A dívida pública brasileira subiu em abril, mês em que o superávit primário ficou abaixo das previsões do mercado. Dados divulgados ontem pelo Banco Central mostram que a dívida bruta do governo geral alcançou R$ 8,424 trilhões no quarto mês de 2024, o que representou 76% do PIB - ante 75,7%, em março, e 74,4% em dezembro do ano passado.
O indicador - que considera o governo federal, os Estados e os municípios, excluindo o Banco Central e as empresas estatais - é uma das referências das agências globais de rating para avaliação da capacidade de solvência de um país. Na prática, quanto maior a dívida maior o risco de calote.
O indicador - que considera o governo federal, os Estados e os municípios, excluindo o Banco Central e as empresas estatais - é uma das referências das agências globais de rating para avaliação da capacidade de solvência de um país. Na prática, quanto maior a dívida maior o risco de calote.
O pico da série da dívida bruta foi alcançado em dezembro de 2020 (87,6%), em virtude das medidas fiscais adotadas no início da pandemia de covid-19. No melhor momento, em dezembro de 2013, a dívida bruta caiu para 51,5% do PIB.
O saldo da dívida líquida (que leva em conta as reservas internacionais do País) ficou praticamente estável, em 61,2% do PIB, ante 61,1% em março.
O saldo da dívida líquida (que leva em conta as reservas internacionais do País) ficou praticamente estável, em 61,2% do PIB, ante 61,1% em março.
Superávit
Ainda pelos dados do BC, o superávit primário em abril do setor público consolidado (governo central, Estados, municípios e estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras) foi de R$ 6,688 bilhões, o menor para o mês desde 2019. O resultado primário reflete a diferença entre receitas e despesas antes do pagamento dos juros da dívida pública.
O número também ficou abaixo da mediana de R$ 16,550 bilhões estimada inicialmente pelo mercado, segundo pesquisa do Projeções Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado).
O número também ficou abaixo da mediana de R$ 16,550 bilhões estimada inicialmente pelo mercado, segundo pesquisa do Projeções Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado).