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Economia

Logística

- Publicada em 24 de Abril de 2023 às 19:11

Portos RS calcula que nova taxa terá impacto de 3% a 5% no frete do transporte hidroviário

Empresa pública enfatiza que recursos são necessários para manutenção das condições de navegação

Empresa pública enfatiza que recursos são necessários para manutenção das condições de navegação


JONATHAN HECKLER/JC.
Apesar das críticas do Sindicato dos Armadores de Navegação Interior dos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul (Sindarsul) contra a recente cobrança da chamada Tabela I - Infraestrutura de Acesso Aquaviário nos Portos de Rio Grande e de Porto Alegre, a Portos RS estima que a taxa deve impactar de 3% a 5% o custo dos fretes das cargas movimentadas.
Apesar das críticas do Sindicato dos Armadores de Navegação Interior dos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul (Sindarsul) contra a recente cobrança da chamada Tabela I - Infraestrutura de Acesso Aquaviário nos Portos de Rio Grande e de Porto Alegre, a Portos RS estima que a taxa deve impactar de 3% a 5% o custo dos fretes das cargas movimentadas.
O gerente de planejamento e desenvolvimento da empresa pública responsável por administrar o sistema hidroportuário gaúcho, Fernando Estima, reforça que as negociações das empresas de navegação terão que incluir esses percentuais a mais, mas haverá um fundo para atender às demandas constantes das obras necessárias para o uso da hidrovia (como dragagens e sinalizações).
“O sistema tarifário, subsidiado e apoiado pelos portos, vai garantir finalmente uma estrutura de manutenção permanente”, enfatiza Estima. A cobrança da nova taxa começou a ser feita em meados de março.
O dirigente frisa que está prevista pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) a implantação do sistema tarifário para fazer a arrecadação de recursos para desenvolver os trabalhos necessários que dão condições de navegação na hidrovia interior. “O que nós sentimos é que tem um mercado que estava, há muito tempo, acostumado a não pagar absolutamente nada”, comenta o gerente de planejamento e desenvolvimento da Portos RS.
Ele afirma que a Portos RS, constituída no ano passado, herdou um histórico de falta da dragagem da hidrovia e da sinalização noturna, assim como problemas de navegação durante os períodos de estiagem.
O dirigente salienta que é preocupante quando se deseja um serviço, mas não se quer arcar com um custo mínimo pelo trabalho prestado. Ele acredita que a questão irá se amenizar quando começar a entrega das obras. Estima ressalta ainda que a possibilidade de diálogo sobre o tema continua aberta.
Já o presidente do Sindarsul, Werner Barreiro, vê como muito bem-vinda a manifestação de se ter um canal aberto de comunicação com a Portos RS. No entanto, o dirigente considera o impacto no frete com a nova taxa elevado.
“Se 5% for pouco, ótimo, que nos isentem, porque para nós é muito”, afirma Barreiro. Ele adianta que há segmentos de cargas que trabalham com margens de lucro muito apertadas e essas mercadorias podem deixar de transitar pela hidrovia.
O representante do Sindarsul acrescenta que o setor já tem outros gastos para se preocupar como, por exemplo, a renovação de frota. “Essa tarifa inviabiliza o segmento por total, mesmo sendo cobrada do armador ou do embarcador”, lamenta o dirigente.
De acordo com Barreiro, apenas para as companhias Navegação Aliança, Navegação Guarita e Petrosul, que estão entre as maiores da área de navegação interior no Rio Grande do Sul, a Tabela I - Infraestrutura de Acesso Aquaviário nos Portos de Rio Grande e de Porto Alegre deve significar um custo de cerca de R$ 11 milhões ao ano.