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Economia

Gastronomia

- Publicada em 16 de Março de 2023 às 10:54

Um terço dos bares e restaurantes do RS começa o ano no prejuízo, aponta pesquisa

Segundo a pesquisa, 30% dos estabelecimentos ainda não conseguir reajustar os preços

Segundo a pesquisa, 30% dos estabelecimentos ainda não conseguir reajustar os preços


Giulian Serafim/PMPA/JC
Um terço dos bares e restaurantes gaúchos teve prejuízo no início do ano, subindo de 23% para 35% desde o último levantamento realizado pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). A situação complica à medida que a incerteza cresce em relação ao futuro da situação econômica neste ano. "O grande desafio de 2023 é cuidar o endividamento do setor e os custos inflacionários, que tendem a aumentar", contextualiza João Melo, presidente da Abrasel no Rio Grande do Sul.
Um terço dos bares e restaurantes gaúchos teve prejuízo no início do ano, subindo de 23% para 35% desde o último levantamento realizado pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). A situação complica à medida que a incerteza cresce em relação ao futuro da situação econômica neste ano. "O grande desafio de 2023 é cuidar o endividamento do setor e os custos inflacionários, que tendem a aumentar", contextualiza João Melo, presidente da Abrasel no Rio Grande do Sul.
O setor tem 8 em cada 10 empresas com empréstimos bancários contratados, com a inadimplência atingindo 30% para quem utilizou linhas regulares e 20% aos que aderiram ao Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). Em média, 10% do faturamento dos bares e restaurantes são empenhados para pagar as parcelas e, para quase um terço, está acima desse índice, alcançando até mais de 20%.
A inflação segue preocupando os empresários do ramo. Entre os entrevistados, 30% ainda não conseguiu reajustar os preços conforme a média da inflação de 5,77% no período. "O setor está em compasso de espera, aguardando medidas do governo e na expectativa de como vai se comportar a economia do País. A pandemia ainda traz as sequelas econômicas, com endividamento alto, principalmente com empréstimos e pagamentos em atraso", define Melo.
A criação de novas vagas no setor de Alimentação Fora do Ar é um ponto positivo. De acordo com o levantamento, 14% dos estabelecimentos aumentaram o quadro de funcionários e 32% projetam expandir a equipe ao longo de 2023. No entanto, o presidente da Abrasel destaca que é necessário ter demanda, público nos restaurantes e casas abertas para confirmar esta tendência.
A pesquisa também abordou o tema do assédio e violência contra mulheres nos estabelecimentos, um tema importante para a sociedade que entrou em debate a partir de projetos de lei e decretos em estados e municípios. De acordo com a pesquisa, 63% dos bares e restaurantes já implantaram ou pretendem implantar sinalização sobre canais de denúncia ao assédio contra mulheres.
Outras medidas que têm ampla adesão são o treinamento dos funcionários para lidar com as situações de assédio/violência (67%) e protocolo para acionamento imediato de autoridades (66%). Entre as medidas consideradas menos viáveis estão um espaço físico reservado para o acolhimento (72% não veem viabilidade na implantação em seu estabelecimento) e vigilância especial em áreas isoladas ou com pouca iluminação (64% creem não ser viável para o estabelecimento).
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