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Mercado financeiro

- Publicada em 23 de Setembro de 2022 às 00:35

Ibovespa registra alta e dólar fecha em baixa


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Agência Estado
Após um dia marcado por instabilidade e trocas de sinal, o dólar se firmou em baixa no mercado doméstico nas últimas horas da sessão desta quinta-feira, em meio à arrancada do Ibovespa, na contramão de Nova York, ao fortalecimento de divisas emergentes e à redução da alta da moeda americana em relação a pares fortes.
Após um dia marcado por instabilidade e trocas de sinal, o dólar se firmou em baixa no mercado doméstico nas últimas horas da sessão desta quinta-feira, em meio à arrancada do Ibovespa, na contramão de Nova York, ao fortalecimento de divisas emergentes e à redução da alta da moeda americana em relação a pares fortes.
Com renovação sucessiva de mínimas na reta final do pregão, quando rompeu o patamar de R$ 5,11 e desceu até R$ 5,1072, o dólar à vista encerrou o dia em baixa de 1,13%, a R$ 5,1143. Com isso, a moeda passa a acumular perdas de 2,76% na semana, de acordo com informações da Agência Estado.
Segundo analistas, o real e os demais ativos brasileiros se portaram muito bem no "day after" à decisão e ao tom duro do Federal Reserve (Fed, o BC norte-americano). O desempenho da moeda brasileira, em particular, é atribuído em parte à diminuição da percepção de risco fiscal, sobretudo após o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles dar seu apoio formal ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, líder nas pesquisas. Outros pontos são o fato de o BC brasileiro ter saído na frente no ajuste da política monetária, encerrado na quarta-feira com manutenção da Selic em 13,75%, e o avanço surpreendente do PIB neste ano.
"Mais uma vez a moeda brasileira se destaca. É natural que haja volatilidade diante do ambiente global. O dólar pode beliscar bandas de R$ 5,25 no curto prazo, porém estou convencido pelos fundamentos locais e potencial fluxo de taxa mais perto de R$ 5,10", afirma o diretor de produtos da Venice Investimentos, André Rolha.
No Brasil, o câmbio e a Bolsa continuaram a mostrar nesta "super-quinta" pós-Fed, com diversas decisões sobre juros no dia posterior à do BC norte-americano, notável descolamento da elevação de custos de crédito simultânea em outras partes do mundo, em países tão distintos quanto Reino Unido e Noruega ou Suíça e África do Sul. Aqui, na noite de quarta-feira, o aguardado sinal do Copom de que o ciclo de aperto monetário terminou com a Selic a 13,75% corrobora a percepção de que o BC ainda colhe frutos por ter largado bem na frente de outras autoridades monetárias na correção de rumo, com os preços caminhando para provável terceiro mês de deflação no País.
Assim, mesmo com perdas que superavam 1,5% à tarde em Nova York (Nasdaq), o Ibovespa fechou o dia em alta de 1,91%, aos 114.070 pontos, com máxima a 114.392,42 pontos, maior nível intradia desde 20 de abril, quando saiu de abertura a 115.056,66 naquela sessão. Nesta quinta, iniciou a 111.941,66 e chegou na mínima a 111.818,53 pontos. Na semana, o índice da B3 sobe 4,38%, colocando o ganho do mês a 4,15% e o do ano a 8,82%. O giro desta quinta-feira foi a R$ 29,682 bilhões.
Em dia de forte pressão sobre o índice DXY, que contrapõe o dólar a referências como euro, iene e libra, em viés de alta e perto dos 112 pontos na máxima da sessão, a moeda americana cedeu 1,13% ante a brasileira, cotada a R$ 5,1143 no fechamento, o que contribuiu para dar sustentação ao Ibovespa na contracorrente da cautela externa. Lá fora, a pressão sobre os rendimentos dos Treasuries no pós-Fed manteve as bolsas de Nova York na defensiva, embora com perdas moderadas no fim da tarde no blue chip Dow Jones (-0,35%), mas ainda relevantes no Nasdaq (-1,37%).
Na B3, em dia de desempenho favorável de commodities como petróleo e minério, os ganhos se espalharam por ações e setores mais líquidos, como Vale (ON 2,29%), Petrobras (ON 2,05%, PN 2,47%) e bancos (Bradesco PN 2,30%). Entre as siderúrgicas, a alta chegou a 3,67% (CSN ON) na sessão.
Destaque também para ações com exposição à economia doméstica, como Cogna ( 8,76%), na ponta do Ibovespa, à frente de Yduqs ( 5,80%), SLC Agrícola ( 5,72%) e Soma ( 5,06%). No lado oposto, IRB (-5,79%), Magazine Luiza (-3,16%), CVC (-2,79%) e Méliuz (-1,61%). O índice de consumo (ICON) fechou em alta de 1,63% e o de materiais básicos (IMAT), de 2,06%.
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