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Conjuntura

- Publicada em 10 de Janeiro de 2023 às 09:41

IPCA vai a 0,62% em dezembro e fecha 2022 em 5,79%, acima do teto da meta

A Região Metropolitana de Porto Alegre teve o menor IPCA em 2022, puxado pelo recuo da gasolina

A Região Metropolitana de Porto Alegre teve o menor IPCA em 2022, puxado pelo recuo da gasolina


Luiza Prado/JC
Agências
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de dezembro foi de 0,62%, acima da taxa de novembro (0,41%). Em dezembro de 2021, a variação havia sido de 0,73%. Com isso, o IPCA acumulado em 2022 foi de 5,79%, abaixo dos 10,06% acumulados no ano anterior, mas ainda acima do teto da meta estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que era de 3,5% com teto de 5%. Foi o quarto ano seguido que a inflação oficial do País ultrapassou a meta estabelecida pelo governo.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de dezembro foi de 0,62%, acima da taxa de novembro (0,41%). Em dezembro de 2021, a variação havia sido de 0,73%. Com isso, o IPCA acumulado em 2022 foi de 5,79%, abaixo dos 10,06% acumulados no ano anterior, mas ainda acima do teto da meta estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que era de 3,5% com teto de 5%. Foi o quarto ano seguido que a inflação oficial do País ultrapassou a meta estabelecida pelo governo.
Os dados divulgados pelo IBGE nesta terça-feira (10) mostram que entre as áreas pesquisadas a região metropolitana do Rio de Janeiro (6,65%) teve a maior variação em 2022. Já a Região Metropolitana de Porto Alegre teve o menor resultado (3,61%), puxado para baixo pelas quedas de 30,90% nos preços da gasolina e de 33,18% na energia elétrica residencial.
Todos os grupos tiveram alta no último mês de 2022. A maior variação foi de Saúde e cuidados pessoais, com alta de 1,60% em dezembro ante 0,02% no mês anterior. Em segundo lugar ficou o grupo Alimentação e bebidas, com alta 0,66%. Juntos, os dois grupos representaram cerca de 56% do impacto total do IPCA de dezembro.
A alta de Saúde e cuidados pessoais (1,60%) está relacionada ao aumento nos preços dos itens de higiene pessoal (3,65%), em particular os perfumes (9,02%). Em novembro, os preços dos perfumes caíram 4,87%; com a alta de dezembro, o subitem contribuiu com o maior impacto individual no índice do mês, 0,09 p.p. Também houve alta nos preços dos artigos de maquiagem (5,42%) e dos produtos para pele (3,85%). Os planos de saúde (1,20%) seguiram com a mesma variação do mês anterior, refletindo a incorporação da fração mensal dos reajustes dos planos novos e antigos para o ciclo de 2022 a 2023.
O resultado do grupo Alimentação e bebidas (0,66%) foi puxado pela alimentação no domicílio (0,71%). Destacam-se as altas do tomate (14,17%), do feijão-carioca (7,37%), da cebola (4,56%) e do arroz (3,77%). No lado das quedas, os preços do leite longa vida (-3,83%) caíram pelo quinto mês seguido, contribuindo com -0,03 p.p. no IPCA de dezembro.
Na alimentação fora do domicílio (0,51%), o lanche (1,10%) acelerou frente a novembro (0,42%), enquanto o resultado da refeição (0,19%) ficou abaixo do mês anterior (0,36%).
No grupo Vestuário (1,52%), as roupas femininas tiveram a maior variação (2,10%) e o maior impacto (0,03 p.p.) entre os itens pesquisados. Além disso, os preços das roupas masculinas (1,55%), das roupas infantis (1,46%) e dos calçados e acessórios (1,09%) também subiram mais de 1% em dezembro.
O grupo Transportes (0,21%) teve variação menor que a do mês anterior (0,83%), influenciado pela queda nos preços da gasolina (-1,04%). Também houve recuo nos preços do óleo diesel (-2,07%) e do gás veicular (-0,45%). O etanol (0,48%) foi o único combustível com alta em dezembro. Outro componente do grupo a apresentar alta foram as passagens aéreas (0,89%), cujos preços haviam recuado 9,80% em novembro. Cabe ressaltar ainda a alta do subitem pedágio (3%), consequência dos reajustes entre 10,20% e 12% em diversas praças de pedágio em São Paulo (3,95%), a partir de 16 de dezembro.
A desaceleração do grupo Habitação (de 0,51% em novembro para 0,20% em dezembro) decorre de altas menos intensas do aluguel residencial (0,40%) e da energia elétrica residencial (0,20%).
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