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Logística

- Publicada em 22 de Novembro de 2022 às 17:55

Concessão para dragagem permanente em Rio Grande deve ocorrer em 2023

Porto gaúcho registrou queda de 19,1% na movimentação de cargas entre janeiro e outubro

Porto gaúcho registrou queda de 19,1% na movimentação de cargas entre janeiro e outubro


WENDERSON ARAUJO/DIVULGAÇÃO/JC
Jefferson Klein
 Com as obras da mais recente dragagem de manutenção de calado iniciando nesta quarta-feira (23) e com perspectiva de finalização até 15 de janeiro do próximo ano, o porto de Rio Grande pensa, para o futuro, em adotar uma solução mais duradoura: fazer a concessão do serviço, por um período longo de tempo, para que o trabalho seja feito de forma contínua, sem a necessidade de abrir várias licitações. O gerente de planejamento e desenvolvimento da Portos RS, Fernando Estima, informa que a meta é efetuar a disputa por essa concessão no segundo semestre de 2023.
 Com as obras da mais recente dragagem de manutenção de calado iniciando nesta quarta-feira (23) e com perspectiva de finalização até 15 de janeiro do próximo ano, o porto de Rio Grande pensa, para o futuro, em adotar uma solução mais duradoura: fazer a concessão do serviço, por um período longo de tempo, para que o trabalho seja feito de forma contínua, sem a necessidade de abrir várias licitações. O gerente de planejamento e desenvolvimento da Portos RS, Fernando Estima, informa que a meta é efetuar a disputa por essa concessão no segundo semestre de 2023.
A proposta está sendo liderada pela Secretaria estadual de Logística e Transportes, com a Portos RS, empresa pública responsável por organizar, gerenciar e fiscalizar todo o sistema hidroportuário do Rio Grande do Sul. A companhia vencedora da concorrência terá que atuar também com ações de sinalização para a navegação e na questão dos licenciamentos ambientais necessários para a realização das dragagens. A modelagem do acordo ainda está sendo discutida, mas Estima adianta que a ideia é que o contrato firmado seja de longo prazo, 20 ou 25 anos, por exemplo. Além disso, será selecionada a empresa que oferecer condições técnicas e menor custo para prestar os serviços. A remuneração da concessionária será suportada pelo sistema tarifário de arrecadação da atividade portuária.
Não está definida qual seria a regularidade que seriam feitas as dragagens, contudo a perspectiva é que pelo menos uma intervenção anual precisará ser executada. O representante da Portos RS enfatiza que a iniciativa beneficiará a operação portuária em Rio Grande. “Nós conseguiremos passar para o mercado a segurança que teremos o canal com a manutenção apropriada para navegação, isso contribui com seguros mais adequados e sermos mais competitivos”, afirma Estima.
Sobre a dragagem que começa nesta quarta-feira, serviço orçado em cerca de R$ 84 milhões e que será efetuado pelo consórcio das empresas Jan De Nul e pela Van Oord, a medida prevê a retirada de 1,5 milhão a 2 milhões de metros cúbicos de sedimentos. Com isso, o porto rio-grandino manterá a profundidade do calado no canal interno em 15 metros e do cais público em 9,45 metros. A última dragagem realizada no complexo foi concluída em janeiro de 2020 e retirou em torno de 16 milhões de metros cúbicos de materiais.
Já quanto à movimentação de cargas, a Portos RS divulgou nesta semana os dados referentes aos resultados de janeiro a outubro de 2022. Os números levam em consideração o desempenho dos portos de Rio Grande, Pelotas e Porto Alegre, que estão sob a administração da empresa pública, além dos terminais privados do distrito industrial de Rio Grande.
A estiagem que assolou o Estado contribuiu para a queda dos números dos portos gaúchos em relação aos anos anteriores. Na comparação com 2021, o complexo de Rio Grande diminuiu a movimentação em 19,1%, no período, enquanto Pelotas registrou redução de 11,34% e Porto Alegre -24,3%. Em Rio Grande, a movimentação de carga geral atingiu 9.009.778 toneladas, enquanto granéis sólidos foi de 18.494.154 toneladas e os granéis líquidos somaram 3.678.986 toneladas. A soja em grão, com queda de 60,59%, foi um dos produtos que mais influenciou no desempenho negativo.
Com o resultado verificado até o momento, Estima comenta que já é possível projetar que o porto rio-grandino fechará esse ano com uma redução de movimentação, em comparação a 2021. Ele calcula algo em torno de 20% de queda. No entanto, para 2023, o gerente de planejamento e desenvolvimento da Portos RS espera uma recuperação da safra agrícola e, consequentemente, um aumento da atividade portuária.
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