Porto Alegre,

Anuncie no JC
Assine agora

Publicada em 09 de Abril de 2024 às 18:44

Lançamentos de imóveis mais que dobram em Porto Alegre, mas vendas caem

No primeiro trimestre de 2024, foram 640 novas unidades lançadas na capital gaúcha

No primeiro trimestre de 2024, foram 640 novas unidades lançadas na capital gaúcha

ERICH SACCO/DIVULGAÇÃO/JC
Compartilhe:
Bárbara Lima
Bárbara Lima Repórter
Os lançamentos de imóveis em Porto Alegre mais que dobraram no primeiro trimestre de 2024 em relação ao mesmo período do ano passado, mas as vendas caíram 16%. Os resultados são da pesquisa Panorama do Mercado Imobiliário de Porto Alegre, realizada mensalmente pelo Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS), em parceria com a Alphaplan e a Órulo.
Os lançamentos de imóveis em Porto Alegre mais que dobraram no primeiro trimestre de 2024 em relação ao mesmo período do ano passado, mas as vendas caíram 16%. Os resultados são da pesquisa Panorama do Mercado Imobiliário de Porto Alegre, realizada mensalmente pelo Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS), em parceria com a Alphaplan e a Órulo.
O estudo aponta que nos primeiros três meses deste ano, Porto Alegre lançou 640 unidades, um crescimento de 111% em relação ao mesmo período de 2023, com 303 unidades lançadas. O número, no entanto, é 18% menor que em 2022, quando foram lançados 785 imóveis na Capital. Em relação às vendas, durante o primeiro trimestre de 2024, foram comercializadas 800 unidades contra 947 em igual trimestre de 2023. 
De acordo com o presidente do Sinduscon-RS, Claudio Teitelbaum, alguns dos motivos que explicam o aumento de empreendimentos imobiliários em Porto Alegre são a inflação controlada, a queda dos juros futuros e a confiança geral no ambiente de negócios. "São demandas importantes do setor. Além disso, a gente percebe uma demanda e predominância de lançamentos de imóveis de três dormitórios na cidade", explica. 
Sobre a queda nas vendas, Claudio considera que a baixa já era esperada pelo setor. "Imaginávamos que iria ter essa estabilidade para baixo e, ainda assim, nos surpreendemos positivamente com os números", disse.
A pesquisa apontou, também, que no acumulado de janeiro a março deste ano, os lançamentos do mercado imobiliário de Porto Alegre alcançaram o Valor Geral de Vendas (VGV) na ordem de R$ 580 milhões. O VGV total em vendas foi de R$ 860 milhões no primeiro trimestre de 2024 contra R$ 945 milhões em igual trimestre de 2023, uma queda de 9%. 

Por outro lado, o estudo mostrou que o estoque de imóveis em Porto Alegre reduziu 6%, o que é considerado positivo pela entidade. No primeiro trimestre deste ano, o estoque registrado foi de 5.500 unidades distribuídas em 306 empreendimentos. O valor médio por metro quadrado elevou em 2% com relação ao mesmo período do ano passado, ficando em R$ 13.583,00.

O panorama divulgado pelo sindicato trouxe dados anuais, evidenciando que o segmento de imóveis novos em Porto Alegre fechou 2023 com um resultado negativo, tanto em números de unidades como em VGV, com relação a 2022. Em comparação com 2022, a queda no número de unidades vendidas (4.877) foi de 10% e em VGV (R$ 4,8 bilhões) foi uma queda de 6%.

Em 2023, foram lançadas 3.174 unidades, uma retração de 28% comparada a 2022. Em termos de VGV (R$ 3,4 bi), esta taxa de redução no desempenho é menor (-11%). Com relação ao estoque de unidades, a redução de 2023 comparada a 2022 foi de 26% com um valor VGV total de R$ 7,1 bilhões.

Moinhos de Vento e Petrópolis devem ser bairros com mais lançamentos em 2024

De 37 incorporadoras consultadas pela 3ª edição da Sondagem do Mercado Imobiliário de Porto Alegre, oito afirmaram não ter interesse em lançamentos neste ano. Por outro lado, 29 incorporadoras pretendem lançar, no mínimo, 64 empreendimentos.
Os bairros Moinhos de Vento e Petrópolis devem ser as regiões de Porto Alegre com mais lançamentos de empreendimentos em 2024. O primeiro deve lançar oito empreendimentos e o segundo, seis. Já os bairros Rio Branco e Auxiliadora devem ter cinco novos empreendimentos, e Menino Deus e Bela Vista, quatro cada um. 
O presidente do Sinduscon-RS considera que a preferência do mercado por esses baixos se deve pela busca dos compradores. "Imagino que a infraestrutura desses bairros influencie. As pessoas preferem fazer suas atividades perto do trabalho, a pé", explicou. Questionado sobre investimentos em bairros que são apostas da administração pública, com o Quarto Distrito e o Centro Histórico, Claudio acredita que além dos empreendimentos que já estão surgindo, o mercado aqueça nesses bairros nos próximos anos.
A coleta de dados aconteceu em 37 incorporadoras e 18 imobiliárias, entre 15 de março a 2 de abril.

 

Notícias relacionadas