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Indústria

- Publicada em 22 de Setembro de 2022 às 17:46

Mesmo antes de concluir planta em Guaíba, Aeromot já projeta expansão

Cessão da área foi assinada com o governo do Estado nesta quinta

Cessão da área foi assinada com o governo do Estado nesta quinta


André Werutsky/Divulgação/JC
Com planos de iniciar a operação da sua fábrica de aeronaves em Guaíba em 2025, a Aeromot pensa em ampliar o complexo ainda nesta década. Dessa forma, o aporte, que nesse primeiro momento pode chegar a aproximadamente R$ 300 milhões, superaria o patamar de R$ 1 bilhão.Nesta quinta-feira (22), dirigentes da empresa estiveram no Galpão Crioulo do Palácio Piratini, em Porto Alegre, participando com o governador Ranolfo Vieira Júnior e secretários de Estado da assinatura do termo de cessão de área (que há pouco mais de duas décadas tinha sido destinada à Ford) para a Aeromot ir adiante com seu projeto. O presidente da companhia, Guilherme Cunha, adianta que no próximo ano o foco será nos trabalhos para a obtenção das licenças ambientais e aeronáuticas. Essa ação deve durar cerca de doze meses e depois disso as obras deverão ser iniciadas.O executivo detalha que a fábrica começará as atividades operando com um produto que será o “catalizador” do projeto (o bimotor DA62 da Diamond Aircraft, empresa austro-canadense que a Aeromot é a distribuidora no Brasil). A aeronave é voltada para os segmentos de agronegócio, área executiva, treinamento, entre outras funções. A capacidade do modelo é para até sete pessoas, considerando o piloto. A ideia, segundo Cunha, é posteriormente diversificar para outros equipamentos e soluções. “Vai ser um empreendimento que vai gerar outros vários negócios, esse é só o início”, afirma. Futuramente, está previsto o desenvolvimento de aeronaves autônomas, com propulsão a hidrogênio e energia elétrica, entre outras iniciativas.Na primeira fase, a planta em Guaíba terá capacidade para produzir de 40 a 50 unidades ao ano e perspectiva de faturamento anual de R$ 300 milhões a R$ 500 milhões. “E até 2025, ou antes disso, a gente já deve começar com uma nova operação ou linha de montagem, porque não são somente aeronaves, nós temos drones, peças e produtos, é uma miscigenação de produtos aeronáuticos”, afirma o presidente da Aeromot.O complexo irá trabalhar com kits trazidos do exterior e, mais adiante, será feita a nacionalização gradativa dos componentes. No começo, o conteúdo nacional da aeronave deve ficar entre 20% a 30%. Na implantação do complexo, deverão ser gerados em torno de 1,3 mil postos de trabalho diretos e indiretos. Na operação, devem ser proporcionados entre 500 a 700 empregos.A área ocupada será de 250 hectares, podendo chegar a 450 hectares (cerca de 12 parques da Redenção, na capital gaúcha). O projeto contempla uma pista de até 1,8 mil de comprimento, hangares, centros de pesquisas e desenvolvimento. A vice-presidente da Aeromot, Cristiane Cunha, antecipa que o aeródromo terá o nome do seu avô, Roberto da Cunha, que era aviador e pilotou até os 84 anos (hoje ele está com 89). A Aeromot possui atualmente duas bases em Porto Alegre (dentro do aeroporto Salgado Filho e outra administrativa na Avenida Sertório). A empresa analisa se essas unidades serão fechadas ou não quando o complexo de Guaíba iniciar as operações.
Com planos de iniciar a operação da sua fábrica de aeronaves em Guaíba em 2025, a Aeromot pensa em ampliar o complexo ainda nesta década. Dessa forma, o aporte, que nesse primeiro momento pode chegar a aproximadamente R$ 300 milhões, superaria o patamar de R$ 1 bilhão.
Nesta quinta-feira (22), dirigentes da empresa estiveram no Galpão Crioulo do Palácio Piratini, em Porto Alegre, participando com o governador Ranolfo Vieira Júnior e secretários de Estado da assinatura do termo de cessão de área (que há pouco mais de duas décadas tinha sido destinada à Ford) para a Aeromot ir adiante com seu projeto. O presidente da companhia, Guilherme Cunha, adianta que no próximo ano o foco será nos trabalhos para a obtenção das licenças ambientais e aeronáuticas. Essa ação deve durar cerca de doze meses e depois disso as obras deverão ser iniciadas.
O executivo detalha que a fábrica começará as atividades operando com um produto que será o “catalizador” do projeto (o bimotor DA62 da Diamond Aircraft, empresa austro-canadense que a Aeromot é a distribuidora no Brasil). A aeronave é voltada para os segmentos de agronegócio, área executiva, treinamento, entre outras funções. A capacidade do modelo é para até sete pessoas, considerando o piloto. A ideia, segundo Cunha, é posteriormente diversificar para outros equipamentos e soluções. “Vai ser um empreendimento que vai gerar outros vários negócios, esse é só o início”, afirma. Futuramente, está previsto o desenvolvimento de aeronaves autônomas, com propulsão a hidrogênio e energia elétrica, entre outras iniciativas.
Na primeira fase, a planta em Guaíba terá capacidade para produzir de 40 a 50 unidades ao ano e perspectiva de faturamento anual de R$ 300 milhões a R$ 500 milhões. “E até 2025, ou antes disso, a gente já deve começar com uma nova operação ou linha de montagem, porque não são somente aeronaves, nós temos drones, peças e produtos, é uma miscigenação de produtos aeronáuticos”, afirma o presidente da Aeromot.
O complexo irá trabalhar com kits trazidos do exterior e, mais adiante, será feita a nacionalização gradativa dos componentes. No começo, o conteúdo nacional da aeronave deve ficar entre 20% a 30%. Na implantação do complexo, deverão ser gerados em torno de 1,3 mil postos de trabalho diretos e indiretos. Na operação, devem ser proporcionados entre 500 a 700 empregos.
A área ocupada será de 250 hectares, podendo chegar a 450 hectares (cerca de 12 parques da Redenção, na capital gaúcha). O projeto contempla uma pista de até 1,8 mil de comprimento, hangares, centros de pesquisas e desenvolvimento. A vice-presidente da Aeromot, Cristiane Cunha, antecipa que o aeródromo terá o nome do seu avô, Roberto da Cunha, que era aviador e pilotou até os 84 anos (hoje ele está com 89). A Aeromot possui atualmente duas bases em Porto Alegre (dentro do aeroporto Salgado Filho e outra administrativa na Avenida Sertório). A empresa analisa se essas unidades serão fechadas ou não quando o complexo de Guaíba iniciar as operações.

Modelo de negócio traz mais segurança para patrimônio do Estado

Conforme o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Joel Maraschin, o governo gaúcho tendo adotado o mecanismo da cessão onerosa para permitir o uso da área onde será instalado o complexo da Aeromot em Guaíba impede a entrada em possíveis “aventuras”. Ele detalha que o dispositivo foi criado há pouco tempo para tentar evitar problemas como os que ocorreram no passado com companhias, que se apropriaram de áreas, pagaram algumas parcelas, mas não se instalaram, entraram em recuperação judicial e colocaram o terreno como garantia.
Maraschin lembra que o Estado já enfrentou dificuldades com empreendimentos que não foram adiante de empresas como a Foton e a Engevix. O secretário explica que a cessão onerosa possibilita, por um ano, o uso da terra e prevê o pagamento de uma espécie de aluguel, no caso da Aeromot de cerca de R$ 5,5 mil ao mês. Esse acordo pode ser prorrogado por mais doze meses. “E a partir disso, ou até mesmo antes, se eles se acharem prontos, eles entram no Programa Estadual de Desenvolvimento Industrial (Proedi), comprovam os investimentos e podem começar as obras de construção civil”, comenta.
Para Maraschin, do ponto de vista estratégico para o Rio Grande do Sul, ter uma empresa que vai fabricar aviões dentro do Estado é muito importante para a cadeia produtiva gaúcha. “Já temos um histórico tradicional na parte de ônibus, caminhões, carros e agora aviões”, celebra o dirigente. O governador do Estado, Ranolfo Vieira Júnior, também enaltece os ganhos que o projeto da Aeromot trará ao Rio Grande do Sul. “É importante porque é tecnologia, inovação, tudo dialogando com o que a sociedade quer”, enfatiza Vieira Júnior. Ele cita ainda a ótima localização logística do empreendimento, à margem da BR-116 e próxima à BR-290.