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Publicada em 02 de Janeiro de 2024 às 01:25

Bossa Invest chega à marca de 20º exits em 2023

Investimento em startups feito por corporações, o CVC, deve se manter aquecido

Investimento em startups feito por corporações, o CVC, deve se manter aquecido

Unsplash/Divulgação/JC
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Patricia Knebel
A Bossa Invest, ex-Bossanova e uma das principais Venture Capital Early Stage da América Latina, acaba de atingir a marca de 20 exits em 2023, com operação com a Delfos. A startup foi investida pela Contrarian Ventures, gerando retorno de 5,24 vezes.
A Bossa Invest, ex-Bossanova e uma das principais Venture Capital Early Stage da América Latina, acaba de atingir a marca de 20 exits em 2023, com operação com a Delfos. A startup foi investida pela Contrarian Ventures, gerando retorno de 5,24 vezes.
Entre os destaques do ano nas operações de saídas da casa de VC, também estiveram a Medei, com retorno de 30,6 vezes do capital investido, adquirida pela LG Informática; e a SS Telemática, comprada pela Modaxo, com múltiplo de 13 vezes. Em média, as saídas de investimento obtidas pela Bossa levaram 3,02 anos e tiveram uma TIR (Taxa Interna de Retorno) acima dos 40% para seus co-investidores.
Segundo o diretor Financeiro da Bossa Invest, Antonio Patrus, a marca de 20 exits em apenas um ano veio principalmente por dois motivos. "Estamos cada vez mais comprometidos em ajudar no crescimento e desenvolvimento de nossas investidas, ao mesmo tempo em que o mercado está cada vez mais ávido por se conectar com boas startups", diz.
Para ele, mesmo diante de um cenário ainda em retomada, a tendência é que o investimento em startups feito por corporações (conhecido como CVC) ou mesmo a compra dessas empresas inovadoras por companhias já estabelecidas (M&As) sigam aquecidos em 2024, movimentando o cenário do venture capital.
"É um processo que vem crescendo muito desde a pandemia e segue forte. Nenhuma empresa quer estar alienada às mudanças tecnológicas, que vem acontecendo numa velocidade sem precedentes nesses últimos anos. As startups podem competir com as grandes empresas ou serem aliadas e ajudá-las a atuar com novas tecnologias, crescer em novos segmentos e acelerar a inovação".
Dados do último estudo da KPMG sobre fusões e aquisições na América Latina mostra que 45% das empresas e investidores consideram que hoje há uma grande oportunidade para a realização de M&As na região.
Grandes corporações têm mostrado que é muito estratégico atrair startups para seu ecossistema de negócios, mas, conforme alerta o diretor da Bossa, o movimento precisa ser bem feito.
"É importante que as corporações entendam que um pequeno negócio inovador é diferente de uma grande companhia, normalmente mais burocrática. Se não se atentar a isso, a corporação pode inibir a velocidade da startup e prejudicar sua capacidade e agilidade de construir e testar novas soluções", ressalta.
Patrus ainda salienta que o M&A e o CVC são duas das melhores portas de saída para o fundador de uma startup early stage. "Se os fundadores quiserem trilhar outros caminhos, como chegar a um IPO, o esforço é muito maior, pode levar muito mais tempo e será preciso ir muito mais longe em termos de crescimento e de maturação do negócio. Tanto que poucas startups no Brasil conseguiram chegar lá", avalia.

A jornada da Delfos

Com foco no mercado de energia renovável, a Delfos desenvolveu um software com inteligência artificial que analisa dados para otimização de performance e redução de riscos operacionais para usinas eólicas, fotovoltaicas e hidrelétricas, entre outras.
Em 2019, a EDP Ventures se interessou pelas soluções e liderou a rodada junto com BMG e Bossa Invest, no valor de R$1,5 milhão. Em 2021, a startup recebeu R$5 milhões em uma rodada de investimentos liderada pela Domo Invest, com EDP Ventures, BMG Uptech e Bossa Invest.

Serpro integra o ambiente de inovação Cubo Itaú

Hub de inovação é um dos mais importantes da América Latina

Hub de inovação é um dos mais importantes da América Latina

Celso Doni/Divulgação/JC
Buscando se aproximar de startups e fortalecer o ecossistema de inovação nacional, o Serpro firmou uma parceria com o Cubo Itaú. A estatal é a primeira instituição pública a integrar esta comunidade que faz a curadoria de startups em fase de tração.
"Nossa chegada ao Cubo Itaú mostra que queremos estar mais próximos dos atores da cena inovadora no Brasil, sejam eles startups, organizações parceiras ou empresas, as quais, por meio de soluções tecnológicas inovadoras, buscam atender às necessidades dos diversos segmentos, como meio ambiente, agro, segurança pública e saúde", comenta Alexandre Amorim, presidente do Serpro.
Outro foco, segundo o executivo, é pensar e ajudar a desenhar o futuro dos serviços digitais.
"Queremos mostrar que temos rejuvenescido as estratégias de negócio e de parceria com universidades, startups e empresas consolidadas".
De um lado, o Serpro se compromete a fomentar o ecossistema tecnológico através do programa Serpro Booster, que oferece vouchers para serviços do Serpro e cooperação técnica para inovação aberta. Para as startups, esta oportunidade é um salto de validação comercial e uma possibilidade de escala, dada a vasta rede de serviços públicos que o Serpro abarca.
A estatal poderá absorver e implementar soluções criadas no ambiente dinâmico do Cubo, reforçando compromisso com a modernização e eficiência dos serviços governamentais.

Claro pay amplia portfólio com seguros e assistências

Novos serviços podem ser acessados diretamente do aplicativo

Novos serviços podem ser acessados diretamente do aplicativo

Adobe Stock/Divulgação/JC
A plataforma Claro pay conta com um portfólio de seguros e assistências, que podem ser contratados pelo aplicativo. A entrada no novo mercado foi viabilizada por meio de parcerias com players globais do setor, como as seguradoras Allianz Group e Zurich e a corretora MDS Group.
São oferecidas sete opções entre seguros e assistências, como assistência especial que engloba serviços pessoais e para pets; seguro de proteção de bens domésticos e para acidentes com imóveis, smartphones e automóveis.
"Identificamos a oportunidade de formatar um produto diferenciado, com foco na inclusão financeira e desburocratização do serviço. No Brasil, o mercado de seguros ainda está muito voltado para atender às pessoas com poder aquisitivo mais alto, com formatos tradicionais e complexos. Nossa expectativa é dar a eles a oportunidade de obter produtos de seguros e assistências com facilidade e preços acessíveis", comenta o diretor executivo de Serviços Financeiros e Claro pay, Mauricio Santos.
Segundo ele, a ampliação do portfólio de serviços disponibilizado na plataforma é um reflexo do mercado e visa garantir uma experiência ainda mais completa para os usuários da conta.
"Existe uma crescente demanda por soluções integradas que facilitem o dia a dia e valorizem uma jornada mais fluida para o consumidor. Nosso intuito é aprimorar a plataforma para que nossos clientes possam concentrar, cada vez mais, a administração de suas rotinas financeiras dentro do Claro pay", reforça.

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