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Economia

Conjuntura

- Publicada em 01 de Junho de 2023 às 09:19

Agropecuária puxa alta do PIB de 1,9% no primeiro trimestre, segundo o IBGE

Previsão de safra recorde de soja impacta positivamente os resultados da economia

Previsão de safra recorde de soja impacta positivamente os resultados da economia


CNA Agro/Divulgação JC
Com alta de 21,6% no primeiro trimestre, a Agropecuária foi a responsável pelo avanço de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) no período na comparação com os três últimos meses de 2022. O desempenho da Agropecuária, que responde por cerca de 8% da economia do País, foi o maior para o setor desde o quarto trimestre de 1996. Os dados fazem parte do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais e foram divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira (1º), e indicam que o PIB chegou a R$ 2,6 trilhões em valores correntes de janeiro a março.
Com alta de 21,6% no primeiro trimestre, a Agropecuária foi a responsável pelo avanço de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) no período na comparação com os três últimos meses de 2022. O desempenho da Agropecuária, que responde por cerca de 8% da economia do País, foi o maior para o setor desde o quarto trimestre de 1996. Os dados fazem parte do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais e foram divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira (1º), e indicam que o PIB chegou a R$ 2,6 trilhões em valores correntes de janeiro a março.
Na comparação com o primeiro trimestre de 2022, o PIB cresceu 4,0%. No acumulado dos quatro trimestres terminados em março de 2023, o PIB registrou elevação de 3,3% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores.
“Problemas climáticos impactaram negativamente a Agropecuária no ano passado e esse ano estamos com previsão de safra recorde de soja, que representa aproximadamente 70% da lavoura no trimestre, com crescimento de mais de 24% de produção. A safra da soja é concentrada no primeiro semestre do ano. Ao compararmos o quarto trimestre de um ano ruim com um primeiro trimestre bom, observamos esse crescimento expressivo da Agropecuária”, analisa a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.
O setor de serviços, que tem o maior peso no indicador, cresceu 0,6% no período. O resultado foi puxado, principalmente, pelas altas nos setores de Transportes e Atividades Financeiras, ambos com crescimento de 1,2%.
“A alta no setor dos Transportes foi influenciada tanto pelo transporte de carga quanto o de passageiros. Nas Atividades Financeiras, foi puxada pela parte de seguros, pois o valor dos prêmios cresceu, mas o dos sinistros caiu, e o setor tem um ganho quando acontece isso”, pontua.
O setor de Informação e comunicação (-1,4%) apresentou a maior queda do primeiro trimestre para os serviços. “A queda dessa atividade pode ser explicada, em grande parte, por uma base de comparação alta. Foi a atividade que mais cresceu depois da pandemia, se encontra 22,3% acima do patamar do quarto trimestre de 2019”, explica a coordenadora.
A Indústria apresentou estabilidade (-0,1%) no primeiro trimestre de 2023. “A queda na Indústria de Transformação foi influenciada pelas quedas de bens de capital e bens intermediários, enquanto a Atividade de Eletricidade e água, gás, esgoto, atividades de gestão de resíduos subiu 6,4%, visto que estamos em um momento de boas condições hídricas, sem escassez”, pontua Palis.
Pela ótica da despesa, a Despesa de Consumo das Famílias (0,2%) e a Despesa de Consumo do Governo (0,3%) apresentaram variações positivas, enquanto a Formação Bruta de Capital Fixo (-3,4%) registrou queda.
O setor externo contribuiu positivamente para o crescimento, já que as Exportações de Bens e Serviços tiveram variação negativa de 0,4% ao passo que as Importações de Bens e Serviços caíram 7,1% em relação ao quarto trimestre de 2022.