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Publicada em 02 de Abril de 2024 às 18:32

Infrações por combustíveis fora das especificações são mais frequentes no RS do que erros da bomba

ANP fez mais de 21 mil averiguações no ano passado

ANP fez mais de 21 mil averiguações no ano passado

TÂNIA MEINERZ/JC
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Jefferson Klein
Jefferson Klein Repórter
No mercado de combustíveis há dois problemas principais quanto a irregularidades: o volume colocado no tanque do veículo ser diferente do indicado na bomba do posto e produtos comercializados que não apresentam a conformidade adequada. No Rio Grande do Sul, as 1.505 ações de fiscalização realizadas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) no ano passado, resultaram em 35 infrações por qualidade (2,3% das averiguações) e 9 penalidades (0,6% do total investigado) foram devido a irregularidades na quantidade do combustível fornecido.
No mercado de combustíveis há dois problemas principais quanto a irregularidades: o volume colocado no tanque do veículo ser diferente do indicado na bomba do posto e produtos comercializados que não apresentam a conformidade adequada. No Rio Grande do Sul, as 1.505 ações de fiscalização realizadas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) no ano passado, resultaram em 35 infrações por qualidade (2,3% das averiguações) e 9 penalidades (0,6% do total investigado) foram devido a irregularidades na quantidade do combustível fornecido.
O maior percentual de inconformidade com as especificações do combustível foi constatado no estado da Paraíba, 7,2%, com 334 investigações e 24 infrações registradas. Os menores índices foram percebidos no Acre e Roraima, com zero ocorrências, dentro de, respectivamente, 104 e 21 fiscalizações. Já quanto a problemas de medições em bomba, o pior quadro foi notado no Amazonas, com 791 fiscalizações e 20 infrações (2,5%). Não registraram ocorrências nesse quesito Amapá, Piauí, Roraima e Tocantins.
Os números constam no Boletim Fiscalização do Abastecimento em Notícias – balanço 2023, recentemente divulgado pela ANP. De acordo com o diretor do órgão regulador Fernando Wandscheer de Moura Alves, em 2023 foram efetuadas 21.249 ações de fiscalização em todo o mercado brasileiro de combustíveis. Do total dessas iniciativas, 4,5% resultaram em autuações por não conformidade na qualidade dos combustíveis e 0,7% por vício de quantidade.
Devido às irregularidades, foram pagos em torno de R$ 97 milhões em multas cujo montante foi destinado à União. Conforme Alves, no ano passado foram movimentados 130 bilhões de litros, incluído o diesel B (com adição de biodiesel), o óleo combustível, a gasolina C (com adição de etanol anidro), e o etanol hidratado (que vai direto no tanque dos automóveis). “É um dos maiores mercados consumidores do mundo”, enfatiza o representante da ANP.
Ele acrescenta que, em um cenário de estagnação econômica mundial, o mercado interno brasileiro de combustível cresceu 4,82% entre 2022 e 2023. Esse incremento, reforça o dirigente, foi superior à variação média do Produto Interno Bruto (PIB) no mesmo período, que é estimado pelo IBGE na ordem de 2,9%.

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