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Publicada em 25 de Março de 2024 às 17:31

Teste com fertilizante gerado da captura de CO2 começa neste ano no RS

Produto pode agregar valor dentro da cadeia do carvão

Produto pode agregar valor dentro da cadeia do carvão

Tatiana Gappmayer
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Jefferson Klein
Jefferson Klein Repórter
Com foco em dar uma rota mais sustentável à cadeia do carvão mineral, a companhia chinesa JNG tenta introduzir no Rio Grande do Sul uma tecnologia de captura de CO2 que permite a geração de fertilizantes como o bicarbonato de amônia. A ideia da empresa é iniciar ainda em 2024 as experiências com esse produto em solo gaúcho.
Com foco em dar uma rota mais sustentável à cadeia do carvão mineral, a companhia chinesa JNG tenta introduzir no Rio Grande do Sul uma tecnologia de captura de CO2 que permite a geração de fertilizantes como o bicarbonato de amônia. A ideia da empresa é iniciar ainda em 2024 as experiências com esse produto em solo gaúcho.
O diretor-executivo da GCO Soluções Empresariais e representante da JNG no Brasil, Giuliano Capeletti, informa que, se tudo transcorrer satisfatoriamente, a meta é começar neste primeiro semestre os testes. Ele detalha que foram realizadas reuniões com a Emater, Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) e Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (antiga Fepagro) para desenvolver as ações no Estado.
De acordo com Capeletti, o objetivo é observar como o bicarbonato de amônia irá se comportar reagindo com as culturas agrícolas locais. “Para ver a viabilidade econômica do uso desse fertilizante no Estado”, enfatiza o executivo. O Rio Grande do Sul tem particular interesse na iniciativa, já que o CO2 capturado pode ser oriundo das termelétricas a carvão que hoje estão em atividade no município de Candiota, que concentra a maior reserva brasileira desse mineral.
Capeletti salienta que uma delegação da JNG visitou em março as usinas a carvão Candiota 3 e Pampa Sul, além do poder municipal candiotense, a empresa mineradora Copelmi e a Unipampa, em Bagé. Os chineses também participaram neste mês da feira de agronegócio Expodireto Cotrijal, realizada na cidade de Não-Me-Toque. “A gente queria mostrar a nossa solução para os agricultores e também a tecnologia para os representantes do governo do Estado”, ressalta o diretor-executivo da GCO.
Para Capeletti, a proposta apresentada pelos chineses pode ser agregada ao plano de transição energética que está sendo construído pelo governo gaúcho para o Rio Grande do Sul. O Estado pretende elaborar um estudo para a região carbonífera para realizar a mudança gradual da utilização das fontes fósseis para as renováveis.

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