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Dnit irá relançar licitação de modernização da eclusa de Bom Retiro do Sul
Último certame para efetivar a obra não teve propostas habilitadas
Apesar das tentativas de licitação para a realização das obras de reformas da barragem e eclusa de Bom Retiro do Sul, no rio Taquari, não terem sido bem-sucedidas até agora, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) não desistiu de ir adiante com o serviço. O edital da iniciativa será revisado para que o leilão para a efetivação dos trabalhos seja relançado.
O Dnit não divulgou um cronograma para essa nova movimentação. A última vez que ocorreu um certame para a modernização da estrutura foi em setembro deste ano. No entanto, nenhuma empresa foi habilitada devido à documentação inconsistente ou falta de apresentação de documentação. O valor estimado da licitação nessa mais recente tentativa era de aproximadamente R$ 80,7 milhões.
O sistema de eclusas viabiliza a transposição de obstáculos que existem entre os trechos navegáveis e ameniza os impactos dos ciclos de chuvas ao longo do ano. A estrutura de Bom Retiro do Sul foi inaugurada em 1976 e é constituída, em seu segmento móvel, de seis comportas tipo vagão (duplas) com 10 metros de altura e por um vertedor fixo, junto à margem direita.
A eclusa, localizada junto à margem esquerda, apresenta câmara com comprimento útil de 120 metros por 17 metros de largura, permitindo que embarcações com 2,8 mil toneladas de carga façam a transposição do desnível de cerca 12 metros introduzido pelo barramento, em situação de estiagem. O complexo, de acordo com o Dnit, registra um volume de tráfego superior a 800 embarcações anuais, a maioria utilizada para transporte de areia.
Além do empreendimento em Bom Retiro do Sul, o Dnit já lançou o edital para a contratação de empresa para elaboração de projetos executivos e execução das obras de recuperação na barragem de Amarópolis, no rio Jacuí, na cidade de General Câmara. A abertura das propostas dessa ação está prevista para acontecer no dia 27 de novembro. Ainda estão sendo planejadas, porém em um processo mais inicial, as modernizações das eclusas Anel de Dom Marco (no município de Rio Pardo) e Fandango (em Cachoeira do Sul), ambas localizadas também no rio Jacuí.
O diretor-presidente da Associação Hidrovias do Rio Grande do Sul (Hidrovias RS), Wilen Manteli, considera como indispensáveis as obras de melhorias nas eclusas gaúchas. Ele lembra que as estruturas possuem décadas de funcionamento e precisam ser renovadas. Assim como qualificam as condições de navegação, o dirigente enfatiza que as barragens auxiliam a incrementar a segurança quanto às enchentes. “Eu acredito que todas essas eclusas ajudaram a evitar um desastre ainda maior (decorrente das recentes enxurradas que ocorreram no Rio Grande do Sul)”, comenta Manteli.