O primeiro semestre de 2022 registrou o pagamento de R$ 2,6 bilhões em indenizações do seguro rural no Rio Grande do Sul. Em comparação, no ano passado inteiro, foram feitos R$ 650 milhões em pagamentos aos produtores rurais.
O seguro rural no Estado avançou 42,1% e representa 17,4% do montante nacional. Os dados foram apresentados nesta quinta-feira (22) pelo presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), Dyogo Oliveira, que afirmou que o resultado é decorrente dos efeitos climáticos que afetaram o Estado. Oliveira participou em Porto Alegre do lançamento da campanha "Seguros, Previdência Privada e Saúde. Pra tudo e pra todos" realizado no Hotel Plaza São Rafael.
Segundo Oliveira, o lado positivo do pagamento das indenizações foi que as seguradoras puderam estar ao lado do agronegócio gaúcho. "As indenizações foram pagas o que permitiu que os produtores rurais continuassem a trabalhar mesmo com a estiagem. No próximo ano, eles vão continuar tendo capacidade de manter suas propriedades, produzindo e mantendo suas máquinas", ressaltou. De acordo com o presidente da CNseg, a cultura do seguro rural é mais forte no Rio Grande do Sul do que em outras regiões do País. "O Estado tem 8,5% de participação no agronegócio do Brasil, mas tem quase 20% de participação no seguro rural."
O presidente da CNseg informou que em 2021 o setor de seguros do Rio Grande do Sul (sem saúde suplementar, VGBL e DPVAT) pagou mais de R$ 7,6 bilhões em indenizações, um avanço de 19,1% sobre 2020. De acordo com Oliveira, a campanha tem a proposta de mostrar à sociedade que o seguro pode ser acessível e adequado a diversos perfis. “A campanha que estamos lançando marca um novo momento da CNseg, um momento que queremos reforçar a imagem de um setor relevante para economia brasileira, uma indústria que devolve à sociedade, por ano, mais de R$ 300 bilhões em indenizações, benefícios e resgates de seguros de vida, rural, saúde, carro, proteção contra inadimplência e tantos outros", acrescentou. O setor emprega mais de 250 mil pessoas de forma direta e indireta.
O presidente da CNseg informou que a entidade levou propostas do setor segurador para candidatos à presidência da República. O documento destaca temas ligados ao risco climático, proteção veicular e propõe um novo marco regulatório para a saúde suplementar. “A função social do seguro teve sua expressão máxima com a assistência a mais de 170 mil famílias, afetadas pela Covid-19, com recursos superiores a R$ 6,5 bilhões referentes a eventos não cobertos pelos contratos de seguros”, afirmou. Entre as propostas, alguns destaques são os seguros para riscos climáticos, estímulo à criação da poupança previdenciária e novo mercado regulatório da saúde suplementar.