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Carnaval

- Publicada em 15 de Fevereiro de 2023 às 16:25

Primeiro Carnaval pós-pandemia movimenta a economia do Litoral Norte

Em Torres, são esperados 400 mil turistas, número dez vezes maior do que a população fixa

Em Torres, são esperados 400 mil turistas, número dez vezes maior do que a população fixa


LUIZA PRADO/JC
O Litoral Norte do Rio Grande do Sul se prepara para receber o Carnaval em grande estilo depois de dois anos de pandemia. Nas praias de Tramandaí, Capão da Canoa, Torres e Pinhal, por exemplo, as prefeituras organizaram programações com shows musicais e blocos que vão desta sexta-feira (17) até a terça-feira de Carnaval (21) para atrair os turistas. A movimentação e a expectativa para a maior festa do Brasil já reflete na economia dos balneários e, segundo o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Litoral Norte (SHRB), a ocupação do ramo hoteleiro atingiu o patamar de 90% no início desta semana, retomada comparada ao período pré-pandemia de Covid-19. A média de gasto por turista este ano é de R$ 300 por dia.
O Litoral Norte do Rio Grande do Sul se prepara para receber o Carnaval em grande estilo depois de dois anos de pandemia. Nas praias de Tramandaí, Capão da Canoa, Torres e Pinhal, por exemplo, as prefeituras organizaram programações com shows musicais e blocos que vão desta sexta-feira (17) até a terça-feira de Carnaval (21) para atrair os turistas. A movimentação e a expectativa para a maior festa do Brasil já reflete na economia dos balneários e, segundo o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Litoral Norte (SHRB), a ocupação do ramo hoteleiro atingiu o patamar de 90% no início desta semana, retomada comparada ao período pré-pandemia de Covid-19. A média de gasto por turista este ano é de R$ 300 por dia.
"O movimento começou um pouco mais tímido. Acho que por conta das questões econômicas, mas também porque as pessoas já gastaram com festas de final de ano e férias. Outro fator que pode contribuir é que muitas crianças já retornaram às aulas", considerou a presidente do sindicato, Ivone Ferraz. Apesar disso, ela garante que os comerciantes e proprietários de hotel estão otimistas. "O brasileiro deixa tudo para última hora, não é? Acreditamos que até o final do carnaval estaremos com 100% de lotação, embora o preço das hospedagens aumente nessa época", afirmou Ivone. Neste ano, ela também observa uma preferência por locações de duas diárias. "As pessoas estão preferindo ir ou no fim de semana ou no dois dias de feriado facultativo", refletiu.
Esse é o caso de Vânia Menezes, veranista de Torres, e sua família. Ela alugou apartamento na plataforma Airbnb de última hora na cidade e pretende passar apenas três dias do Carnaval no litoral. "Vamos voltar na segunda de noite, porque na quarta meu marido trabalha e não queremos pegar trânsito de terça", explicou. Ela afirma que o apartamento foi um "achado" e que "somente assim conseguiram sair de casa no feriado", afinal, com a volta dos dois filhos às aulas, os gastos aumentam consideravelmente. 
Já a jornalista Maria Eduarda Romagna vai passar o feriado em Capão da Canoa. Ela conta que começou a se organizar há pouco mais de um mês e que, conforme o tempo passava, mais cara ficava a estadia. Para ela, a ideia é ficar mais tempo descansando ao lado da namorada e dos amigos. "Vai ser como as férias que eu ainda não tive. Aliás, é a primeira vez que vou à praia desde o início da pandemia, então, mais um motivo para aproveitar", destacou.
A presidente do SHRB destaca, ainda, que o público varia bastante em cada destino e que há diferentes tipos de turista no Carnaval do litoral gaúcho. Nas praias mais próximas da Capital, como Tramandaí e Capão da Canoa, há uma forte tendência de  turismo flutuante, com pessoas mais jovens fazendo o famoso 'bate-volta'. Já em praias mais distantes, como Torres, há o veranista que possui alguma propriedade no local, e os turistas, de fato, que alugam quartos em hotéis e pousadas. "Em ambos casos, aquece a economia, porque o turista flutuante, mesmo que não gaste com hospedagem, gasta com gasolina, alimentação, passeio", disse.
 

Cidades litorâneas esperam pelo menos o dobro de população no período

Para a prefeita de Balneário Pinhal e presidente da Associação de Municípios do Litoral Norte, Marcia Tedesco, a meta é pelo menos dobrar a população das cidades de todo o litoral. "As prefeituras estão se organizando, fazendo programações. Estamos muito otimistas", relatou.
A presidente do sindicato ressalta que o público do litoral no Carnaval é voltado ao lazer, mas que, em muitos casos, também preza pelo descanso. "Alguns vão para os blocos, existe essa possibilidade, como é possível ver na programação das prefeituras, mas a maioria vai para curtir o descanso e a praia", confirmou.
O litoral, conforme explica, tem essa característica, inclusive, durante o ano todo. "É importante ressaltar isso porque algumas pessoas acham que o litoral gaúcho fecha no inverno, mas tem hotel e restaurante abertos, tem lugares maravilhosos para visitar e uma gastronomia diversificada", complementou. O sindicato ainda acredita que o movimento vai se estender até março e abril nas praias.
Somente em Torres, segundo a entidade, são esperados cerca de 400 mil turistas para a festa de Momo, um número dez vezes maior do que a população fixa do município.
O proprietário da Pousada Baluarte, que começou a operar em 2019, se diz otimista com o movimento deste ano. "Neste tempo de funcionamento vem aumentando a demanda a cada ano. E este ano acaba que melhorou bastante o movimento em razão dos argentinos que vieram em peso com a reabertura da fronteira", disse Daniel Godinho. Ele afirma, ainda, que este ano o mar está muito limpo e quente, o que tem atraído os turistas durante todo o veraneio. No período de Carnaval, as diárias estão 50% mais caras, assim como aspraticadas no Réveillon.
O gerente proprietário do restaurante de frutos do mar Souza, Vladimir Brognoli, também está com altas expectativas para o feriado. "Esse é o melhor verão que tivemos nos últimos 20 anos. A perspectiva é fazer um Carnaval tipo Ano Novo."
Ele projeta um aumento de público entre três e quatro vezes maior. "Achamos que podemos ter até 600 pessoas no almoço ou janta. Essa é a segunda melhor época do verão, é para terminar com chave de ouro", estima.