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Publicada em 11 de Junho de 2024 às 14:10

Bolsas da Europa fecham em baixa, com incerteza política; Paris cai à mínima desde fevereiro

CAC 40, de Paris, encerrou em queda de 1,33%, a 7.789,21 pontos, na mínima do dia

CAC 40, de Paris, encerrou em queda de 1,33%, a 7.789,21 pontos, na mínima do dia

QuoteInspector.com/Divulgação/JC
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Agência Estado
As bolsas da Europa fecharam em baixa em mais uma sessão seguindo o resultado eleitoral para o Parlamento Europeu e suas repercussões, inclusive na política de importantes estados membros. A incerteza política se somou a uma série de declarações de dirigentes do Banco Central Europeu (BCE), que reforçaram a visão de que os cortes de juros na região serão dependentes da divulgação de dados.
As bolsas da Europa fecharam em baixa em mais uma sessão seguindo o resultado eleitoral para o Parlamento Europeu e suas repercussões, inclusive na política de importantes estados membros. A incerteza política se somou a uma série de declarações de dirigentes do Banco Central Europeu (BCE), que reforçaram a visão de que os cortes de juros na região serão dependentes da divulgação de dados.
O apetite por risco continua limitado após o presidente da França, Emmanuel Macron, decidir antecipar as eleições legislativas em reação à derrota de seu partido para a extrema direita nas eleições parlamentares da União Europeia, encerradas no último fim de semana.

"Sabíamos em janeiro que 2024 seria um grande ano para eleições, mas a incerteza política ainda conseguiu acumular-se nas preocupações do mercado. Esta semana está se revelando um turbilhão para quem tenta entender a política europeia e o espetáculo apenas começou", afirma Russ Mold, diretor de investimentos da AJ Bell.
Neste cenário, o índice CAC 40, de Paris, encerrou em queda de 1,33%, a 7.789,21 pontos. Na mínima do dia, o índice atingiu menor valor desde 20 fevereiro deste ano.
A presidente do BCE, Christine Lagarde, alertou que os juros da zona do euro poderão ficar inalterados por mais de uma reunião, após o corte de 25 pontos-base anunciado na semana passada, uma vez que mais dados, em especial sobre salários, precisam ser monitorados. O tom foi o mesmo utilizado por outros dirigentes, como o economista-chefe do BCE, Philip Lane, que afirmou que não há nenhum caminho pré-determinado para as taxas.
Após a publicação de dados de emprego, o ING avalia que o mercado de trabalho do Reino Unido está agora arrefecendo visivelmente, e "isso torna ainda mais surpreendente que os mercados financeiros estejam prevendo uma probabilidade de apenas 7% de um corte nas taxas na próxima semana e apenas 46% para a reunião de agosto". O banco acredita que um corte nas taxas no verão do Hemisfério Norte é muito mais provável, possivelmente já na reunião de agosto.
Há expectativa também para o anúncio de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), na quarta-feira (12). O BC dos EUA provavelmente deixará seus juros básicos inalterados pela sétima vez consecutiva, mas publicará gráfico com projeções. Também na quarta-feira, horas antes da decisão do Fed, será conhecido o CPI (na sigla em inglês) dos EUA referente a maio.
Entre as empresas, as ações de grandes mineradoras tiveram baixas, após os futuros de uma série de commodities sofrerem quedas. Em Londres, BHP (-2,92%), Glencore (-2,15%) e Rio Tinto (-1,98%) recuaram. Na cidade, o FTSE 100 caiu 0,98%, 8.147,81 pontos. Em Frankfurt, o DAX recuou 0,66%, a 18.372,39 pontos. Em Milão, o FTSE MIB teve queda de 1,93%, a 33.874,48 pontos. Em Madri, o Ibex35 baixou 1,60%, a 11.175,50 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 caiu 1,41%, a 6.634,71 pontos. As cotações são preliminares.

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