A Rio Grande Seguros e Previdência, join venture entre a Icatu e o Banrisul, registrou crescimento recorde em 2023, fechando o ano com movimento econômico de quase R$ 3,5 bilhões, número 40% superior a 2022. O presidente da empresa, César Saut, atribui o sucesso à eficiência operacional e à estratégia de centralizar a atuação no atendimento às pessoas e nas entregas, ou seja, nos processos e serviços.
Saut explica que, no ano passado, a equipe da Rio Grande Seguros e Previdência rodou mais de 370 mil quilômetros e fez mais de 300 treinamentos presenciais. Ele cita que a base da estratégia está na objetividade da oferta dos seus produtos. A companhia obteve recordes em todas as linhas de negócios. O retorno sobre patrimônio médio (Roae) foi um dos destaques, chegando a 82% em 2023. No segmento Previdência, a empresa registrou o montante de R$ 2,1 bilhões; na capitalização alcançou R$ 738,6 milhões e no seguro de vida foi de R$ 702,3 milhões.
O lucro líquido reportado pela companhia foi de R$ 166 milhões, cerca de 26% de crescimento em relação ao ano passado, e inicia 2024 com R$ 346,4 milhões em patrimônio líquido. A empresa também teve recorde de desempenho em diferentes áreas de atuação, quando se trata de venda nova. “Em Seguro de Vida chegou a R$ 9,2 milhões, 27,8% superior a 2022; em Capitalização foram R$ 28,2 milhões, 15,6% de aumento e em Previdência foram R$ 2,1 bilhões, valor 61,5% maior do que o do ano anterior”.
De acordo como o presidente da companhia, em 2023, a Rio Grande Seguros e Previdência não só acelerou o seu crescimento, mas, também compensou os anos anteriores. Saut explica que a demanda havia ficado reprimida nos anos anteriores por causa da pandemia de Covid, porém, mesmo assim, a empresa apresentou crescimento no período.
“O mundo meio que se restabeleceu e as pessoas retomaram as rédeas de suas vidas, porém, um pouco mais sensibilizadas do que estavam antes”, observa. Ele comenta que o modo de pensar, de um modo geral, se modificou, fazendo com que as pessoas buscassem amparo no seguro de vida e em um plano de Previdência, como uma garantia de estabilidade financeira.
Nesta entrevista ao Jornal do Comércio, Saut salienta que “a Rio Grande Seguros e Previdência vai se manter crescendo em uma proporção alta. Não existe hipótese de a gente apontar para um crescimento menor do que dois dígitos em 2024”. Ele prevê também que esse crescimento será maior do que os dos mercados tradicionais. “Existe oportunidade de mercado do ponto de vista de seguro de pessoas e de Previdência”, acrescenta.
Jornal do Comércio – Ao que o senhor atribui o crescimento no ano passado e essa movimentação financeira de R$ 3,5 bilhões da Rio Grande Seguros e Previdência em 2023?
Jornal do Comércio – Ao que o senhor atribui o crescimento no ano passado e essa movimentação financeira de R$ 3,5 bilhões da Rio Grande Seguros e Previdência em 2023?
César Saut – Primeiro é a força e a credibilidade do balcão do Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul); isto, atrelado a uma capacidade e uma experiência da Icatu, como sócia de fazer produtos e prestar serviços na área de vida, previdência e capitalização. E, se pegarmos esse somatório, de duas competências, e se levarmos em consideração que estamos atuando em prol do cliente, ou com a centralidade no cliente, o resultado da equação é uma empresa que tem crescido todos os anos. Em 2023, a Rio Grande Seguros e Previdência, não só acelerou o seu crescimento, mas também compensou os anos anteriores, período que a companhia apresentou acrescimento, mas, teve sim, um pouco de demanda reprimida pela Covid. O fluxo de pessoas, inclusive no mercado, dispostas a consumir, na Covid, foi um pouco menor. O mundo meio que se reestabeleceu e as pessoas retomaram as rédeas de suas vidas, contudo, um pouco mais sensibilizadas do que estavam antes. Agora, elas não querem mais correr o risco de passar por quaisquer que sejam os períodos, ou as crises, não tendo a segurança, que um seguro de vida oferece, que é a estabilidade financeira de presente e futuro e de um plano de previdência também assegura. É, igualmente, importante considerar o trabalho realizado pela equipe da Rio Grande Seguros e Previdência. A gente tem quase 100 pessoas dedicadas ao desenvolvimento dessa operação; ou seja, voltadas a treinar, a sanar dúvidas e a acolher, quaisquer expectativas, dos clientes. A equipe da Rio Grande Seguros e Previdência rodou, no ano passado, dando suporte para o Banrisul, 370 mil quilômetros e fez mais de 300 treinamentos presenciais, além de uma infinidade de treinamentos online. Então, o somatório, digamos assim, da potencialidade do Banrisul com a dedicação da equipe da Rio Grande Seguros e Previdência fez com que 2023, tivéssemos movimento econômico da ordem de R$ 3,5 bilhões, superando em quase 40% o ano anterior, e isso foi muito expressivo. É necessário considerar, que além desses números de movimento econômico, a Rio Grande Seguros e Previdência indenizou dezenas de milhares de gaúchos. O papel efetivo de uma seguradora, principalmente, uma seguradora de vida é estar presente quando algum risco social se apresenta. Qual é o risco social? Pode ser uma morte prematura, pode ser uma invalidez. Então, por um lado, podemos olhar o tamanho e a solidez dessa empresa e, por outro, deve-se observar o efeito social da atividade dela. É uma companhia que está cumprindo sua missão.
JC – O destaque foi a Previdência com mais de R$ 2 bilhões de movimentação financeira?
Saut – Sim, a Previdência teve mais de R$ 2 bilhões de movimentação financeira. As reservas de previdência da companhia já superaram os R$ 5 bilhões. É uma reserva de previdência expressiva para uma empresa nova, (com oito anos). Esse fato demonstra que há uma disposição da população, atualmente, de formar reserva com o objetivo de garantir o seu futuro, mas também para lastrear o seu presente.
JC – Como o senhor avalia o ano até aqui e como projeta 2024 para a empresa?
Saut – A Rio Grande Seguros e Previdência vai se manter crescendo em uma proporção alta. Não existe hipótese de apontarmos para um crescimento menor do que dois dígitos. A empresa vai se manter crescendo mais do que os mercados tradicionais, por que existe uma oportunidade de mercado do ponto de vista de seguro de pessoas e do ponto de vista de previdência, principalmente, muito maior do que o mercado ocupado, ou seja, estes mercados têm muito mais futuro do que no passado. Então, o índice de penetração do seguro de pessoas e da previdência na população brasileira vai aumentar substancialmente e uma companhia, como a nossa, que está extremamente focada e dedicada a ter centralidade nas pessoas, vai, com certeza, se manter crescendo nesta proporção, ou em uma proporção bastante alta.
JC – A empresa planeja alguma novidade ou novo produto no mercado?
Saut – A inovação faz parte do DNA da Rio Grande Seguros e Previdência, mas a inovação não obrigatoriamente está atrelada a um lançamento de produto, ela pode, sim, estar atrelada a uma alteração de processo. Para ter uma ideia, todas as semanas, nos reunimos com o objetivo de reavaliarmos processos e oportunidades. O objetivo é sempre a melhoria e o que pode ser com foco na entrega para o segurado, ou pode ser, também, levando em consideração, a simplicidade da oferta para a pessoa e para a população. A espinha dorsal da Rio Grande Seguros e Previdência é igual há mais de 100 anos. Somos uma seguradora de vida e previdência e, sendo assim, temos que estar próximo da sociedade, protegendo a sociedade de riscos, como por exemplo, da morte prematura, da invalidez, ou para garantir a própria sobrevivência. A sobrevivência sem reserva faz com que haja um desequilíbrio na capacidade de sustento de uma pessoa ou de uma família. E aí entra um pouco do nosso papel, ou seja, sensibilizar as pessoas para que façam reserva de previdência para que no presente se cumpra a estabilidade econômica do futuro.
JC – Um trabalho constante...
César Saut – A Rio Grande Seguros e Previdência está bastante orgulhosa da construção que está fazendo com o Banrisul. Temos a convicção de que a soma das inteligências de duas empresas, que são especialistas naquilo que elas fazem, agrega muito valor. Temos muita convicção de que o mundo é construído de associações e de parcerias estratégicas. E isso é o resultado de que uma associação e uma parceria estratégica conseguem devolver, seja para o acionista, seja para a sociedade, seja para o estado e é com esse somatório de competência, que todos ganham: o consumidor ganha, a sociedade ganha, a empresa ganha, os acionistas ganham, a sociedade ganha e estado ganha.