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Economia

GESTÃO

- Publicada em 17 de Março de 2023 às 08:44

Jorge Gerdau incentiva união dos setores público, privado e acadêmico

Gerdau celebra mais uma edição do evento de inovação South Summit em Porto Alegre

Gerdau celebra mais uma edição do evento de inovação South Summit em Porto Alegre


TÂNIA MEINERZ/JC
Aos 86 anos de idade, Jorge Gerdau Johannpeter, um dos maiores empresários brasileiros, acumula participações em diversos projetos importantes para o Rio Grande do Sul e para o País. Entre eles, a construção da Fundação Iberê Camargo, reduto de arte e cartão postal da capital gaúcha, e da Bienal do Mercosul, cuja constituição ocorreu em sua casa, no bairro Três Figueiras, em 1995. Agora, o empreendedor apoia o evento de inovação South Summit, do qual faz parte do Conselho de Honra, e que ocorrerá no Cais Mauá no fim do mês com expectativa de reunir 20 mil pessoas. A atividade, para Gerdau, é exemplo de uma receita de sucesso.
Aos 86 anos de idade, Jorge Gerdau Johannpeter, um dos maiores empresários brasileiros, acumula participações em diversos projetos importantes para o Rio Grande do Sul e para o País. Entre eles, a construção da Fundação Iberê Camargo, reduto de arte e cartão postal da capital gaúcha, e da Bienal do Mercosul, cuja constituição ocorreu em sua casa, no bairro Três Figueiras, em 1995. Agora, o empreendedor apoia o evento de inovação South Summit, do qual faz parte do Conselho de Honra, e que ocorrerá no Cais Mauá no fim do mês com expectativa de reunir 20 mil pessoas. A atividade, para Gerdau, é exemplo de uma receita de sucesso.
“Eu digo há 30 anos que enquanto não trabalhar o setor público, privado e acadêmico juntos, não se faz coisas grandes”, sentencia. Gerdau diz que participará das atividades e lembra do sucesso da edição de 2022.
“Esse movimento deu uma mobilizada espetacular. É bom sob o aspecto cultural, técnico, informativo e gera uma promoção incrível ao nosso Estado e a Porto Alegre. Era impossível prever que pudesse acontecer isso”, avalia o carioca que muitos pensam ser gaúcho por ter vivido e construído sua trajetória no Rio Grande do Sul.
Gerdau ressalta, ainda, que 170 participantes do mundo todo utilizaram jatinhos para participar do evento no ano passado, um indicativo do nível do encontro. “Para vir empresários de jato, trata-se de um evento de patamar global”, salienta. O engajamento da sociedade, para ele, é fruto de um trabalho que surgiu entre o empresariado e as universidades.
O comprometimento em fazer parte das iniciativas da comunidade vem de família. Gerdau conta que seu bisavô emigrou ao Rio Grande do Sul como comerciante e sempre fez os dois papéis, o de comprar matéria-prima de pequenos grupos e o de vender a eles.
Isso começou na cidade de Agudo, onde a igreja evangélica luterana foi patrocinada pelo bisavô. “Em 1880, a filosofia já era de participação societária”, narra, citando o tripé composto pelos conceitos de eficiência econômica, ambiental e social. Os três, segundo Gerdau, têm que trabalhar integrados e harmonicamente.

Educação é entrave para o Brasil

Gerdau, que mantém o hábito de exercícios físicos e leitura diariamente, tem se envolvido muito, também, em questões de educação. Recentemente, ele passou a participar de um projeto de digitalização da Educação Básica. O empresário aposta na tecnologia para a melhoria de notas dos alunos e para que os pais possam acompanhar a presença e desempenho de seus filhos.
“Estamos fazendo uma programação tecnológica, mas isso exige gestão. A educação é o maior problema que o Brasil tem. Já temos uma elite, empresas boas, muita coisa desenvolvida, mas a educação básica é uma vergonha”, interpreta. A Educação Média, para ele, enfrenta desafios parecidos, pois precisa ser feita com profissionalismo.
“O total de educação profissional no Brasil no Ensino Médio é de 12%, enquanto na Alemanha e nos Estados Unidos, de 50%. São coisas básicas. Eu estou trabalhando de baixo para cima para romper isso”, expõe.
Quando se trata de Ensino Superior, Gerdau acredita na aproximação das universidades com a comunidade em que estão inseridas. “A universidade com recurso federal a desvincula da comunidade. É um pecado isso. Numa empresa, aprendemos que a coisa mais importante é atender bem a equipe e o cliente”, compara.

Empresário acredita no País

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Embora a Gerdau, uma das maiores produtoras de aço do mundo, tenha forte presença internacional, Jorge Gerdau nunca pensou em morar no exterior. Sua responsabilidade empresarial com o País sempre foi maior que esse desejo.
Atualmente, por exemplo, a empresa registra melhores resultados nos Estados Unidos do que no Brasil. Esses números, no entanto, variam de tempos em tempos.
Mesmo sem morar fora, Gerdau cumpria agenda intensa de viagens. Tanto para trabalho quanto para competir em sua outra paixão, o hipismo. Sua casa, em Porto Alegre, é recheada de troféus. Além disso, ele cria cavalos em um haras na Zona Sul.
O filho de Gerdau, André, herdou os dotes para o esporte do pai. Ganhou duas medalhas de bronze em Olimpíadas: Atlanta, em 1996, e Sydney, em 2000. Certa feita, nos Estados Unidos, quando ganhou um evento, Jorge falou aos amigos norte-americanos: “I bred both”. Ou seja, “eu criei os dois”. Ele se referia ao cavalo e ao atleta.
Para o empresário, o Brasil é um País abençoado. Ele sugere, no entanto, que o governo federal opere de forma mais enxuta. O número de ministérios, que hoje está em 37, para Gerdau, é um exagero. "Eu aprendi em Harvard que, teoricamente, é bom não ter mais que seis subordinados."