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Publicada em 13 de Maio de 2024 às 17:25

Leite diz que decisão do governo sobre dívida no RS é passo importante, mas ainda insuficiente

Leite disse que mesmo antes das enchentes o governo já enfrentava dificuldades severas com a dívida

Leite disse que mesmo antes das enchentes o governo já enfrentava dificuldades severas com a dívida

Governo RS/Divulgação/JC
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Nícolas Pasinato
Nícolas Pasinato
Com agências
Com agências
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), afirmou que a medida de suspensão da dívida do Estado por 36 meses anunciada pelo governo federal nesta segunda-feira (13) representa um importante passo para a reconstrução do Rio Grande do Sul, após ser duramente atingido por enchentes. O governador gaúcho, porém, afirmou que a medida é insuficiente, reivindicou a quitação das parcelas e disse que novas demandas serão solicitadas à União nos próximos dias.
“A nossa demanda inclui um pedido de quitação desses valores (da dívida) que até aqui não se viabilizou, mas entendemos este ser um passo, sem prejuízo de tantos outros que serão necessários, até porque, a cada dia que passa, são observadas novas dimensões de atingimento desta crise”, comentou Leite, em reunião com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

Leite reforçou que mesmo antes da devastação causada pelas enchentes o Piratini já enfrentava dificuldades relacionadas à dívida o que, segundo ele, demandava do governo estadual um grande esforço para ter as contas em dia. “A situação antes já era dramática, mas diante dessa tragédia a dívida se transforma em um torniquete insuportável”, citou. O governador avalia, no entanto, que será preciso pensar em "soluções mais perenes" de longo prazo para o Estado, o que envolverá a rediscussão do tema por parte das futuras gestões que estarão à frente do Rio Grande do Sul.

Além de Lula e de Leite, participaram do encontro o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o ministro do STF Edson Fachin e os ministros da Fazenda, Fernando Haddad; da Casa Civil, Rui Costa; da Gestão, Esther Dweck; e da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, além do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). 

Deputado solicita retirada do decreto do Piratini que interfere no custo de produtos da cesta básica

A decisão já gerou repercussões na Assembleia Legislativa gaúcha. O deputado Adão Pretto Filho (PT) informou que enviou um ofício ao gabinete do governador Eduardo Leite no qual solicita a retirada do decreto que acaba com incentivos fiscais de itens da cesta básica. A medida entrou em vigor no dia 1° de maio e segue vigente, tendo como consequência o aumento de preços sobre alguns produtos no Estado, como o pão e o leite, que deixaram de ser isentos de tributação e passaram a ter alíquota de ICMS de 12%. Outros itens, como carnes, açúcar, café, erva-mate, feijão, arroz tiveram reajuste de 7% para 12% na alíquota do imposto.

Para o deputado “é inadmissível que, em meio a essa catástrofe, as pessoas estejam pagando mais caro pelos itens mais básicos da cesta básica. O governo do estado pediu dois anos de suspensão da dívida e ganhou três anos do governo Lula. Precisamos dessa contrapartida do governador”, reivindicou o deputado.

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