Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

Mercado de capitais

- Publicada em 15 de Março de 2023 às 00:35

Na contramão de NY, Ibovespa cai 0,18%

.

.


/.
O Ibovespa acompanhou de longe o desempenho de Nova York, positivo, ao longo de ontem. À tarde, com os índices de NY mostrando em certo momento menos fôlego, a referência da B3 neutralizou os ganhos moderados e fechou abaixo da estabilidade, com leve perda de 0,18%, a 102.932,38 pontos, bem mais perto da mínima (102.482,23), do fim da tarde, do que da máxima (104.153,48) do dia. Assim, após ter esboçado reação mais cedo, o Ibovespa emendou o quarto recuo na sessão de ontem, ainda no menor nível desde 16 de dezembro (102.855,70) para o fechamento.
O Ibovespa acompanhou de longe o desempenho de Nova York, positivo, ao longo de ontem. À tarde, com os índices de NY mostrando em certo momento menos fôlego, a referência da B3 neutralizou os ganhos moderados e fechou abaixo da estabilidade, com leve perda de 0,18%, a 102.932,38 pontos, bem mais perto da mínima (102.482,23), do fim da tarde, do que da máxima (104.153,48) do dia. Assim, após ter esboçado reação mais cedo, o Ibovespa emendou o quarto recuo na sessão de ontem, ainda no menor nível desde 16 de dezembro (102.855,70) para o fechamento.
Na semana, o índice da B3 perde 0,66%, no mês cai 1,91% e no ano cede 6,20%. Após recuperação moderada em algumas recentes sessões, o giro financeiro voltou a se enfraquecer hoje, a R$ 22,8 bilhões, o que favorece a volatilidade.
Com a agenda doméstica relativamente esvaziada nesta terça-feira, o destaque do dia veio ainda pela manhã, dos Estados Unidos: a leitura de fevereiro sobre a inflação ao consumidor (CPI), que ganhou importância extra desde o fim da semana passada, com a quebra do banco SVB. O colapso foi visto como um sinal de que a taxa de juros, já em nível elevado pelo padrão histórico do país, começa a deixar sequelas em bancos regionais, como o Silicon Valley Bank, bem ativo no fluxo de recursos ao segmento de startups, muito presente na Califórnia.
Se, por um lado, dificuldades pontuais no sistema de crédito americano contribuem para reforçar a cautela de que os Estados Unidos estejam, de fato, mais perto de uma recessão, por outro, quando se olha o copo meio cheio, a percepção é de que o Federal Reserve seja levado a segurar a mão quanto ao espaço à frente para novos aumentos de juros.
"O dado desta manhã confirmou a desaceleração da inflação ao consumidor conforme a expectativa, após uma segunda-feira de forte alívio nos rendimentos dos Treasuries", disse ontem Camila Abdelmalack, economista-chefe da Veedha Investimentos. Ela acrescenta que, com os sinais de fragilidade vistos em parte do sistema bancário, o mercado tem alterado apostas para os juros americanos, com o entendimento de que o Fed será "menos agressivo" daqui para frente, em sua missão de fazer com que a inflação retorne à meta de 2% ao ano.
Na B3, em dia de forte queda do petróleo, em baixa superior a 4%, as ações de Petrobras (ON -1,78%, PN também -1,78%) não tiveram como ajudar Vale (ON 0,91%) e as siderúrgicas (à exceção de CSN ON, -2,12%) a carregar o Ibovespa nesta terça-feira, moderadamente negativa para os papéis de grandes bancos, exceto Santander Brasil (Unit 0,34%). Na ponta do Ibovespa, destaque para Embraer ( 3,88%), Raízen ( 3,44%), 3R Petroleum ( 3,07%) e Azul ( 2,83%). No lado oposto, Natura (-17,49%), após o balanço do quarto trimestre, à frente de CVC (-7,89%) e Rede D'Or (-5,07%). O
O índice de consumo, que reúne ações com exposição à economia doméstica, fechou o dia em baixa de 1,48%, enquanto o de materiais básicos, que concentra as ações de commodities, expostas à demanda externa, subiu 0,31%.
Já o dólar encerrou a sessão de ontem cotado a R$ 5,2574, em queda de 0,22%, devolvendo uma pequena parte da alta de 1,66% na véspera, quando foi impulsionado pela aversão ao risco no exterior diante de temores de recessão nos EUA após a quebra do Silicon Valley Bank (SVB). O respiro do real foi atribuído a ajuste fino de posições, em meio a um ambiente de recuperação de divisas emergentes pares da moeda brasileira, como peso chileno e mexicano. A banda de oscilação foi pequena, de pouco mais de quatro centavos entre a mínima (R$ 5,2217) e a máxima (R$ 5,2620). "O mercado continua pressionado. Os investidores não conseguem visualizar o que o Fed vai fazer com os juros após os problemas nos bancos e dados pouco conclusivos de atividade e inflação nos EUA", diz a economista Cristiane Quartaroli.