Na próxima terça-feira (11), acontece o lançamento da coleção Eclipse da rede de lojas Monjuá, com estampas vivas e exclusivas criadas por artistas da comunidade Kógunh Mág do povo Kaingang de Canela. O evento é uma realização da varejista, produzida pela Opará Cultural, e conta com o apoio do RS Criativo e da Casa de Cultura Mario Quintana (Rua dos Andradas, 736 - Centro Histórico/POA). A coleção será apresentada em evento a partir das 18h30min no mezanino da Casa de Cultura Mario Quintana, com coquetel seguido de exibição do fashion filme da coleção e de um desfile protagonizado por modelos indígenas Kaingang. Também haverá confecção de artesanato Kaingang ao vivo e exposição de fotos sobre o processo criativo.
Ao todo, a coleção Eclipse conta com sete modelos de peças de outono/inverno (2023), entre camisas e moletons (para todos os gêneros), calça, blusas e jaquetas femininas. "Alguns itens chegam com estampas maiores, e outros se utilizam de elementos de estilo", comenta o CEO da Monjuá, Felipe Bender. "Foi uma sacada que a gente teve para conseguir ampliar as coleções dentro do nosso mix: ao invés de muitas estampas, usar de forma mais sutil pequenos bordados, com detalhes nas peças, assim conseguimos uma penetração maior entre nosso público, o que significa, consequentemente, aumentar o retorno financeiro (e a visibilidade para a cultura) destas comunidades, que recebem de forma proporcional com as vendas."
Implementado em 2021, o programa Monjuá + Povos Originários está em sua quarta edição. O lançamento oficial da parceria, que busca aproximar e valorizar a cultura dos povos ancestrais, ocorreu em paralelo ao novo posicionamento da empresa, que tem confecção de marca própria e peças femininas e masculinas direcionadas a um público com espírito mais jovem. Monjuá vem do tupi-guarani e significa “ficar de boca aberta” ou "de queixo caído", expressão que resgata o propósito de surpresa e de inspirar felicidade. Antes de adotar esta marca, em 2017, a empresa se chamava Três Passos, nome da cidade onde foi fundada, há 59 anos.
A primeira coleção - de primavera/verão (2021/2022) - denominada Vy’apa (Felicidade), foi feita com ilustrações de indígenas de três aldeias Mbyá Guarani, da Barra do Ribeiro: Tekoá Guapoy (aldeia Figueira), Tekoá Yvy Poty (aldeia Flor da Terra) e Tekoá Mirim (aldeia Pequena). Depois, vieram as coleções Terra Original (outono/inverno-2022), assinada pela artista indígena Wanessa Ribeiro (de etnia guarani, e natural do Rio de Janeiro); e Proteção, (primavera/verão – 2022/2023) com grafismos da artista visual Auá Mendes (indígena do povo Mura, do Amazonas). Assim, são desenvolvidas “coleções cápsulas” anuais em parceria com artistas indígenas que se envolvem em diferentes processos, desde a criação das estampas à direção de arte e fotografia para as campanhas.
“Esta parceria, surge para criarmos juntos uma coleção de roupas e acessórios com a cultura, imagem, desenhos e outros elementos das comunidades dos povos originários, que possam ser usados em roupas”, destaca o CEO da marca. “Esse é um trabalho importante, uma vez que essas aldeias e povo indígena possuem algo muito valioso, que são seus saberes milenares, transmitidos oralmente de geração em geração, por mais de 14 mil anos. Nossa marca vai contribuir com nossa missão e, em contrapartida, também queremos contribuir com as suas comunidades, através do retorno financeiro justo (definido de forma consensual) e da exposição positiva das comunidades”, afirma.
Bender destaca que, dentro do programa com os povos originários, tudo é feito e pensado de maneira conjunta. "Os indígenas participaram de todo processo de criação e são os primeiros a conhecer os pilotos da coleção e as roupas prontas. Neste processo, mantemos os grafismos e traços originais dos artistas, sem interferências, e, se for preciso qualquer interferência, são eles que autorizam onde e como será aplicada." Da forma que estas comunidades e artistas aprovam onde serão inclusos os grafismos. Além disso, as próprias aldeias servem de cenário e alguns de seus integrantes são os protagonistas das campanhas de divulgação.
Ao todo, a coleção Eclipse conta com sete modelos de peças de outono/inverno (2023), entre camisas e moletons (para todos os gêneros), calça, blusas e jaquetas femininas. "Alguns itens chegam com estampas maiores, e outros se utilizam de elementos de estilo", comenta o CEO da Monjuá, Felipe Bender. "Foi uma sacada que a gente teve para conseguir ampliar as coleções dentro do nosso mix: ao invés de muitas estampas, usar de forma mais sutil pequenos bordados, com detalhes nas peças, assim conseguimos uma penetração maior entre nosso público, o que significa, consequentemente, aumentar o retorno financeiro (e a visibilidade para a cultura) destas comunidades, que recebem de forma proporcional com as vendas."
Implementado em 2021, o programa Monjuá + Povos Originários está em sua quarta edição. O lançamento oficial da parceria, que busca aproximar e valorizar a cultura dos povos ancestrais, ocorreu em paralelo ao novo posicionamento da empresa, que tem confecção de marca própria e peças femininas e masculinas direcionadas a um público com espírito mais jovem. Monjuá vem do tupi-guarani e significa “ficar de boca aberta” ou "de queixo caído", expressão que resgata o propósito de surpresa e de inspirar felicidade. Antes de adotar esta marca, em 2017, a empresa se chamava Três Passos, nome da cidade onde foi fundada, há 59 anos.
A primeira coleção - de primavera/verão (2021/2022) - denominada Vy’apa (Felicidade), foi feita com ilustrações de indígenas de três aldeias Mbyá Guarani, da Barra do Ribeiro: Tekoá Guapoy (aldeia Figueira), Tekoá Yvy Poty (aldeia Flor da Terra) e Tekoá Mirim (aldeia Pequena). Depois, vieram as coleções Terra Original (outono/inverno-2022), assinada pela artista indígena Wanessa Ribeiro (de etnia guarani, e natural do Rio de Janeiro); e Proteção, (primavera/verão – 2022/2023) com grafismos da artista visual Auá Mendes (indígena do povo Mura, do Amazonas). Assim, são desenvolvidas “coleções cápsulas” anuais em parceria com artistas indígenas que se envolvem em diferentes processos, desde a criação das estampas à direção de arte e fotografia para as campanhas.
“Esta parceria, surge para criarmos juntos uma coleção de roupas e acessórios com a cultura, imagem, desenhos e outros elementos das comunidades dos povos originários, que possam ser usados em roupas”, destaca o CEO da marca. “Esse é um trabalho importante, uma vez que essas aldeias e povo indígena possuem algo muito valioso, que são seus saberes milenares, transmitidos oralmente de geração em geração, por mais de 14 mil anos. Nossa marca vai contribuir com nossa missão e, em contrapartida, também queremos contribuir com as suas comunidades, através do retorno financeiro justo (definido de forma consensual) e da exposição positiva das comunidades”, afirma.
Bender destaca que, dentro do programa com os povos originários, tudo é feito e pensado de maneira conjunta. "Os indígenas participaram de todo processo de criação e são os primeiros a conhecer os pilotos da coleção e as roupas prontas. Neste processo, mantemos os grafismos e traços originais dos artistas, sem interferências, e, se for preciso qualquer interferência, são eles que autorizam onde e como será aplicada." Da forma que estas comunidades e artistas aprovam onde serão inclusos os grafismos. Além disso, as próprias aldeias servem de cenário e alguns de seus integrantes são os protagonistas das campanhas de divulgação.
O propósito de desenvolver uma moda mais sustentável também norteou a Monjuá nessa nova coleção. A maioria das peças são feitas em algodão e o processo de fabricação privilegia a sustentabilidade em todas as suas etapas. No caso da coleção Eclipse, as estampas desenvolvidas “em muitas mãos” dentro da comunidade Kógunh Mág, destacam a harmonia da união com o sol e a lua (Kamé e Kairú) neste momento raro, que une duas grandes forças no céu, representando o equilíbrio do universo. "Para os Kaingang, Kamé é símbolo de força, persistência, espírito guerreiro e proativo, características dos caciques e líderes das comunidades; enquanto Kairú é mais doce, planejador, acolhedor, paciencioso, características dos Kujãs (líderes espirituais destas comunidades)", detalha o CEO da Monjuá.


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