Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

Energia

- Publicada em 23 de Março de 2023 às 18:25

Hidrogênio verde é oportunidade de negócio do RS com Alemanha

Frederico Boschin participou da reunião-almoço da Câmara Brasil-Alemanha que discutiu transição energética

Frederico Boschin participou da reunião-almoço da Câmara Brasil-Alemanha que discutiu transição energética


Desirée Ferreira/AHK/Divulgação/JC
O Rio Grande do Sul tem oportunidades de negócios com a Alemanha na cadeia de produção do hidrogênio verde, considerado um dos combustíveis do futuro. A análise foi feita pelo diretor executivo da Noale Energia, Frederico Boschin, que palestrou nesta quinta-feira (23) na reunião-almoço da Câmara Brasil Alemanha (AHK), realizada no Hilton Porto Alegre.
O Rio Grande do Sul tem oportunidades de negócios com a Alemanha na cadeia de produção do hidrogênio verde, considerado um dos combustíveis do futuro. A análise foi feita pelo diretor executivo da Noale Energia, Frederico Boschin, que palestrou nesta quinta-feira (23) na reunião-almoço da Câmara Brasil Alemanha (AHK), realizada no Hilton Porto Alegre.
Segundo Boschin, o Rio Grande do Sul tem vocação tanto para a geração do hidrogênio verde quanto para o desenvolvimento de indústria atrelada à produção desse combustível, como a produção de fertilizantes, bem como infraestrutura portuária – através do Porto de Rio Grande –, além de potencial para gerar energia limpa em grande escala, pré-requisito fundamental para a produção do hidrogêncio verde. Nesse aspecto, seria necessário tirar do papel projetos de energia eólica offshore (no mar).
Boschin observou, ainda, que o mundo vive um período de transição energética em decorrência das mudanças climáticas e que nações, como a Alemanha, já manifestaram a intenção de importar hidrogênio verde. Conforme o diretor da Noale Energia, o Rio Grande do Sul poderia desenvolver uma indústria offshore (no mar), com a geração de energia por fonte eólica aproveitando a infraestrutura portuária, e exportar o combustível. "Podemos usar a estrutura do porto para a operação e manutenção de toda a indústria offshore que se cria na volta do hidrogênio verde", acrescentou.
O especialista destaca que a energia pode ser exportada para a Alemanha, que passa por dificuldades no fornecimento de energia em função da guerra da Rússia contra a Ucrânia. De acordo com Boschin, a indústria alemã acabou se tornando dependente do gás russo e não tem espaço para gerar fontes renováveis. "Os alemães estão buscando alternativas e o Rio Grande do Sul pode aproveitar esse momento e exportar o hidrogênio verde", comentou.
O Rio Grande do Sul larga em vantagem, pois, ao lado do Ceará, é o estado brasileiro com maior potencial para desenvolver sua indústria e produzir hidrogênio verde. "O Estado pode se tornar um hub de energia e um hub agroindustrial, exportando o excedente de hidrogênio verde, mas também utilizando esse hidrogênio na indústria local, em petroquímica, na produção de fertilizantes e na amônia verde."
O presidente da Câmara Brasil Alemanha, Cleomar Prunzel, disse que pesquisas e experiências apontam para energias renováveis, não poluentes e, principalmente viáveis, com o objetivo de diminuir de forma significativa a danosa dependência e consumo de energias fósseis. "A Alemanha necessita de energia e o Rio Grande do Sul pode ajudar neste sentido com o hidrogênio verde", acrescentou.