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Economia

Artesanato

- Publicada em 22 de Março de 2023 às 20:58

Páscoa dos Povos Originários leva artesanato indígena ao Parque da Harmonia

Indígenas estão acampados no Parque da Harmonia, em Porto Alegre

Indígenas estão acampados no Parque da Harmonia, em Porto Alegre


ISABELLE RIEGER/JC
Indígenas da etnia Kaingang, oriundos do interior do Rio Grande do Sul, estão acampados no Parque da Harmonia desde segunda-feira (20) para a vigésima sexta edição da Páscoa dos Povos Originários. O acampamento promove a venda de artesanatos feitos pela comunidade, dentre eles objetos de cerâmica e cestarias, típicas do período de Páscoa. As vendas acontecem de segunda a segunda, das 7h às 20h.
Indígenas da etnia Kaingang, oriundos do interior do Rio Grande do Sul, estão acampados no Parque da Harmonia desde segunda-feira (20) para a vigésima sexta edição da Páscoa dos Povos Originários. O acampamento promove a venda de artesanatos feitos pela comunidade, dentre eles objetos de cerâmica e cestarias, típicas do período de Páscoa. As vendas acontecem de segunda a segunda, das 7h às 20h.
De acordo com a Coordenadora da Unidade de Povos Indígenas, Imigrantes, Refugiados e Direitos Difusos da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SMDS), Kate Lima, a iniciativa deve reunir cerca de 400 indígenas até o final da semana. Kate explica que a visibilidade do acampamento também aumentou em 2023. Ela, que é da etnia Ticuna, da Amazônia, afirma que a popularização das pautas relacionadas aos povos originários contribuiu para isso. “A imprensa tem vindo aqui direto porque o indígena não está mais sendo invisibilizado. A gente está na política, na faculdade. Nós podemos ser o que a gente quiser, de artesão até ministro”, afirma.
A artesã Lívia Loureiro, moradora da Reserva Indígena de Serrinha, participa do acampamento desde sua primeira edição, em 1997. Para ela, o momento é de alegria e encontro com sua comunidade. O sentimento é compartilhado por Lídia Farias, outra residente de Serrinha: “A gente sente como se já conhecesse a pessoa já há tempos", afirma ela, que também é artesã. Ambas destacam que, além de um momento de encontro e troca para a comunidade, o acampamento é essencial para o sustento da população kaingang, e que a compra dos artesanatos é uma forma de contribuir com a comunidade. “A Páscoa é quanto tem a melhor saída [de produtos]. É com o artesanato que a gente ganha nosso pão de cada dia”, pontua Lívia.
Além da compra de produtos produzidos pelos artesãos, as doações para a comunidade também ajudam. No acampamento, são aceitas peças de roupa, jogos de cama, calçados e, principalmente, alimentos e itens de cesta básica. Neste final de semana (25 e 26 de março), será realizada a exposição dos produtos à venda, no Centro Histórico de Porto Alegre. A feira acontecerá na orla do Guaíba, próximo ao Gasômetro.