Sicoob e Banrisul. Pelo programa do BNDES serão liberados recursos de uma só vez, cabendo a cada instituição a corrida para a solicitação de valores.
Do total do Programa, R$ 9 bilhões foram direcionados para empresas com faturamento igual ou superior a R$ 300 milhões anuais, e estão sendo negociados diretamente com o BNDES. O restante, R$ 6 bilhões, serão disponibilizados para empresas menores para operações através dos agentes parceiros. “Esses R$ 6 bilhões serão pelo que chamamos de sistema de balde único, ou seja, a instituição que for mais rápida, consegue reservar mais recursos”, observa Pillar.
Poderão solicitar recursos as empresas localizadas na delimitação georreferenciada realizada pela Empresa de Tecnologia e Informação da Previdência (Dataprev S.A.). A linha Máquinas e Equipamentos possui taxa de juros de até 0,6% ao mês, prazo de pagamento de até 5 anos (com até 1 ano de carência) e valor máximo de crédito por cliente de até R$ 300 milhões. Na linha Investimento e Reconstrução, a taxa de juros é de até 0,6% ao mês, com prazo de pagamento até 10 anos (com até dois anos de carência) e valor máximo de crédito por cliente é de até R$ 300 milhões. E, na linha Capital de Giro, a taxa de juros é de até 0,9% ao mês, o prazo de pagamento de até 5 anos (com até 1 ano de carência) e o valor máximo de crédito por cliente de até R$ 400 milhões.

O Sicredi também mantém outras linhas de programas do governo federal, como o Pronampe sem subvenção. Este possui taxas de 6% anuais, mais taxa de juro Selic.

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