O centro tecnológico aeronáutico que está sendo construído em Guaíba (na área que seria destinada à montadora Ford) pretende ser um complexo aeroportuário e industrial voltado para o desenvolvimento de soluções de mobilidade aérea. Já com uma unidade do grupo Aeromot anunciada, a perspectiva é que mais companhias que atuam no setor também sejam atraídas para aquele espaço.
O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Joel Maraschin, adianta que até o final de novembro deve haver o anúncio de uma nova empresa que deseja se instalar no local. Essa companhia, que o secretário prefere não revelar o nome ainda, atuará na manutenção e montagem de aviões e, futuramente, até de helicópteros.
Maraschin foi um dos palestrantes do encontro Menu POA, realizado nesta terça-feira (8), pela Associação Comercial Porto Alegre (ACPA). O dirigente considera que a reeleição inédita de um governador no Rio Grande do Sul facilitará que os projetos iniciados na primeira gestão de Eduardo Leite tenham continuidade. Já quanto à mudança de governo na esfera federal, ele argumenta que se trata de uma relação a ser construída. “Como o governador fala: governador não pode ser oposição a presidente, tem que trabalhar junto pelo bem do Brasil e dos estados”, frisa Maraschin.
Uma das apostas para o desenvolvimento futuro do Rio Grande do Sul concentra-se no hidrogênio verde. O secretário projeta que seja possível que as primeiras plantas gaúchas desse combustível entrem em operação ainda nesta década. Ele recorda que, além do município de Rio Grande, que por suas características logísticas e da possibilidade de geração eólica (uma das formas de produzir hidrogênio verde) possui uma vocação natural para o crescimento da indústria desse combustível, há iniciativas planejadas para o centro do Estado. Ele cita o exemplo do empreendimento da empresa Phama, que pretende produzir do hidrogênio a amônia verde (para uso no segmento de fertilizantes), na cidade de Vale Verde.