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Economia

Mercado Financeiro

- Publicada em 17 de Março de 2023 às 00:35

Ibovespa sobe 0,74% e quebra série de perdas

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O Ibovespa ganhou impulso à tarde e chegou a se reaproximar dos 104 mil pontos na máxima da sessão, permanecendo abaixo deste nível, em fechamento, desde o último dia 10, quando começaram a eclodir as dificuldades de solvência em alguns bancos regionais americanos.
O Ibovespa ganhou impulso à tarde e chegou a se reaproximar dos 104 mil pontos na máxima da sessão, permanecendo abaixo deste nível, em fechamento, desde o último dia 10, quando começaram a eclodir as dificuldades de solvência em alguns bancos regionais americanos.
De quarta-feira para quinta-feira, a percepção global sobre a possibilidade de crise de crédito, na Europa como nos Estados Unidos, refluiu, tendo em vista as movimentações não só de autoridades monetárias da Suíça e da zona do euro como também do próprio sistema financeiro americano, no sentido de se bloquear deterioração ou mesmo contágio.
No encerramento desta quinta-feira, a referência da B3, vindo de cinco perdas seguidas, mostrava alta de 0,74%, a 103.434,66 pontos, entre mínima de 102.454,77 e máxima de 103.911,26, saindo de abertura aos 102.682,65 pontos na sessão. Após ter sido reforçado na véspera pelo vencimento de opções sobre o índice, o giro financeiro ficou hoje em R$ 26,6 bilhões. Na semana, o Ibovespa limita perda (-0,18%) no intervalo. No mês, ainda cede 1,43% e, no ano, cai 5,74%.
Nos Estados Unidos, os relatos quanto a possível apoio ao First Republic Bank por grandes bancos americanos contribuíram para o desempenho da sessão, com venda de Treasuries e compra de ações, o que levou o Dow Jones a fechar em alta de 1,17%, o S&P 500, de 1,76%, e o Nasdaq, de 2,48%, nesta quinta-feira.
"O Brasil não tinha como ficar à margem da aversão a risco que se viu lá fora. Mas esse momento de dificuldade no sistema de crédito reforçou a perspectiva de que há um 'easing' afrouxamento a caminho nos principais BCs ainda neste primeiro semestre, o que resulta em fechamento da curva de juros. E a curva do DI acompanhou, aqui no Brasil.
Agora, já se vê possibilidade de corte da Selic em maio, quando, há pouco tempo, nem se esperava que isso pudesse acontecer em 2023", diz Felipe Moura, analista e sócio da Finacap Investimentos, acrescentando que a decisão do Banco Central Europeu (BCE), de elevar em meio ponto porcentual a taxa de referência da zona do euro, foi importante para ancorar o longo prazo.
No quadro doméstico, ele chama atenção para a expectativa para o anúncio, nos próximos dias, do novo arcabouço fiscal, outro fator considerado essencial para que o Copom, que volta a se reunir na próxima semana (assim como o Fomc, do Fed), possa vir a cortar a Selic.
O dólar à vista, por sua vez, aprofundou o ritmo de baixa ao longo da tarde e encerrou a sessão desta quinta-feira cotado a R$ 5,2398, desvalorização de 1,03%, após registrar mínima a R$ 5,2368 na reta final dos negócios. Apesar do refresco, a semana ainda é de perdas para o real, com o dólar acumulando ganhos de 0,61% no mercado doméstico de câmbio.
Após o estresse ontem com os problemas de liquidez do Credit Suisse, que aumentaram o mal estar provocado pela quebra de bancos regionais nos EUA, em especial do Silicon Valley Bank, os ativos de risco experimentaram uma recuperação nesta quinta, com investidores ponderando o risco de crise sistêmica e recessão global. Ao anúncio de linha de 50 bilhões de francos suíços do Banco Nacional da Suíça ao Credit Suisse somaram informações de que um grupo de bancos americano vai depositar US$ 30 bilhões ao First Republic Bank, que também enfrenta problemas de liquidez.
"Tivemos um alívio no pessimismo lá fora nesta quinta-feira com o socorro aos bancos, o que tirou pressão sobre os ativos de risco. As divisas emergentes perderam nos últimos, mas o real até que ficou bem ancorado.", afirma o CIO da Alphatree Capital, Rodrigo Jolig, para quem, caso o novo arcabouço fiscal não decepcione e o ambiente externo desanuvie, o dólar pode voltar para a casa de R$ 5,10.