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Indústria Automotiva

- Publicada em 06 de Janeiro de 2023 às 12:24

Produção brasileira de autoveículos cresce 5,4% em 2022

No total, foram fabricadas 2,37 milhões de unidades

No total, foram fabricadas 2,37 milhões de unidades


GENERAL MOTORS/DIVULGAÇÃO/JC
Jefferson Klein
A produção de autoveículos (automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus) cresceu 5,4% no ano passado em relação a 2021, alcançando o patamar de 2,37 milhões de unidades, indicando uma melhora na cadeia de abastecimento do setor. Já as vendas no mercado interno fecharam com uma leve queda de 0,7%, com 2,1 milhões veículos emplacados. Por sua vez, as exportações foram de 481 mil unidades, um crescimento de 27,8%.
A produção de autoveículos (automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus) cresceu 5,4% no ano passado em relação a 2021, alcançando o patamar de 2,37 milhões de unidades, indicando uma melhora na cadeia de abastecimento do setor. Já as vendas no mercado interno fecharam com uma leve queda de 0,7%, com 2,1 milhões veículos emplacados. Por sua vez, as exportações foram de 481 mil unidades, um crescimento de 27,8%.
No Rio Grande do Sul, em 2021 houve o emplacamento de 109 mil unidades, representando 5,2% do total do mercado nacional, e no ano passado foram 105 mil, significando 5% do geral das vendas. Os dados foram apresentados nesta sexta-feira (6) pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). A entidade, através do seu presidente, Márcio de Lima Leite, também fez as projeções para 2023. Conforme o dirigente, a perspectiva é de uma evolução na produção de 2,2% e quanto aos emplacamentos é aguardado um incremento de 3%. Leite afirma que a expectativa poderia ser maior, porém um dos receios é como o cenário de juros pode afetar o mercado.
Outra preocupação diz respeito ao cenário externo, em particular sobre um parceiro histórico do Brasil no segmento: a Argentina. A nação vizinha continua sendo o principal destino das exportações de veículos brasileiros, contudo tem perdido participação. Entre janeiro e novembro de 2022, foram vendidas 139 mil unidades para aquele país, o que representou 29% do total das exportações realizadas. No mesmo período do ano anterior, esse percentual era de 35%.
Leite explica que o maior obstáculo enfrentado na Argentina é o fluxo do comércio internacional, porque o governo local não está liberando de maneira ágil pagamentos para as exportações. “Por exemplo, veículos acima de US$ 25 mil estão levando 360 dias para ser feito o pagamento”, informa o presidente da Anfavea. Ele revela que foi solicitado ao governo brasileiro que interceda com o governo argentino sobre essa situação. “Mas, estamos exportando para outros países que são importantes”, frisa o dirigente. No ano passado, o fraco desempenho argentino foi compensado por demandas de lugares como México, Colômbia e Chile.
O presidente da Anfavea adianta que o futuro apresenta um desafio para o setor com o ingresso de novas tecnologias e a pauta da descarbonização. Na agenda prioritária da associação, Leite ressalta a defesa da reindustrialização e fortalecimento da cadeia de suprimentos, biocombustíveis, renovação da frota, reduções dos custos de produção, de comercialização, de tributação e eletrificação. “E previsibilidade, saber as regras do jogo”, enfatiza.
Na área de eletrificação, o emplacamento de automóveis e comerciais leves elétricos e híbridos vem aumentando no País. No ano passado, foram emplacadas 49,3 mil unidades desse tipo no Brasil, contra 35 mil em 2021. Há cinco anos, esse número tinha sido apenas de 3,3 mil. Já quanto a caminhões e ônibus elétricos e a gás emplacados em 2022, foram 1.105 unidades, contra 408 no ano anterior e apenas duas em 2017.
Sobre as expectativas quanto à nova gestão do governo federal, o presidente da Anfavea argumenta que, agora, é uma “fase de apresentação”. No entanto, ele comenta que o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, que é um dos interlocutores com o setor, reúne capacidade de decisão, relevo político e conhecimento sobre a o segmento industrial.
Quanto à escassez da oferta de semicondutores, Leite prevê que esse problema deve ser atenuado durante 2023. Ele comenta que, no mundo, em 2021 aproximadamente 10,5 milhões de veículos deixaram de ser fabricados por falta desses dispositivos e no ano passado esse número caiu para 4,5 milhões de unidades que não foram feitas. No Brasil, segundo Leite, em 2022 em torno de 250 mil de veículos não chegaram a ser produzidos por causa dessa dificuldade e no ano anterior esse número foi de 370 mil.
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