Maria Amélia Vargas, Patrícia Comunello e Patrícia Knebel
Participantes do South Summit Brazil (SSB), em Porto Alegre, terminaram a maratona de três das de palestras e interação já pensando na edição de 2024. O Jornal do Comércio conversou com diferentes perfis e origens de visitantes que foram unânimes em elogiar a qualidade dos conteúdos e ambiente, mas também sugeriram melhorias na infraestrutura, com mais espaço para o público em painéis e medidas para proteção do sol, que marcou a edição.
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Em 2022, estreia da SSB, a chuva chegou a gerar transtornos.
"Tinha de pedir para São Pedro colaborar", brincou Gabriela Souza, que veio pela primeira vez com grupo do Paraná. Como o palco são os armazéns do Cais Mauá, área que será leiloada em breve, há limitações por questões de patrimônio e mesmo possibilidade de maiores investimentos.
O presidente do South Summit Brazil, José Renato Hopf, chegou a comentar, em meio à edição, que o sol tinha gerado desconforto.
"A gente nunca imaginou que ia fazer tanto calor", rendeu-se Hopf.
Sobre ter mais espaços para o público, uma opção seria avançar para mais armazéns. A organização do evento estuda o que pode mudar para a próxima edição.
O diretor Latam do South Summit e CEO da Numerik, Eduardo Lorea, observou que houve avanços na forma de organizar os espaços na área, que seguiu a mesma metragem de 2022.
"O evento está sendo feito nesta data porque abre o calendário brasileiro de inovação, mas estamos mais sujeitos a condições climáticas. Também optamos por fazer em um lugar com encanto, o que é super relevante para o evento, mas abrimos mão de estar em um centro de convenções com ar condicionado. São escolhas. Não vamos ter o melhor em tudo, mas uma combinação", argumenta Lorea.

Grupo com participantes do Paraná destacou conexões e pediu menos filas para acessar palcos. Fotos: Patrícia Comunello/JC
Mais de 22 mil pessoas passaram pelo SSB este ano, segundo balanço final, que terminou na sexta-feira (31).
"Foi sensacional, palestras e startups", diz Sara Nalério dos Reis, que estreou com colegas do grupo do Paraná.
"Fizemos muitas conexões no nosso ecossistema", reforçou Gabriela. No lado do que "pode melhorar", o colega de Sara, Ederson Melo, cita o tempo para acessar os locais.
"Não participamos de muitas palestras por ficarmos muito tempo em fila e alta demanda", lembra Melo. "Podia da mais fluidez para evitar que muita gente ficasse sob sol", finaliza.

Raufe e Kariele, que atuam na Tramontina, improvisaram uma 'cobertura' para reduzir a incidência do sol
Lidar com em dois dos três dias do evento fez a dupla Raufe Cattani Karieli Pagliarini, da área de marketing da Tramontina, recorrer a proteções improvisadas, como usar pasta de material promocional para amenizar.
"Estamos tentando nos esconder do sol. Dá uma aliviada", disse Cattani. "É horrível ficar aqui porque a fila demora. Ficamos mais de 40 minutos", descreve Karieli. "Podiam colocar alguma cobertura", sugere a dupla.
Ajustado à pegada de inovação, Rodrigo Assem Nóbrega, que atua na Thyssenkrupp, já sugere um caminho para tentar reduzir filas.

Assem (esquerda) sugere que organização adote pré-checkin para dimensionar demanda para os palcos
"Tem de fazer um pré-checkin para ver as tendências de palestras para tentar redimensionar os palcos", explica Assem. "Palestras com mais pessoas para assistir palco maior", sugere.
A economista Renata Jung disse que os temas relevantes da programação ajudaram a amenizar o impacto do calor. Débora Tatiane Rodrigues, que é assistente administrativa, destacou a diversidade de profissionais, ecossistemas de inovação e o tema sustentabilidade.
"As palestras estão boas, dinâmicas e com linguagem fácil. Fora o número de pessoas que a gente acaba conhecendo", diz Renata: "Porém, no primeiro dia foi bem difícil, porque os galpões não tinham refrigeração, então estava muito quente e até desconfortável."

Ribeiro indicou que poderia ter tido mais espaço para dar conta da quantidade de pessoas. Fotos: Maria Amélia Vargas/JC
O assistente administrativo Rogério da Rosa Ribeiro reforçou a variedade de palestras e "para todos os públicos". Ribeiro indicou que poderia ter tido mais espaço para dar conta da quantidade de pessoas.
"Em algumas palestras, não consegui entrar por conta das filas e algumas achei muito curtas. Acredito que as pessoas se antecipam muito para conseguir entrar em uma palestra que gostariam e acabam tendo que assistir a outras porque não tem espaço para todo mundo", comenta o assistente, citando ainda o calor.
"Poderia ser um ambiente mais refrigerado”, sugere ele.

A gerente de projetos espera muitos efeitos para o network, após a edição em Porto Alegre
Danielle Fernandes, gerente de projetos, diz que o evento foi "um espetáculo" e projetou grande expectativa em relação ao network.
"Em relação à sustentabilidade, acho que foram impecáveis", opinou Danielle. "Como tinha fias, não consegui aproveitar muito o conteúdo", admitiu.
A psicóloga Thais Garziera disse que a intenção foi fazer novas conexões e novos parceiros e clientes.

Thais comentou que a alimentação é um item a ser melhorado para garantir mais disponibilidade
"O staff está de parabéns, mas acho que a questão de alimentação deixou a desejar em relação à disponibilidade. Também vi algumas pessoas que desmaiaram devido ao calor. Este seria um ponto ainda de melhoria", sugeriu a psicóloga.
A assistente administrativa Débora Tatiane Rodrigues elogiou também a diversidade de pessoas e áreas de conteúdos.

Débora citou diversidade de pessoas e áreas de conteúdo que viu durante a edição do South Summit
Ela reforçou que o primeiro foi mais difícil devido ao calor. "Estava muito quente e até desconfortável", citou.
"Alguns galpões são menores e as palestras muito disputadas, com muitas filas", acrescentou Débora.


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