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Economia

Conjuntura

- Publicada em 22 de Junho de 2023 às 19:32

Juros: taxas sobem no pós-Copom, mas mercado ainda espera corte da Selic em agosto

"O mercado continua com uma aposta firme de que o BC vai iniciar o ciclo de afrouxamento monetário", diz Rostagno, estrategista-chefe do Banco Mizuho,

"O mercado continua com uma aposta firme de que o BC vai iniciar o ciclo de afrouxamento monetário", diz Rostagno, estrategista-chefe do Banco Mizuho,


MARCELLO CASAL JR/ebc/jc
A falta de sinalização explícita do Banco Central a respeito da possibilidade de corte de juros em agosto forçou um leve ajuste de posições do mercado de Depósitos Interfinanceiros (DIs), com respectiva alta nas taxas, mas não grande o suficiente para afastar de vez as apostas de que a instituição começará a baixar a Selic em agosto.
A falta de sinalização explícita do Banco Central a respeito da possibilidade de corte de juros em agosto forçou um leve ajuste de posições do mercado de Depósitos Interfinanceiros (DIs), com respectiva alta nas taxas, mas não grande o suficiente para afastar de vez as apostas de que a instituição começará a baixar a Selic em agosto.

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"O mercado continua com uma aposta firme de que o BC vai iniciar o ciclo de afrouxamento monetário em agosto", disse o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno, acrescentando que isso ocorre em função da expectativa de deflação do IPCA em junho, associada à perspectiva de que o Conselho Monetário Nacional (CMN) não fará mudanças drásticas na meta de inflação.

Mesmo com estes fatores favoráveis à redução da Selic, especialistas consideraram que o Copom tomou uma decisão acertada ao manter o tom mais duro que o esperado no comunicado.

Camila Abdelmalack, economista-chefe da Veedha Investimentos, destaca que ainda há dúvidas sobre qual será o formato final do projeto de lei do arcabouço fiscal - que foi alterado pelo Senado e precisa passar novamente pela Câmara dos Deputados.

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A decisão do CMN a respeito da meta de inflação também é um risco. O Banco Central possui apenas um dos três votos no Conselho. Os outros dois são dos ministros Fernando Haddad, da Fazenda, e Simone Tebet, do Planejamento.

"Esse evento é super relevante para ver se vai ter confirmação da meta de 3% e apenas dissociação em relação ao ano-calendário. Mas acredito que ainda é mais questão envolvendo desfecho do arcabouço", afirmou.

A taxa do contrato de DI para janeiro de 2024 fechou em 13,085%, de 13,073% no ajuste de ontem, enquanto a do DI para janeiro de 2025 encerrou em 11,160%, de 11,137% na mesma comparação. A do DI para janeiro de 2027 terminou em 10,515%, de 10,503%, e a do DI para janeiro de 2029 em 10,810%, de 10,786%.