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Mapa Econômico do RS

- Publicada em 11 de Agosto de 2023 às 00:25

Um terreno fértil para as cooperativas gaúchas focadas no agronegócio

Uma cultura que se traduz pela força do cooperativismo. Em Tupanciretã, Juarez do Nascimento é hoje o presidente da Agropan. Criada na década de 1970, conta com 21 unidades de recebimento e comercialização de grãos entre 12 municípios vizinhos.
Uma cultura que se traduz pela força do cooperativismo. Em Tupanciretã, Juarez do Nascimento é hoje o presidente da Agropan. Criada na década de 1970, conta com 21 unidades de recebimento e comercialização de grãos entre 12 municípios vizinhos.
Quatro cooperativas que figuram entre as grandes do Estado e que têm a soja como carro-chefe do seu negócio estão neste cinturão produtivo no centro do Rio Grande do Sul. A Cotrijal, com sede em Não-Me-Toque, é a principal delas, tendo registrado, em 2021, receita de
R$ 4,2 bilhões, e no ano passado, R$ 5,83 bilhões.
"É uma história que começa em 1957, com uma cooperativa de trigo. Depois, com o avanço da soja, que hoje responde por 85% do nosso plantio na cooperativa, nos tornamos regionais e hoje, estaduais. Temos boa parte dos nossos associados, inclusive, no Sul do Estado", comenta o presidente da Cotrijal, Nei Manica.
Segundo ele, é justamente o modo cooperativo de organização dos produtores que mantém o homem no campo. Neste ano, a Cotrijal chega a 53 municípios com associados, e segue um plano de investimentos de R$ 170 milhões entre melhorias energéticas, com uma usina fotovoltaica e estruturas de armazenagem de grãos. O valor de aportes previstos até o final de 2023, porém, é menos da metade do que foi investido no ano passado. Resultado dos dois anos de forte estiagem no Estado. E aí, como aponta Manica, está a importância das cooperativas nesta região.
"Se não tivéssemos as cooperativas, o Rio Grande do Sul, e não só a região, estaria um caos. Com as quebras de safras, são as cooperativas que dão a sustentabilidade para o campo. A prudência, sempre com garantia de recursos para socorrer o produtor e seguir profissionalizando o serviço, é fundamental neste momento e tem se mostrado o segredo para a vida longa do setor rural no Rio Grande do Sul", diz o dirigente.
Completam a lista das principais cooperativas da região, conforme ranking da Revista Amanhã, a Cotribá, com sede em Ibirubá, a Camnpal, de Nova Palma, e a Cotrisel, de São Sepé.
Mas não são só as cooperativas que prosperam com a rentabilidade da soja a partir do Alto Jacuí. Tem sede no município de Santa Bárbara do Sul, com apenas 8,1 mil habitantes, mas com 76 mil hectares de área plantada e mais de 322 mil toneladas de soja colhida em 2021 e VAB Agrícola de R$ 233,4 milhões, a 3tentos. A empresa é listada pela Revista Amanhã como a 16ª mais importante do Estado, a principal da região, com receita de R$ 5,3 bilhões em 2021.
Nem mesmo a estiagem nas últimas safras reduziu o ritmo de investimentos da empresa, que aporta
R$ 100 milhões em expansão no Rio Grande do Sul neste ano. A principal ação fica em Cruz Alta, onde a unidade de processamento de soja para transformação em óleo e farelo, entra em seu primeiro ano de operação plena, além da previsão de ampliação em até 50 mil toneladas de armazenagem de grãos da empresa no Estado.
 

Principais cooperativas da região

 CCGL (Cruz Alta)
 Cotrijal (Não-Me-Toque)
 Cotribá (Ibirubá)
 Camnpal (Nova Palma)
 Cotrisel (São Sepé)