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Publicada em 28 de Maio de 2024 às 16:23

Maior parte da frota sem seguro agrava impacto das cheias nas transportadoras

Diversas empresas tiveram caminhões alagados com as enchentes

Diversas empresas tiveram caminhões alagados com as enchentes

TÂNIA MEINERZ/JC
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Jefferson Klein
Jefferson Klein Repórter
As transportadoras no Rio Grande do Sul foram prejudicadas em vários aspectos com as chuvas que atingiram o Estado ocasionando danos em caminhões, infraestrutura das empresas e outros equipamentos, assim como queda no fluxo de cargas. A situação agrava-se ainda mais pelo fato de que poucas companhias possuem seguro total dos veículos ou contra enchentes.
As transportadoras no Rio Grande do Sul foram prejudicadas em vários aspectos com as chuvas que atingiram o Estado ocasionando danos em caminhões, infraestrutura das empresas e outros equipamentos, assim como queda no fluxo de cargas. A situação agrava-se ainda mais pelo fato de que poucas companhias possuem seguro total dos veículos ou contra enchentes.
Segundo presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga e Logística no Estado do Rio Grande do Sul (Setcergs), Sérgio Gabardo, “99% das empresas não fazem seguro total de caminhão, não tem como pelo custo (elevado), e 99,9% não faz seguro de alagamento”. Somente a empresa de Gabardo, revela o dirigente, teve 257 caminhões alagados.
Ele lembra que outras companhias sofreram problemas semelhantes como a Turis Silva e a TSG, que tiveram, cada uma, mais de cinquenta veículos prejudicados. O integrante do Setcergs frisa que todo o caminhão alagado terá que abrir o motor para fazer o conserto, além de trocar o óleo, checar conectores, entre outras ações. Gabardo salienta que há vários tipos de caminhões, mas ele calcula que veículos novos, de maior valor agregado, podem implicar custos de reparos na ordem de mais de R$ 100 mil.
O dirigente reitera que os impactos das enchentes no segmento logístico foram enormes, porém ainda não é possível mensurar um valor desse prejuízo. Ele ressalta que, além das estradas que foram comprometidas, o agronegócio, um dos principais setores econômicos do Estado, foi duramente castigado pelas chuvas. “Então como vai ficar a questão da carga?”, indaga o dirigente.
Gabardo comenta que nessa segunda-feira (27) reuniu-se com o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Frederico Antunes (PP), para tentar encontrar soluções, especialmente, para o setor gaúcho de transportes. O representante do Setcergs argumenta que, se o poder público tomar ações que incentivem a retomada econômica como, por exemplo, a realização de uma linha de crédito subsidiada do Banrisul, bancos privados também deverão acompanhar essa movimentação.

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