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Energia

- Publicada em 10 de Agosto de 2023 às 16:52

CPFL Transmissão projeta investimento de R$ 3,2 bilhões nos próximos cinco anos no RS

Gomes projeta reforços e melhorias em complexos como subestações e linhas de transmissão de energia

Gomes projeta reforços e melhorias em complexos como subestações e linhas de transmissão de energia


EVANDRO OLIVEIRA/JC
Quase dois anos depois de assumir a gestão da antiga CEEE-T (o que ocorreu em outubro de 2021), a CPFL Transmissão projeta intensificar os investimentos nos ativos da empresa. O presidente da CPFL Transmissão, André Gomes, salienta o aumento dos aportes feitos na companhia transmissora de energia e adianta que, entre 2023 a 2027, a previsão é de um investimento de aproximadamente R$ 3,2 bilhões no Rio Grande do Sul.
Quase dois anos depois de assumir a gestão da antiga CEEE-T (o que ocorreu em outubro de 2021), a CPFL Transmissão projeta intensificar os investimentos nos ativos da empresa. O presidente da CPFL Transmissão, André Gomes, salienta o aumento dos aportes feitos na companhia transmissora de energia e adianta que, entre 2023 a 2027, a previsão é de um investimento de aproximadamente R$ 3,2 bilhões no Rio Grande do Sul.
Os recursos serão aplicados, principalmente, em reforços e melhorias em complexos como subestações e linhas de transmissão de energia. A empresa opera com cerca de 6,5 mil quilômetros de extensão de linhas e mais de 70 subestações. Gomes destaca que será um salto no desembolso de recursos em comparação a quando a companhia era estatal, que chegava a uma média de R$ 70 milhões por ano. “Nunca houve antes na CEEE-T investimentos desse porte”, reitera o executivo.
Somente nos ativos elétricos (sem contar aportes em outras ações como, por exemplo, expansão de frota), Gomes diz que foi investido em torno de R$ 210 milhões no ano passado e em 2023 a previsão é de aplicar algo entre R$ 450 milhões a R$ 500 milhões. A CPFL venceu em julho de 2021 a disputa pelo controle da CEEE-T, apresentando um lance de R$ 2,67 bilhões pelos 66,08% do capital social que o governo gaúcho detinha na companhia, o que representou um ágio de 57,13%.
Para se ter uma ideia de como esse braço do Grupo CEEE era valorizado no mercado na época do leilão, a CEEE-D (do segmento de distribuição de energia) tinha sido arrematada alguns meses antes, pela Equatorial, por apenas R$ 100 mil. No ano passado, a CPFL aumentou a sua participação na CEEE-T pagando R$ 1,1 bilhão pela participação de 32,66% que a Eletrobras possuía na antiga estatal. As empresas de transmissão realizam o deslocamento de energia em grandes distâncias e nas mais elevadas tensões, e as distribuidoras são responsáveis por fazer a eletricidade chegar ao consumidor final em tensões mais baixas.
Gomes afirma que foi aproveitada a maioria do quadro funcional da CEEE-T após a desestatização. Atualmente, a CPFL Transmissão conta com aproximadamente 540 empregados, sendo que em torno de 250 deles trabalham na sede da companhia em Porto Alegre. O executivo recorda que a CEEE-T já era uma empresa consolidada, com muitos empreendimentos e funcionários capacitados. Ele lembra ainda que o setor de transmissão era uma área em que a CPFL detinha poucas estruturas antes da aquisição da estatal gaúcha. “Para entrar nesse segmento era preciso uma empresa desse porte”, argumenta o dirigente.
Quanto à expectativa de aumento da demanda elétrica no Rio Grande do Sul no próximo verão, devido à perspectiva da elevação da temperatura e do uso de aparelhos de ar-condicionado, Gomes aponta que o setor de transmissão de energia local é bem robusto e deve atender ao consumo que será verificado. O executivo acrescenta que a CPFL Transmissão e a distribuidora RGE (que também é controlada pelo Grupo CPFL) criaram um grupo de trabalho para estudar medidas preventivas a serem tomadas em caso de eventuais problemas causados pelo fenômeno El Niño, que gera enormes alterações climáticas e deve se intensificar até o final do ano.
Além dos empreendimentos no Rio Grande do Sul, a CPFL Transmissora é responsável por ativos (outras linhas e subestações) que se encontram em Santa Catarina, São Paulo e Ceará. Sobre a possibilidade de concorrer a novos projetos na área de transmissão de energia, Gomes afirma que a CPFL observa todas as oportunidades apresentadas pelo mercado.