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Publicada em 10 de Junho de 2024 às 17:08

CNI fala de "expectativa de solução racional" com entendimentos sobre MP

O presidente da Confederação, Ricardo Alban, se reunirá com parlamentares para novas conversas

O presidente da Confederação, Ricardo Alban, se reunirá com parlamentares para novas conversas

Michelle Fioravanti/CNI/JC
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Agência Estado
Depois de o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, divulgar uma nota dura e interromper viagem à China com o governo para tentar reverter a medida provisória do crédito de PIS/Cofins, a entidade publicou nesta segunda-feira (10) um novo comunicado sobre o assunto, em tom mais apaziguador.
Depois de o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, divulgar uma nota dura e interromper viagem à China com o governo para tentar reverter a medida provisória do crédito de PIS/Cofins, a entidade publicou nesta segunda-feira (10) um novo comunicado sobre o assunto, em tom mais apaziguador.
A CNI afirma que, desde a última sexta-feira (7), tem avançado em diversos entendimentos sobre a proposta, que deixaram a entidade "motivada e na expectativa de encontrar uma solução racional e pró atividade econômica". A confederação também prevê uma reunião nesta terça-feira (11) em Brasília com diversos representantes dos setores produtivos para debater o assunto.
"Em seguida, faremos um bom e construtivo diálogo com o Senado Federal e com a Câmara dos Deputados. Simplesmente queremos o melhor para o nosso Brasil. E o melhor para o Brasil é o crescimento das atividades produtivas de forma sustentável e sinérgica com toda a sociedade", diz a CNI.
Segundo a entidade, já foram feitas algumas reuniões envolvendo o governo e os diversos setores produtivos para "melhor compreensão" dos efeitos da MP 1.227 sobre a atividade econômica, de forma a mitigar "possíveis entendimentos equivocados". "Sempre dentro do princípio de buscar efetividade nas entregas, e menos protagonismo midiático, isso tem nos permitido evoluir em possíveis entendimentos. Acredito que estamos construindo um caminho para uma boa convergência", afirma a nota.
Embora não tenha assinatura do presidente da CNI, há trechos escritos em primeira pessoa, em que o texto diz crer estar se obtendo consenso de que foi atingido o limite na carga tributária.
"Precisamos construir, em conjunto, outros caminhos para o equilíbrio fiscal e, consequentemente, o melhor para o crescimento econômico. E nesses caminhos temos muitas opções, como o controle dos gastos públicos em geral, combate a toda economia 'marginal', justiça tributária, segurança jurídica, racionalidade das despesas obrigatórias do orçamento público, compreensão do setor financeiro de que as atividades econômicas devem ser o 'norte' básico da intermediação financeira, entre outros", aponta a entidade.
A CNI defende ainda que o setor público, a sociedade civil e "muito menos o setor financeiro" não podem estar desalinhados e não serem "cúmplices" de todo o setor produtivo.
"Creio que podemos iniciar uma honesta e efetiva discussão do que queremos para o nosso futuro e do nosso Brasil. Definitivamente, não existe mais espaço para ônus sobre o setor produtivo e todos, digo todos mesmo, precisam dar a sua contribuição. Somos e sempre seremos a 'alavanca' do crescimento econômico e, consequentemente, do desenvolvimento social sustentável e contínuo do País. E, para tanto, todos os atores econômicos são igualmente importantes", conclui o documento.
No período da manhã, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse querer aproveitar a semana para explicar e esclarecer os efeitos da MP. Ele afirmou também que já tem conversado com alguns líderes empresariais e que a pasta está preparando um material para apresentar em reuniões com lideranças do setor produtivo, sobretudo das confederações setoriais.

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