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Veículos

- Publicada em 20 de Janeiro de 2023 às 18:14

Seminovos dominam as compras de carros no Brasil, mostra pesquisa

Levantamento mostra que 8 em cada 10 entrevistados pretende trocar de carro neste ano

Levantamento mostra que 8 em cada 10 entrevistados pretende trocar de carro neste ano


ANDRESSA PUFAL/JC
A pesquisa “A Relação do Brasileiro com o Automóvel”, realizada pela Serasa em parceria com o Instituto Opinion Box, mostra que 6 em cada 10 carros comprados em 2022 no Brasil eram seminovos. O levantamento ouviu 2.067 entrevistados no País entre os dias 12 e 18 de dezembro. Foram questionados os hábitos e as mudanças impostas pela pandemia, as preferências na hora da compra, forma de pagamento escolhida e o conhecimento sobre os custos envolvidos para a manutenção de um automóvel, entre outras questões.Entre os entrevistados, 59% responderam que optam por um seminovo na hora de trocar o carro. Nesse universo incluem-se os seminovos em concessionária (16%), em agência (15%), particular comprado direto com o proprietário (13%), seminovos de amigos (11%) e em sites de vendas (4%). Os carros 0 km são a preferência de 41% dos entrevistados - 38% em concessionária e 3% em agências.Segundo o site Scrap Car Comparison, o País aparece como o 5º mais caro do mundo para comprar e manter um automóvel, o que faz com que as projeções para o setor de seminovos sejam otimistas. Felipe Schepers, CEO da Opinion Box, explica que as oscilações de preço, onde em alguns momentos o carro popular 0 km custa mais do que um seminovo, levam a uma preferência pela segunda opção.Na hora de comprar um carro, o pagamento à vista é feito por 39% dos consumidores. Entre 58%, a forma de pagamento divide-se entre financiamento (38%), consórcio (11%), troca por outro bem (10%), empréstimos com instituições financeiras (10%), cartão de crédito (6%), empréstimos com familiares/amigos (5%), leasing/aluguel (3%), leilão (1%), outros (1%). Entre os entrevistados, 3% responderam que ganharam o veículo. Entre os que compram o carro de forma parcelada, o cuidado para não atrasar nenhuma parcela predomina. Segundo a pesquisa, 86% responderam que pagam em dia, sem atrasos. “Esse é um número que surpreendeu positivamente. O carro tem um papel fundamental da vida das pessoas. Talvez seja mais fácil atrasar ou deixar de pagar outro tipo de conta mas tentar manter o carro super em dia porque ele é um patrimônio e preciso dele para trabalhar”, pondera Schepers, explicando que, por se tratar de um bem, o carro pode ser usado como garantia em empréstimos e financiamentos.Já 14% responderam que estão pagando as parcelas com atraso. Entre os que recorrem a um financiamento para comprar o carro, 22% precisaram buscar estratégias financeiras para conseguir realizar os pagamentos, como renegociar dívidas ou recorrer a outros financiamentos.Quando analisados os planos para o futuro em relação a um carro, 8 entre 10 entrevistados responderam que pretendiam trocar o veículo por outro no período de 12 meses, o que indica projeções otimistas para o setor. “Como a pesquisa foi feita em dezembro, estamos falando que mais da metade das pessoas que possuem carro pretendem vender o veículo ao longo de 2023. São mais modelos seminovos que devem entrar no mercado”, diz o CEO da Opinion Box.A maioria (65%) pretende trocar por um modelo melhor ou mais novo, enquanto 11% quer reduzir custos, 10% vai usar o dinheiro da venda para investir, 9% precisa dos recursos para outros objetivos e 9% considera os custos para abastecer muito altos.O levantamento questionou também o preparo em relação aos gastos para manter um veículo. A organização financeira ainda aparece como uma questão de conflito. “40% consideram complexo realizar as contas sobre o que está envolvido. Vemos que existe uma dificuldade até de educação financeira mesmo”, afirma Schepers. Na pesquisa feita no final do ano passado, 2 em cada 10 entrevistados não sabiam como pagariam o IPVA em 2023. “Dependendo do carro pode ser um valor altamente significativo dentro do orçamento das famílias. Se a pessoa não está se planejando ela acaba recorrendo a um financiamento para conseguir pagar”, alerta.A manutenção de um veículo é o segundo principal fator de comprometimento da renda familiar em 63% das famílias brasileiras, perdendo apenas para alimentação (72%). Os gastos de um automóvel representam, para 45% dos brasileiros, até 29% da renda familiar anual.
A pesquisa “A Relação do Brasileiro com o Automóvel”, realizada pela Serasa em parceria com o Instituto Opinion Box, mostra que 6 em cada 10 carros comprados em 2022 no Brasil eram seminovos. O levantamento ouviu 2.067 entrevistados no País entre os dias 12 e 18 de dezembro. Foram questionados os hábitos e as mudanças impostas pela pandemia, as preferências na hora da compra, forma de pagamento escolhida e o conhecimento sobre os custos envolvidos para a manutenção de um automóvel, entre outras questões.
Entre os entrevistados, 59% responderam que optam por um seminovo na hora de trocar o carro. Nesse universo incluem-se os seminovos em concessionária (16%), em agência (15%), particular comprado direto com o proprietário (13%), seminovos de amigos (11%) e em sites de vendas (4%). Os carros 0 km são a preferência de 41% dos entrevistados - 38% em concessionária e 3% em agências.
Segundo o site Scrap Car Comparison, o País aparece como o 5º mais caro do mundo para comprar e manter um automóvel, o que faz com que as projeções para o setor de seminovos sejam otimistas. Felipe Schepers, CEO da Opinion Box, explica que as oscilações de preço, onde em alguns momentos o carro popular 0 km custa mais do que um seminovo, levam a uma preferência pela segunda opção.
Na hora de comprar um carro, o pagamento à vista é feito por 39% dos consumidores. Entre 58%, a forma de pagamento divide-se entre financiamento (38%), consórcio (11%), troca por outro bem (10%), empréstimos com instituições financeiras (10%), cartão de crédito (6%), empréstimos com familiares/amigos (5%), leasing/aluguel (3%), leilão (1%), outros (1%). Entre os entrevistados, 3% responderam que ganharam o veículo.
Entre os que compram o carro de forma parcelada, o cuidado para não atrasar nenhuma parcela predomina. Segundo a pesquisa, 86% responderam que pagam em dia, sem atrasos. “Esse é um número que surpreendeu positivamente. O carro tem um papel fundamental da vida das pessoas. Talvez seja mais fácil atrasar ou deixar de pagar outro tipo de conta mas tentar manter o carro super em dia porque ele é um patrimônio e preciso dele para trabalhar”, pondera Schepers, explicando que, por se tratar de um bem, o carro pode ser usado como garantia em empréstimos e financiamentos.
Já 14% responderam que estão pagando as parcelas com atraso. Entre os que recorrem a um financiamento para comprar o carro, 22% precisaram buscar estratégias financeiras para conseguir realizar os pagamentos, como renegociar dívidas ou recorrer a outros financiamentos.
Quando analisados os planos para o futuro em relação a um carro, 8 entre 10 entrevistados responderam que pretendiam trocar o veículo por outro no período de 12 meses, o que indica projeções otimistas para o setor. “Como a pesquisa foi feita em dezembro, estamos falando que mais da metade das pessoas que possuem carro pretendem vender o veículo ao longo de 2023. São mais modelos seminovos que devem entrar no mercado”, diz o CEO da Opinion Box.
A maioria (65%) pretende trocar por um modelo melhor ou mais novo, enquanto 11% quer reduzir custos, 10% vai usar o dinheiro da venda para investir, 9% precisa dos recursos para outros objetivos e 9% considera os custos para abastecer muito altos.
O levantamento questionou também o preparo em relação aos gastos para manter um veículo. A organização financeira ainda aparece como uma questão de conflito. “40% consideram complexo realizar as contas sobre o que está envolvido. Vemos que existe uma dificuldade até de educação financeira mesmo”, afirma Schepers.
Na pesquisa feita no final do ano passado, 2 em cada 10 entrevistados não sabiam como pagariam o IPVA em 2023. “Dependendo do carro pode ser um valor altamente significativo dentro do orçamento das famílias. Se a pessoa não está se planejando ela acaba recorrendo a um financiamento para conseguir pagar”, alerta.
A manutenção de um veículo é o segundo principal fator de comprometimento da renda familiar em 63% das famílias brasileiras, perdendo apenas para alimentação (72%). Os gastos de um automóvel representam, para 45% dos brasileiros, até 29% da renda familiar anual.

Pandemia mudou hábito de uso do carro no País

A pandemia de coronavírus representou modificações também em relação ao uso dos carros. Entre os entrevistados na pesquisa “A Relação do Brasileiro com o Automóvel”, 64% disseram que o coronavírus influenciou o uso que passaram a fazer do carro, mas a pandemia teve impacto de forma diferente sobre as pessoas, diz o CEO da Opinion Box, Felipe Schepers.
“Algumas pessoas diminuíram o uso do carro em função do preço da gasolina. E tem também as novas realidades do mercado de trabalho, com o home office”, lembra o executivo. A diminuição no uso do carro devido aos gastos com combustível foi citada por 48% dos entrevistados, e o home office por 26%. Outros 23% passaram a usar o veículo como ferramenta de trabalho.
Por outro lado, o carro foi considerado mais seguro do que o transporte público para os deslocamentos durante a pandemia. O item foi o segundo motivo citado por quem passou a usar mais o automóvel para se locomover (37%), atrás apenas da maior eficiência em relação ao transporte público (58%). Já 35% passou a circular mais com o carro porque voltou a trabalhar presencialmente.
Para os brasileiros, as principais funções do carro são passeios de fim de semana (78%), saídas para compras e tarefas do dia a dia (77%), meio de locomoção para o trabalho ou local de estudo (62%), transportar filhos ou familiares (56%) e viagens de turismo (42%).