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Energia

- Publicada em 06 de Fevereiro de 2024 às 18:52

Obras de planta de biometano em Minas do Leão chegam a 20% de avanço

Leomyr Girondi prevê inauguração da unidade em setembro

Leomyr Girondi prevê inauguração da unidade em setembro


FERNANDA FELTES/JC
Após ter confirmado financiamento do Bndes no ano passado, a unidade de biometano (biogás purificado) que está sendo construída no município de Minas do Leão já se encontra com um progresso de 20% em suas obras. O empreendimento aproveitará como matéria-prima para a produção do biocombustível os resíduos urbanos que são depositados no aterro sanitário da Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos (CRVR).
Após ter confirmado financiamento do Bndes no ano passado, a unidade de biometano (biogás purificado) que está sendo construída no município de Minas do Leão já se encontra com um progresso de 20% em suas obras. O empreendimento aproveitará como matéria-prima para a produção do biocombustível os resíduos urbanos que são depositados no aterro sanitário da Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos (CRVR).
O diretor-presidente da empresa, Leomyr Girondi, adianta que a inauguração do complexo está prevista para setembro. Ele informa que, atualmente, o investimento na planta é estimado em R$ 113 milhões. Inicialmente, o montante previsto era de cerca de R$ 120 milhões, no entanto foi possível adquirir vários equipamentos no mercado nacional, o que permitiu reduzir os custos.
A unidade de Minas do Leão é projetada para uma produção de 66 mil metros cúbicos de gás ao dia, o que equivaleria a 11,7 mil botijões de 13 quilos diariamente. “Claro que a gente não vai engarrafar, vai colocar o gás comprimido em caminhões e vender”, detalha o executivo. Foi fechado um contrato de fornecimento do biometano com a Ultragaz, pelo período de dez anos. O combustível deverá ser destinado, principalmente, para a utilização industrial e para frotas de veículos. Girondi comenta que será resguardada 20% da produção do gás para uso próprio como, por exemplo, no abastecimento de caminhões.
O dirigente ressalta que, para setembro do próximo ano, também está prevista a entrada em operação de outra planta no aterro que a CRVR possui em São Leopoldo. Essa unidade terá a capacidade para a produção de 33 mil metros cúbicos diários de biometano. O aporte previsto nessa iniciativa é de R$ 83 milhões.
Antes mesmo do biometano, os resíduos dos aterros da CRVR (que conta com estruturas em Minas do Leão, São Leopoldo, Santa Maria, Victor Graeff e Giruá) também eram aproveitados para gerar energia elétrica. Somando as usinas dessas localidades, chega-se à capacidade de 12,5 MW, potência que permitiria atender a uma população de cerca de 400 mil habitantes.
A companhia tem investido ainda em estações de tratamento de efluentes para satisfazer a demandas próprias e do mercado. A CRVR já tem uma planta dessa natureza operando em Minas do Leão e em Santa Maria outra unidade deverá entrar em funcionamento ainda neste mês. Mais complexos similares serão construídos em São Leopoldo e Victor Graeff.
Os aterros da CRVR recebem diariamente em torno de 6 mil a 6,5 mil toneladas de resíduos provenientes de mais de 300 cidades, o que representa cerca de 75% da população do Rio Grande do Sul. Para melhorar a questão da destinação do lixo urbano, Girondi defende que a gestão desses materiais não pode mais ser submetida a licitações de curto prazo pelas prefeituras municipais e sim passar por concessões, que permitam mais tempo de planejamento quanto a investimentos.