Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

Economia

- Publicada em 24 de Maio de 2023 às 18:00

Engenharia está atrelada à atração de investimentos, defende presidente do Crea-RS

Nancy Walter falou a empresários sobre formação profissional e diálogo com o governo

Nancy Walter falou a empresários sobre formação profissional e diálogo com o governo


Rosi de Boni/Divulgação/JC
No momento em que os governos têm projetos e recursos, o cenário se torna propício para realizar obras públicas e para criar um ambiente de negócio que atraia investidores. Estes cenários estarão atrelados à engenharia, da concepção à execução dos projetos, sustenta a engenheira ambiental Nancy Walter, presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-RS). Para ela, pensando no futuro, tratar disso demandará uma aposta na formação profissional desde agora e a organização em conjunto dos atores sociais comprometidos com a mudança.
No momento em que os governos têm projetos e recursos, o cenário se torna propício para realizar obras públicas e para criar um ambiente de negócio que atraia investidores. Estes cenários estarão atrelados à engenharia, da concepção à execução dos projetos, sustenta a engenheira ambiental Nancy Walter, presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-RS). Para ela, pensando no futuro, tratar disso demandará uma aposta na formação profissional desde agora e a organização em conjunto dos atores sociais comprometidos com a mudança.
“Desconheço engenheiro que não queira que (a aprovação do projeto) ande rápido. Quem tem a caneta na mão tem que fazer andar rápido”, declarou Nancy em fala direcionada a empresários, muitos deles engenheiros, no evento Tá na mesa da Federasul nesta quarta-feira (24). Sustentando que “independentemente de quem ocupa função (de chefia do Executivo), precisamos acreditar que dará certo”, a presidente do Crea-RS conclamou os profissionais e empresários a dialogarem com as autoridades como forma de enfrentar as dificuldades burocráticas de cada cidade ou estado.
O discurso encontra eco no meio empresarial. Rodrigo Sousa Costa, engenheiro agrônomo e presidente da Federasul, chama de “janela de oportunidades” as oportunidades de negócio que se abrem para o Estado devido aos movimentos políticos nos anos mais recentes, citando os governos de José Ivo Sartori (MDB, 2015-2018) e de Eduardo Leite (PSDB, 2019-hoje). “Nos últimos três anos tivemos a La Niña e secas consecutivas. Como o Rio Grande do Sul pode pensar na inovação disruptiva?”, indagou, citando como exemplo a irrigação de terras baixas em Pelotas, com tecnologia trazida dos Estados Unidos.
A resposta à provocação de Costa foi dada por Walter Lidio Nunes, presidente da Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul. “Precisamos de mobilização para desmistificar o mito da engenharia”, disse, voltando para a pauta da formação de novos profissionais. “O grande desafio é ir nas escolas (de ensino fundamental e médio) para modificar o mindset dos alunos”, completou. Nancy complementou a avaliação, apontando o papel de quem já é formado em acolher e incentivar quem está iniciando na carreira. “A aproximação de quem já está no mercado com os jovens é essencial, começa por mostrar onde a gente nem sabe que tem engenharia”, defendeu.
Na palestra que tratou sobre “O futuro do futuro”, a presidente do Crea-RS fez o convite para a 78ª Semana Oficial da Engenharia e Agronomia (SOEA), evento nacional que será realizado entre 8 e 11 de agosto em Gramado - a expextativa é recceber até 5 mil profissionais de todo o país. Três eixos vão conduzir o debate: o diálogo com as universidades, com desafios e oportunidades na profissão; o metaverso e a relação com as novas tecnologias; e políticas públicas. Segundo Nancy, “o tema principal será a importância da engenharia na soberania nacional”.