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Publicada em 07 de Maio de 2024 às 01:25

Visa acelera relação com ecossistema de inovação

Cristiane Taneze, diretora-executiva da Visa Brasil

Cristiane Taneze, diretora-executiva da Visa Brasil

/Visa/Divulgação/JC
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Patricia Knebel
Patricia Knebel
Blockchain, tokenização e criptoativos são algumas das tecnologias nas quais a Visa está investindo, com olhar atento para a transformação do segmento financeiro. A empresa global está focada em acompanhar a evolução do mercado e o Brasil é um dos países que tem ampliado os espaços de colaboração da Visa, que tem participado de projetos inovadores, como o projeto-piloto do Drex, o Real Digital. A diretora-executiva da Visa Brasil, Cristiane Taneze, e o diretor-executivo para mobilidade urbana da Visa Brasil, Julio Ramos, participaram do podcast Sounds of South Summit, uma iniciativa do Jornal do Comércio em parceira com o Instituto Caldeira e a Radiativa. Confira os principais trechos deste bate papo.
Blockchain, tokenização e criptoativos são algumas das tecnologias nas quais a Visa está investindo, com olhar atento para a transformação do segmento financeiro. A empresa global está focada em acompanhar a evolução do mercado e o Brasil é um dos países que tem ampliado os espaços de colaboração da Visa, que tem participado de projetos inovadores, como o projeto-piloto do Drex, o Real Digital. A diretora-executiva da Visa Brasil, Cristiane Taneze, e o diretor-executivo para mobilidade urbana da Visa Brasil, Julio Ramos, participaram do podcast Sounds of South Summit, uma iniciativa do Jornal do Comércio em parceira com o Instituto Caldeira e a Radiativa. Confira os principais trechos deste bate papo.
Mercado Digital - A Visa está próxima do ecossistema de inovação brasileiro?
Cristiane Taneze - Sim. Como uma empresa de tecnologia, a Visa está sempre olhando à frente e o que podemos fazer de novo, e nada mais natural do que estar inserido nesse ecossistema de startups e inovação aberta. Especificamente do mundo de startups, temos muitos programas, como Visa For Startups, que a gente roda aqui no Brasil, e o Visa Everywhere Iniciative, que acontece de tempos em tempos, como uma competição. Estar próximo do ecossistema, e não só das startups, mas olhando os fundos de investimento e entendendo para onde as teses estão indo, nos alimenta com informações e nos ajuda a acelerar a nossa estratégia.
Mercado Digital - O quanto o Brasil acaba sendo palco para criação de soluções globais da empresa?
Julio Ramos - A Visa está presente em mais de 200 países e o Brasil recebe uma atenção muito importante, porque a gente está na vanguarda da inovação nas áreas de serviços de pagamentos e serviços financeiros. Mesmo sendo uma empresa global, a gente tem um nível muito bom de independência para criar soluções localmente. No meu caso, por exemplo, dentro da indústria de mobilidade urbana, quando a gente foi implementar o sistema de pagamento por cartão de crédito e débito no sistema de metrô do Rio de Janeiro (o primeiro feito aqui no Brasil), trouxemos uma solução global, mas ela exigia um nível de investimento que aqui no Brasil a gente não tinha condição de fazer. Então, desenvolvemos uma solução brasileira de baixo custo, que se tornou padrão mundial. Temos condições de gerar tecnologia aqui e exportar e a Visa vê isso com bons olhos.
Mercado Digital - Que outros exemplos você poderia citar de aplicações da mobilidade urbana da tecnologia de empresa?
Ramos - Já habilitamos em várias cidades do Brasil e na América Latina a possibilidade de pagar o ônibus, o metrô ou a barca direto na catraca, com o uso de um cartão bancário. Conseguimos levar isso para outros ramos da mobilidade, como pagamento de pedágio, estacionamento, parquímetros. Habilitamos vários modais de transporte usando esse conceito de pegar o que já existe, que está lá na ponta e já funciona, e fazer um upgrade, colocando uma leitura de cartão. E a gente partiu do princípio de que usaríamos somente cartão por aproximação, então, em nenhum desses lugares você insere o cartão. Só que, quando começamos a fazer isso, o contactless, que é o cartão por aproximação, não era a maioria no Brasil. Era uma novidade ainda e existia uma aposta se as pessoas iriam realmente ter a cultura de usar o cartão por aproximação. Aí veio a pandemia e aqui no Brasil as pessoas realmente começaram a usar e ter a cultura de aproximação. Os bancos começaram a emitir mais e mais cartões com essa tecnologia e a gente está hoje com mais da metade das transações no Brasil feitas com cartão de aproximação.
Cristiane - Essa mesma tecnologia está sendo aplicada num caso de uso em parceria com uma startup que veio do programa Visa for Startups, a Zig, que é uma fintech que atua no ramo de alimentos e bebidas em grandes eventos. A gente entendeu que o problema era muito similar ao da mobilidade. Eu sempre brinco que a inovação vem em cima de repertório também. Quando eu estou num grande show, por exemplo, é dificílimo ter disponibilidade de sinal. Você cria um aparato para poder fazer essas compras sem essa questão do sinal, porque não usar se esse problema acontece também no metrô, no ônibus, né? Tem lugares que o sinal pega, tem lugares que não.
Mercado Digital - O que de mais futurístico vocês estão pesquisando, estudando e que vai chegar ao mercado daqui a alguns anos?
Cristiane - Vou começar com o blockchain, até porque a gente está colaborando com o Banco Central no piloto do Drex. Acho que faz quatro anos que a gente já está investindo em toda a estrutura e tecnologia e olhando o que chamamos de tokenização de ativos. E isso vale tanto para ativos como moeda digital de Banco Central como o que a gente tem aqui no Drex, como quaisquer outros ativos de investimentos, imóveis ou o que quer que seja. Eu acredito que esta onda vai revolucionar e destravar novos negócios para o futuro, porque se trata de uma questão importante que é a confiança. Um caso que todo mundo fala é o do carro. Se eu vendi o meu carro para a Patricia, ela me pagou, o DUT (Documento Único de Transferência) é automaticamente transferido. O mercado inteiro vai evoluir para a digitalização nativa do ativo.
Ramos - Eu acho que esse é um dos grandes movimentos que a gente está fazendo, o nosso protagonismo na parte de blockchain e de cripto. Tem muita coisa em desenvolvimento, muito projeto ainda confidencial e nos próximos meses a gente deve anunciar bastante coisa interessante. Talvez a gente não seja o first mover, aquele primeiro que se movimenta, mas quando a gente se movimenta, trazemos uma coisa muito bem estruturada, muito mais próxima de uma solução final do que de um protótipo muito superficial.

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