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Alimentos

- Publicada em 09 de Fevereiro de 2023 às 15:13

Indústria gaúcha de alimentos passa dos 150 mil empregos gerados

Presidente executivo da Abia, João Dornellas, destaca recorde de faturamento do setor no País

Presidente executivo da Abia, João Dornellas, destaca recorde de faturamento do setor no País


Jefferson Klein/Especial JC
Jefferson Klein
O Rio Grande do Sul, que tem uma participação de 9,3% na receita líquida de vendas da indústria de alimentos do País, registrou no ano passado um aumento de 3,3% nos postos de trabalho diretos desse setor, em relação a 2021, alcançando cerca de 150,2 mil vagas. Em contrapartida, o segmento teve no Estado, que possui em torno de 3,8 mil empresas atuando nesse campo, uma queda de 0,5% quanto à produção física.
O Rio Grande do Sul, que tem uma participação de 9,3% na receita líquida de vendas da indústria de alimentos do País, registrou no ano passado um aumento de 3,3% nos postos de trabalho diretos desse setor, em relação a 2021, alcançando cerca de 150,2 mil vagas. Em contrapartida, o segmento teve no Estado, que possui em torno de 3,8 mil empresas atuando nesse campo, uma queda de 0,5% quanto à produção física.
O presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), João Dornellas, explica que a evolução dos empregos, apesar da redução da produção, pode ser explicada porque algumas áreas do mercado têm uso mais intensivo de mão de obra do que outras como, por exemplo, a de laticínios. O dirigente apresentou nesta quinta-feira (9) números da performance da indústria brasileira de alimentos em 2022 e perspectivas para 2023.
No ano passado, pela primeira vez na sua história, o setor ultrapassou o patamar de R$ 1 trilhão em faturamento, atingindo um resultado de R$ 1,075 trilhão. No País, foram registrados cerca de 1,8 milhão de empregos diretos, um aumento de aproximadamente 58 mil postos de trabalho em comparação a 2021. O dirigente ressalta que 24,3% dos empregos da indústria de transformação no Brasil é vinculado ao segmento. Quanto a investimentos, em 2022 o setor de alimentos aportou em torno de R$ 23,6 bilhões em inovações, fusões e aquisições.
Dornellas argumenta que o ano passado verificou um bom desempenho e poderia ser ainda melhor, se não ocorresse a guerra entre Rússia e Ucrânia, dois grandes produtores globais de grãos. Sobre os preços praticados no mercado, ele enfatiza que os custos dos produtos agrícolas dispararam no mundo inteiro e a pandemia de coronavírus também pressionou os valores praticados. "O alimento está caro aqui (Brasil) e no mundo inteiro", aponta o representante da Abia. O custo médio de produção de alimentos no País no ano passado, em relação a 2021, cresceu 15%. No entanto, ele salienta que no segundo semestre começou a haver uma tendência de baixa.
Das vendas da indústria nacional de alimentos em 2022, 72% foram destinadas ao mercado interno e 28% para exportações. Entre os principais produtos enviados para fora estão carnes, açúcares, farelo de soja e outros. Já os destinos mais buscados foram nações como China, Estados Unidos, Índia e Holanda.
Para 2023, o dirigente adianta que o desempenho do setor dependerá do desdobramento da economia brasileira. A Abia trabalha, no momento, com a projeção de um incremento do PIB nacional de 0,8% a 1%. Se essa estimativa se confirmar, a indústria de alimentos brasileira deve ter uma elevação das vendas reais de 1,5% a 2%. Em termos de emprego, o acréscimo deve ser na ordem de 0,5% a 1%.
A Abia também lançou nesta quinta-feira a publicação “Tem Comida, Tem Valor. Indústria de Alimentos: ciência, saúde e segurança na mesa dos brasileiros”, que reúne informações sobre o setor e aborda a história do processamento de alimentos. Além disso, apresentou a plataforma “temcomidatemverdade.com.br” com objetivo de esclarecer mitos e fatos sobre essa ramo da economia como se o processamento destrói as propriedades nutricionais dos alimentos ou se carne de frango tem hormônio.
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