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Publicada em 24 de Abril de 2024 às 16:51

Conflitos bélicos não devem impedir recuperação da movimentação no Tecon Rio Grande

Complexo logístico vem aumentando sua operação

Complexo logístico vem aumentando sua operação

Wilson Sons/divulgação/jc
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Jefferson Klein
Jefferson Klein Repórter
Com a continuidade da guerra entre Rússia e Ucrânia e a escalada no conflito no Oriente Médio, o comércio internacional sofre os impactos no setor logístico. Apesar dessa dificuldade, o Terminal de Contêineres (Tecon) Rio Grande, que tem verificado uma retomada no seu volume de cargas movimentado, espera manter a tendência de crescimento neste ano.O diretor comercial da Wilson Sons (controladora do Tecon Rio Grande), Rodrigo Velho, destaca que, no ano passado, começou a se perceber uma recuperação de mercado pós-Covid 19, na ordem de 20%, e para 2024 a perspectiva é de uma evolução similar. “Ainda falta muito para retomarmos os patamares de antes da pandemia, mas já há uma confiabilidade de programação de navios mais próxima da normalidade”, afirma o executivo. Nos três primeiros meses deste ano, o complexo rio-grandino trabalhou com 177 mil TEUS (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), uma elevação de 20,4% em comparação ao mesmo período de 2023.Um novo serviço que deve fazer com que a movimentação no Tecon aumente ainda mais começará no final de maio, através do armador sul-coreano Hyundai Merchant Marine (HMM). Velho detalha que, a partir do descarregamento de mercadorias que chegarão em Rio Grande por meio de um navio de grande porte (cerca de 300 metros de comprimento e com capacidade para 8 mil a 10 mil TEUs), uma embarcação menor da Bengal Tiger Line (BTL) alimentará os terminais uruguaio e argentino.“Em vez do navio ir a Montevidéu e Buenos Aires para descarregar as importações e carregar as exportações, nós vamos, através da empresa parceira BTL, fazer a conexão (com esses portos)”, adianta o dirigente. A operação abrangerá os mais diversos tipos de cargas: secas, refrigeradas, peças para a indústria automotiva e irá envolver, além das nações na América do Sul, países como Coreia do Sul, China, Cingapura e Índia, origens das cargas de importação e destinos das exportações.Velho comenta que a partir do início da operação é que será possível mensurar o quanto aumentará a movimentação de cargas em Rio Grande. “Mas, estamos falando aí de um mercado, de Buenos Aires e Montevidéu, com um potencial de 2 milhões a 2,5 milhões de TEUs ao ano”, enfatiza o executivo. Ele argumenta que a atividade faz sentido, já que os portos dos países vizinhos têm restrições de calado.Enquanto Rio Grande pode atuar com 14 metros a 15 metros de profundidade, o porto argentino, por exemplo, consegue operar com somente cerca de 10 metros. Velho frisa que a meta é que o Tecon Rio Grande se consolide como o terminal concentrador de cargas dessa região da América do Sul. O diretor comercial da Wilson Sons foi um dos palestrantes da reunião-almoço Tá na Mesa, promovida pela Federasul, nesta quarta-feira (24).
Com a continuidade da guerra entre Rússia e Ucrânia e a escalada no conflito no Oriente Médio, o comércio internacional sofre os impactos no setor logístico. Apesar dessa dificuldade, o Terminal de Contêineres (Tecon) Rio Grande, que tem verificado uma retomada no seu volume de cargas movimentado, espera manter a tendência de crescimento neste ano.

O diretor comercial da Wilson Sons (controladora do Tecon Rio Grande), Rodrigo Velho, destaca que, no ano passado, começou a se perceber uma recuperação de mercado pós-Covid 19, na ordem de 20%, e para 2024 a perspectiva é de uma evolução similar. “Ainda falta muito para retomarmos os patamares de antes da pandemia, mas já há uma confiabilidade de programação de navios mais próxima da normalidade”, afirma o executivo. Nos três primeiros meses deste ano, o complexo rio-grandino trabalhou com 177 mil TEUS (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), uma elevação de 20,4% em comparação ao mesmo período de 2023.

Um novo serviço que deve fazer com que a movimentação no Tecon aumente ainda mais começará no final de maio, através do armador sul-coreano Hyundai Merchant Marine (HMM). Velho detalha que, a partir do descarregamento de mercadorias que chegarão em Rio Grande por meio de um navio de grande porte (cerca de 300 metros de comprimento e com capacidade para 8 mil a 10 mil TEUs), uma embarcação menor da Bengal Tiger Line (BTL) alimentará os terminais uruguaio e argentino.

“Em vez do navio ir a Montevidéu e Buenos Aires para descarregar as importações e carregar as exportações, nós vamos, através da empresa parceira BTL, fazer a conexão (com esses portos)”, adianta o dirigente. A operação abrangerá os mais diversos tipos de cargas: secas, refrigeradas, peças para a indústria automotiva e irá envolver, além das nações na América do Sul, países como Coreia do Sul, China, Cingapura e Índia, origens das cargas de importação e destinos das exportações.

Velho comenta que a partir do início da operação é que será possível mensurar o quanto aumentará a movimentação de cargas em Rio Grande. “Mas, estamos falando aí de um mercado, de Buenos Aires e Montevidéu, com um potencial de 2 milhões a 2,5 milhões de TEUs ao ano”, enfatiza o executivo. Ele argumenta que a atividade faz sentido, já que os portos dos países vizinhos têm restrições de calado.

Enquanto Rio Grande pode atuar com 14 metros a 15 metros de profundidade, o porto argentino, por exemplo, consegue operar com somente cerca de 10 metros. Velho frisa que a meta é que o Tecon Rio Grande se consolide como o terminal concentrador de cargas dessa região da América do Sul. O diretor comercial da Wilson Sons foi um dos palestrantes da reunião-almoço Tá na Mesa, promovida pela Federasul, nesta quarta-feira (24).

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