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Impostos

- Publicada em 04 de Março de 2023 às 16:02

Carta dos Governadores defende reforma tributária e revisão da dívida

Documento foi assinado em conjunto pelos governadores do Sul e Sudeste

Documento foi assinado em conjunto pelos governadores do Sul e Sudeste


Cosud/Divulgação/JC
Agência Brasil
Apoio à reforma tributária, revisão da dívida dos estados e ampliação do debate no âmbito do Pacto Federativo são os temas centrais da Carta dos Governadores, apresentada neste sábado (4) pelos governadores que formam o Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud). O documento marcou o encerramento do 7° encontro do evento, realizado na Fundação Getulio Vargas (FGV), em Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro.   A carta manifesta o compromisso dos estados do Cosud de trabalhar em conjunto com os governos federal e municipais na aprovação de uma reforma tributária que aumente a eficiência econômica e garanta a justiça social e a preservação da autonomia dos governos para realizar políticas de fomento ao desenvolvimento local. Uma das alterações em discussão é a mudança da tributação do ICMS da origem para o destino.   Durante o evento, conforme divulgado pela comunicação do Estado do Rio Grande do Sul, o governador Eduardo Leite ressaltou a importância da reforma tributária. "Criamos um grupo técnico de secretários dos Estados para ficarmos atentos aos detalhes do que venha a ser votado", afirmou. Ele criticou, ainda, o modelo atual ao dizer que "muitas pessoas querem abrir um negócio, mas acabam tendo medo ao se depararem com um sistema da ordem tributária desse tipo. Toda a energia acaba drenada para administrar uma situação tributária ultrapassada", observou o governador.      Dívida pública   Segundo os governadores, a dívida do Sul e do Sudeste com a União chega a R$ 630 bilhões, o que corresponde a 93% do débito de todas as unidades da Federação com o governo federal. A carta propõe uma repactuação dos critérios de correção da dívida, que vem sendo atualizada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA ) mais 4% ou Taxa Selic, o que for menor.   "É impensável que, num ambiente onde o crescimento econômico é muito inferior aos encargos dos contratos de dívida com a União, os estados paguem suas dívidas e ainda invistam em infraestrutura, modernização e na manutenção dos serviços públicos essenciais. É necessário que esses contratos passem a ter seus encargos compatíveis com o comportamento da economia nacional", diz um trecho da carta.   "Os estados do Sul e do Sudeste respondem por 80% da arrecadação de impostos federais. Quanto mais organizarmos a vida financeira desses estados, mais vamos nos desenvolver e mais impostos federais serão gerados. Quando o Brasil recebe mais, todos os estados são beneficiados por meio dos fundos de participação", afirmou o governador do Rio, Cláudio Castro.   O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, também se pronunciou sobre o assunto e, segundo nota divulgada pela comunicação do Estado, afirmou que "os Estados estão engessados com os encargos dos contratos de suas dívidas com a União e ainda precisam investir em infraestrutura e custear a manutenção dos serviços públicos. Isso prejudica nosso desenvolvimento." Pacto Federativo No documento, os estados pedem que atos que representem aumento nas despesas não sejam implementados sem uma discussão prévia. "Obrigações não podem ser impostas aos estados sem a devida contrapartida, especialmente as financeiras. Quando isso acontece, a população acaba pagando a conta", disse o governador Eduardo Leite.   Os integrantes do Cosud ressaltaram a importância do fortalecimento das agências regulatórias para regulamentar e fiscalizar as concessões de serviços públicos. O próximo encontro do Cosud está previsto para junho, em Minas Gerais.
Apoio à reforma tributária, revisão da dívida dos estados e ampliação do debate no âmbito do Pacto Federativo são os temas centrais da Carta dos Governadores, apresentada neste sábado (4) pelos governadores que formam o Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud). O documento marcou o encerramento do 7° encontro do evento, realizado na Fundação Getulio Vargas (FGV), em Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro.
 
A carta manifesta o compromisso dos estados do Cosud de trabalhar em conjunto com os governos federal e municipais na aprovação de uma reforma tributária que aumente a eficiência econômica e garanta a justiça social e a preservação da autonomia dos governos para realizar políticas de fomento ao desenvolvimento local. Uma das alterações em discussão é a mudança da tributação do ICMS da origem para o destino.
 
Durante o evento, conforme divulgado pela comunicação do Estado do Rio Grande do Sul, o governador Eduardo Leite ressaltou a importância da reforma tributária. "Criamos um grupo técnico de secretários dos Estados para ficarmos atentos aos detalhes do que venha a ser votado", afirmou. Ele criticou, ainda, o modelo atual ao dizer que "muitas pessoas querem abrir um negócio, mas acabam tendo medo ao se depararem com um sistema da ordem tributária desse tipo. Toda a energia acaba drenada para administrar uma situação tributária ultrapassada", observou o governador. 
 
 
Dívida pública
 
Segundo os governadores, a dívida do Sul e do Sudeste com a União chega a R$ 630 bilhões, o que corresponde a 93% do débito de todas as unidades da Federação com o governo federal. A carta propõe uma repactuação dos critérios de correção da dívida, que vem sendo atualizada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA ) mais 4% ou Taxa Selic, o que for menor.
 
"É impensável que, num ambiente onde o crescimento econômico é muito inferior aos encargos dos contratos de dívida com a União, os estados paguem suas dívidas e ainda invistam em infraestrutura, modernização e na manutenção dos serviços públicos essenciais. É necessário que esses contratos passem a ter seus encargos compatíveis com o comportamento da economia nacional", diz um trecho da carta.
 
"Os estados do Sul e do Sudeste respondem por 80% da arrecadação de impostos federais. Quanto mais organizarmos a vida financeira desses estados, mais vamos nos desenvolver e mais impostos federais serão gerados. Quando o Brasil recebe mais, todos os estados são beneficiados por meio dos fundos de participação", afirmou o governador do Rio, Cláudio Castro.
 
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, também se pronunciou sobre o assunto e, segundo nota divulgada pela comunicação do Estado, afirmou que "os Estados estão engessados com os encargos dos contratos de suas dívidas com a União e ainda precisam investir em infraestrutura e custear a manutenção dos serviços públicos. Isso prejudica nosso desenvolvimento."

Pacto Federativo

No documento, os estados pedem que atos que representem aumento nas despesas não sejam implementados sem uma discussão prévia. "Obrigações não podem ser impostas aos estados sem a devida contrapartida, especialmente as financeiras. Quando isso acontece, a população acaba pagando a conta", disse o governador Eduardo Leite.
 
Os integrantes do Cosud ressaltaram a importância do fortalecimento das agências regulatórias para regulamentar e fiscalizar as concessões de serviços públicos.
O próximo encontro do Cosud está previsto para junho, em Minas Gerais.
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