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Energia

- Publicada em 18 de Novembro de 2022 às 17:30

Aneel aprova construção de parques eólicos em Osório e Santo Antônio da Patrulha

Região tem vocação para geração de energia a partir dos ventos

Região tem vocação para geração de energia a partir dos ventos


Luiz Chaves/Palácio Piratini/JC
Jefferson Klein
Depois de receber o primeiro parque eólico de grande porte do País, inaugurado em 2006, Osório pode ter mais empreendimentos dessa natureza sendo materializados nos próximos anos. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou a implantação e exploração dos projetos Lagoa dos Barros 1, 2 e 3 no município, assim como da usina Chicolomã, em Santo Antônio da Patrulha.
Depois de receber o primeiro parque eólico de grande porte do País, inaugurado em 2006, Osório pode ter mais empreendimentos dessa natureza sendo materializados nos próximos anos. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou a implantação e exploração dos projetos Lagoa dos Barros 1, 2 e 3 no município, assim como da usina Chicolomã, em Santo Antônio da Patrulha.
A liberação para as iniciativas seguirem adiante foi dada pelo órgão regulador do setor elétrico à Lagoa dos Barros Energética. A empresa é uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) cujo proprietário é o FIP Pirineus, um fundo de investimento em participações, em que os cotistas são os acionistas da Tradener, uma tradicional comercializadora de energia do mercado nacional.
O diretor da Lagoa dos Barros Energética e de Novos Negócio da Tradener, Ricardo Aquino, informa que a estimava, atualmente, do investimento necessário para erguer as quatro usinas é de cerca de R$ 600 milhões. Os parques eólicos somam uma potência total de 94,52 MW (cerca de 2,5% da demanda média de energia elétrica do Rio Grande do Sul) e, por enquanto, prevê a implantação de 17 aerogeradores.
Aquino lembra que os complexos já participaram de alguns leilões tentando comercializar a futura geração de energia dentro do ambiente regulado para atender ao sistema elétrico interligado nacional. No entanto, não obtiveram êxito. “A grande dificuldade é a competição com os empreendimentos do Nordeste, que têm um fator de capacidade maior em função do vento médio superior”, comenta o executivo.
No entanto, ele frisa que, apesar das excelentes condições para a geração eólica no Nordeste, o Rio Grande do Sul também possui vocação para a atividade, com características favoráveis no Litoral Norte e no Sul do Estado. A tentativa para viabilizar os empreendimentos gaúchos da Lagoa dos Barros Energética, agora, será no mercado livre (formado por consumidores de maior porte, como indústrias e shopping centers, que podem escolher de quem vão comprar a energia). Aquino detalha que nesse ambiente existe uma diferenciação de valores de energia em submercados distintos. “Você tem os preços, entre aspas, regionais”, argumenta.
A partir do início das obras, o dirigente calcula em cerca de 24 meses o tempo necessário para finalizar os quatro parques. Com a construção, deverão ser criados aproximadamente 250 empregos diretos. A meta é concluir os empreendimentos dentro dos próximos quatro anos. O cronograma é um ponto relevante para a iniciativa, porque, além de autorizar a implantação das usinas eólicas, a Aneel permitiu que os complexos tenham um desconto de 50% nas Tarifas de Uso dos Sistemas Elétricos de Transmissão e de Distribuição (TUST e TUSD).
No entanto, para que as estruturas contem com esse diferencial, elas precisam entrar em operação em até 48 meses, a contar da outorga concedida. Sendo assim, o objetivo é que os parques eólicos, que já possuem licença ambiental de instalação, entrem em funcionamento antes do final de 2026. Aquino diz que é muito importante para o sucesso da ação garantir esse benefício. “Com isso, é possível colocar a energia no mercado a um preço melhor e viabilizar a implantação dos projetos”, afirma o dirigente.
O diretor da Lagoa dos Barros Energética e da Tradener admite que uma dificuldade que precisará ser superada é o aumento de custo dos aerogeradores e das taxas de juros. Ele enfatiza que o desafio será ajustar o Capex (investimento em bens de capital) dos empreendimentos ao valor de comercialização da energia no mercado livre. Apesar dessa questão, o diretor comercial da DGE Soluções Renováveis e presidente do Sindienergia-RS, Guilherme Sari, ressalta que os complexos possuem particularidades que favorecem a sua implantação. A DGE Soluções Renováveis, que é uma empresa voltada para a prestação de serviços de engenharia, consultoria e assessoria técnica no ramo de energia e infraestrutura, foi a desenvolvedora desses projetos, antes deles serem assumidos pela Lagoa dos Barros Energética.
De acordo com Sari, a localização, com fácil acesso, é uma das vantagens da iniciativa. “Quem está passando pela Freeway, fica lá do outro lado da lagoa (dos Barros)”, situa o diretor da DGE Soluções Renováveis. São empreendimentos lindeiros, na divisa de Osório e Santo Antônio da Patrulha. O dirigente aponta ainda que o sistema de transmissão da região terá condições para escoar a produção de energia das novas usinas.
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