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Economia

Inflação

- Publicada em 12 de Maio de 2023 às 10:26

IPCA em 12 meses volta a desacelerar e é o menor desde outubro de 2020

O reajuste dos medicamentos puxou a alta do grupo Saúde e cuidados pessoais

O reajuste dos medicamentos puxou a alta do grupo Saúde e cuidados pessoais


ANDRESSA PUFAL/JC
A alta de 0,61% registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em abril voltou a desacelerar a taxa acumulada em 12 meses, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (12). No mês de abril de 2022, o IPCA tinha sido de 1,06%. A taxa em 12 meses passou de 4,65%, em março, para 4,18% em abril. O resultado foi o mais baixo desde outubro de 2020, quando estava em 3,92%.A meta de inflação para este ano perseguida pelo Banco Central é de 3,25%, que tem teto de tolerância até 4,75%.O resultado do IPCA de abril de 2023 foi menor que o observado em março do mesmo ano (de 0,71%) e ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast, que previam um avanço desde 0,43% a 0,65%, mas acima da mediana positiva de 0,55%.A taxa acumulada pela inflação no ano ficou em 2,72% até abril.O resultado acumulado em 12 meses até abril também ficou dentro das projeções dos analistas, que iam de 3,99% a 4,60%, mas novamente acima da mediana, de 4,12%.
A alta de 0,61% registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em abril voltou a desacelerar a taxa acumulada em 12 meses, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (12). No mês de abril de 2022, o IPCA tinha sido de 1,06%. A taxa em 12 meses passou de 4,65%, em março, para 4,18% em abril. O resultado foi o mais baixo desde outubro de 2020, quando estava em 3,92%.

A meta de inflação para este ano perseguida pelo Banco Central é de 3,25%, que tem teto de tolerância até 4,75%.

O resultado do IPCA de abril de 2023 foi menor que o observado em março do mesmo ano (de 0,71%) e ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast, que previam um avanço desde 0,43% a 0,65%, mas acima da mediana positiva de 0,55%.

A taxa acumulada pela inflação no ano ficou em 2,72% até abril.

O resultado acumulado em 12 meses até abril também ficou dentro das projeções dos analistas, que iam de 3,99% a 4,60%, mas novamente acima da mediana, de 4,12%.
 

Inflação subiu em todos os grupos pesquisados pelo IBGE

Todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados no IPCA apresentaram alta, com destaque para Saúde e cuidados pessoais, que teve o maior impacto (0,19 p.p.) e a maior variação (1,49%). “O resultado nesse grupo foi influenciado pela alta nos produtos farmacêuticos, justificada pela autorização do reajuste de até 5,60% no preços nos medicamentos, a partir de 31 de março”, explica o analista da pesquisa, André Almeida, destacando a contribuição de 0,12 p.p. e a variação de 3,55%. Já os preços nos planos de saúde tiveram alta de 1,20%. Os itens de higiene pessoal apresentaram desaceleração de 0,76% em março para 0,56% em abril, influenciados, principalmente, pelos perfumes (-1,09%).
Outro grupo que contribuiu para o resultado de abril (com 0,15 p.p.) foi o de Alimentação e bebidas, com aceleração de 0,05% em março para 0,71%. A principal colaboração foi da alimentação no domicílio, que passou havia apresentado deflação no mês anterior (-0,14%) e teve alta de 0,73% em abril. Impactaram os preços do tomate (10,64%), do leite longa vida (4,96%) e do queijo (1,97%). Entre os alimentos em queda, destaque para a cebola (-7,01%) e o óleo de soja (-4,44%).

Já a alimentação fora do domicílio variou 0,66%, acima da variação de março (0,60%). O lanche desacelerou de 1,09% para 0,93%, enquanto a refeição fez o caminho inverso, e saiu de 0,41% para 0,51%.

A inflação no grupo de Transportes desacelerou e teve alta de 0,56%, contribuindo com 0,12 p.p. para o IPCA de abril. “Contribuíram para esse resultado a queda de 0,44% dos combustíveis, que haviam registrado alta de 7,01% em março”, justifica Almeida. Apenas o etanol (0,92%) subiu no mês enquanto óleo diesel (-2,25%), gás veicular (-0,83%) e gasolina (-0,52%) tiveram queda nos preços.

Ainda no ramo dos Transportes, as passagens aéreas subiram 11,97% em abril, após queda de 5,32% em março, e foram o subitem com maior impacto na inflação geral (0,07 p.p.). Já as tarifas de metrô subiram 1,24%, pressionadas pelo reajuste de 6,15% no Rio de Janeiro (3,54%) a partir do dia 12 de abril. Já a alta de 1,11% em ônibus urbano foi influenciada pelos aumentos de 15,75% em Fortaleza (9,16%) a partir de 19 de março, e de 33,33% em Belo Horizonte (6,67%), a partir de 23 de abril. Finalizando o grupo, os preços dos ônibus intermunicipais caíram 0,25%, embora tenham registrado reajuste médio de 5,77% em Campo Grande (5,58%), a partir de 1º de abril.