“Mudanças severas exigem respostas severas.” Com essa frase foi aberto o workshop “Resiliência de redes frente a fenômenos climáticos de elevada severidade” promovido nesta quinta-feira (22) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Uma constatação feita durante o evento pelo diretor geral da Aneel, Sandoval Feitosa, foi que concessões que contam com grande quantidade de postes de madeira, como acontece no Rio Grande do Sul, estão mais sujeitas a enfrentarem dificuldades em casos de temporais.
“Imagine todos esses eventos (de temporais e vendavais), muitos deles no estado do Rio Grande do Sul, com redes de distribuição ainda sustentadas por postes de madeira. Isso é impensável diante de uma realidade climática como essa”, afirma o dirigente. Esse material ainda é muito utilizado pelas duas maiores distribuidoras gaúchas. De acordo com a assessoria da RGE, a concessionária, que atende a 381 municípios, registra atualmente cerca de 2 milhões de postes, sendo 18% de madeira. Por sua vez, a CEEE Grupo Equatorial, que fornece energia para 72 cidades, verifica 800 mil postes em sua área de abrangência, sendo 560 mil de madeira (70%).
Sobre a mudança de cenário, Feitosa lembra que há alguns anos os postes eram especificados para enfrentar ventos de 70 a 80 quilômetros por hora de velocidade. “Hoje, já há a necessidade de especificações de mais de 100 quilômetros por hora”, comenta. Conforme o representante da Aneel, o planeta e o Brasil vêm registrando ultimamente tornados, furacões, tempestades e outros fenômenos acima da média histórica. Ele frisa que acontecimentos como esses, devido ao aquecimento global, não podem mais serem vistos como coincidências e sim como uma realidade a ser enfrentada daqui para frente.
Para Feitosa, as distribuidoras e transmissoras de energia sozinhas não têm condições de responder à altura situações como o temporal que assolou o Rio Grande do Sul em janeiro e que chegou a deixar mais de 1 milhão de clientes sem luz. O dirigente defende que é preciso ter o apoio dos governos estaduais e municipais e para haver uma integração de esforços ao tratar desse tema.
Já o presidente da Frente Nacional dos Consumidores de Energia, Luiz Eduardo Barata, sustenta que ficar 15 minutos ou uma hora sem luz já é algo impensável atualmente. “Quem dirá dias?”, indaga. No entanto, ele enfatiza que a culpa em casos de falta de energia, em algumas ocasiões, não deve ser atribuída apenas às concessionárias. Ele cita, por exemplo, que o serviço de podas das árvores não é uma responsabilidade das distribuidoras.
O presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Marcos Aurélio Madureira, também defende atuações em conjunto em situações climáticas adversas. O dirigente concorda quanto à necessidade de melhorar as condições da rede elétrica nacional (que abrange quase 4 mil quilômetros de extensão, considerando baixa, média e alta tensões), mas alerta que é preciso ter cuidado para que ações como essa não onerem demasiadamente o custo da tarifa de energia.
“Imagine todos esses eventos (de temporais e vendavais), muitos deles no estado do Rio Grande do Sul, com redes de distribuição ainda sustentadas por postes de madeira. Isso é impensável diante de uma realidade climática como essa”, afirma o dirigente. Esse material ainda é muito utilizado pelas duas maiores distribuidoras gaúchas. De acordo com a assessoria da RGE, a concessionária, que atende a 381 municípios, registra atualmente cerca de 2 milhões de postes, sendo 18% de madeira. Por sua vez, a CEEE Grupo Equatorial, que fornece energia para 72 cidades, verifica 800 mil postes em sua área de abrangência, sendo 560 mil de madeira (70%).
Sobre a mudança de cenário, Feitosa lembra que há alguns anos os postes eram especificados para enfrentar ventos de 70 a 80 quilômetros por hora de velocidade. “Hoje, já há a necessidade de especificações de mais de 100 quilômetros por hora”, comenta. Conforme o representante da Aneel, o planeta e o Brasil vêm registrando ultimamente tornados, furacões, tempestades e outros fenômenos acima da média histórica. Ele frisa que acontecimentos como esses, devido ao aquecimento global, não podem mais serem vistos como coincidências e sim como uma realidade a ser enfrentada daqui para frente.
Para Feitosa, as distribuidoras e transmissoras de energia sozinhas não têm condições de responder à altura situações como o temporal que assolou o Rio Grande do Sul em janeiro e que chegou a deixar mais de 1 milhão de clientes sem luz. O dirigente defende que é preciso ter o apoio dos governos estaduais e municipais e para haver uma integração de esforços ao tratar desse tema.
Já o presidente da Frente Nacional dos Consumidores de Energia, Luiz Eduardo Barata, sustenta que ficar 15 minutos ou uma hora sem luz já é algo impensável atualmente. “Quem dirá dias?”, indaga. No entanto, ele enfatiza que a culpa em casos de falta de energia, em algumas ocasiões, não deve ser atribuída apenas às concessionárias. Ele cita, por exemplo, que o serviço de podas das árvores não é uma responsabilidade das distribuidoras.
O presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Marcos Aurélio Madureira, também defende atuações em conjunto em situações climáticas adversas. O dirigente concorda quanto à necessidade de melhorar as condições da rede elétrica nacional (que abrange quase 4 mil quilômetros de extensão, considerando baixa, média e alta tensões), mas alerta que é preciso ter cuidado para que ações como essa não onerem demasiadamente o custo da tarifa de energia.